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Nesse exato momento estou indo ao fórum, e sinto como se minha cabeça estivesse explodindo. Não lembro muito da noite anterior, tudo o que eu sei é que foi bem louca, e que transei com um homem e uma mulher. Quando acordei, meu celular apitou com uma nova mensagem.

Não vejo a hora do replay que você me prometeu
Ps.: ainda sinto seu gosto em minha boca.

- Julie

Ainda não tive coragem para responder sua mensagem, e já estava muito atrasado pra ficar pensando.

Quando finalmente chegou ao fórum, desço do meu carro e vou direto pegar os papéis do caso do meu novo cliente.

Durante toda a manhã sinto um incômodo no meio das pernas, mais especificamente na minha intimidade, no início penso que foi porque o pênis do cara deveria ser muito grosso, mas não consigo aceitar essa ideia, algo me diz que não é isso. Mas depois de um tempo começa a coçar também.

Senhor das pervertidas, que não seja sífilis. Eu juro que só queria me destrair, eu estava bêbada não me castigue com sífilis.

Tento resolver minhas coisas o mais rápido possível para poder ir no médico, durante todo o tempo pessoas me encaram estranhando a forma como estou andando.

Quando finalmente término, faço meu caminho até o carro repetindo em minha mente por favor não seja sífilis.

Chego ao hospital onde minha ginecologista atende sem hora marcada para emergências, mas tenho a notícia que ela está de licença maternidade, mas tem outro médico no seu lugar.

Quase desisto, mas melhor ir em outro médico do que estar sífilis. Que porra de sífilis que não sai da minha cabeça.

Vou andando ao consultório onde o médico já está esperando, mas ando em passos lentos pela vergonha. Sempre fui em ginecologistas mulheres, pela vergonha de ser um homem a me tocar de maneira não sexual e excitante. Mas parando para pensar, depois de ontem até com mulheres eu ficarei envergonhada.

Bato na porta e ouço um entre. Abro com cuidado, olhando para o chão, mas quando levanto a cabeça para olhar o médico, fico surpreendida com tamanha beleza.

O médico tem cara de quem tem uns 35 anos, idade perfeita na minha opinião, mesmo eu só tendo 26, tinha cabelos pretos e olhos azuis, sem falar nessa boquinha maravilhosa, e a cara de homem mal com um olhar seduzente.

- Senhorita? - ele desperta minha atenção com sua voz fria e grossa.

- Desculpe doutor, me destraí, sou Lavínia - estendo a mão que ele ignora como se nem tivesse visto.

- Pode se sentar.

O que tem de bonito, tem de arrogante, até desencantei. Brincadeira, isso é impossível.

- Diga-me qual é seu problema.

- Então doutor, ahn... é... é que... - mordo o lábio tentando conter a vergonha, mas sinto minhas bochechas queimarem.

- Olha senhorita, eu tenho outros pacientes para atender, então se puder ser rápida, eu agradeço.

- Eu acho que estou com sífilis. - digo rápido e de olhos fechados para não ver sua reação.

O GINECOLOGISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora