O primeiro ato

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Escrava à dona do lar

Sempre amordaçada

É filho pra criar,

Patrão pra agradar e

Lar pra cuidar


Sinhá sabia de quase nada

O patrão era um monstro fora do lar

Sempre a tardar

Enquanto a sinhá ficava a se preocupar


Então sinhá vem a engravidar

O senhor nem vinha a se preocupar

Até que a sinhá convidara amigas

O patrão veio a se encantar


Coitada da sinhá

Na própria casa foi ursada

Porém sinhá era boa moça


Decidiu reclamar

Mas não conhecia o ogro que veio a casar

Ele batera nela e ela nada pode fazer


Sinhá perdera o bebê

Ficara arrasada

Foi ao delegado denunciar

Ele dissera que a culpa era dela


Ao chegar, o senhorzinho com a arma 

Estava a esperar

Sinhá ao adentrar foi injuriada

Veio a apanhar e a ser violentada


Já caída no chão

Ele olhara para ela e dissera

" Mulher, deve pôr-se no seu lugar.

O que bem entendo faço, eu que tenho de mandar

Somente as minhas ordens obedecerá."

Sinhá foi a primeira a tentar mudar

O que a sociedade sempre fora

Machista, injusta e opressora


(Kethelin Vieira)

 O Primeiro AtoOnde histórias criam vida. Descubra agora