Escrava à dona do lar
Sempre amordaçada
É filho pra criar,
Patrão pra agradar e
Lar pra cuidar
Sinhá sabia de quase nada
O patrão era um monstro fora do lar
Sempre a tardar
Enquanto a sinhá ficava a se preocupar
Então sinhá vem a engravidar
O senhor nem vinha a se preocupar
Até que a sinhá convidara amigas
O patrão veio a se encantar
Coitada da sinhá
Na própria casa foi ursada
Porém sinhá era boa moça
Decidiu reclamar
Mas não conhecia o ogro que veio a casar
Ele batera nela e ela nada pode fazer
Sinhá perdera o bebê
Ficara arrasada
Foi ao delegado denunciar
Ele dissera que a culpa era dela
Ao chegar, o senhorzinho com a arma
Estava a esperar
Sinhá ao adentrar foi injuriada
Veio a apanhar e a ser violentada
Já caída no chão
Ele olhara para ela e dissera
" Mulher, deve pôr-se no seu lugar.
O que bem entendo faço, eu que tenho de mandar
Somente as minhas ordens obedecerá."
Sinhá foi a primeira a tentar mudar
O que a sociedade sempre fora
Machista, injusta e opressora
(Kethelin Vieira)
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O Primeiro Ato
PoetryUm breve poema feito em um momento de reflexão. Quando, como e onde surgiram as primeiras feministas?