four;; the second letter

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Então, exatamente uma semana após Jaemin entregar a primeira carta, lá estava ele com um novo envelope cor-de-rosa. Ele havia pedido para ir ao banheiro no final do terceiro período, tentando não levantar suspeitas.

E lá estava ele, em frente ao armário de ninguém mais, ninguém menos, que Lee Jeno. Acalmou a si mesmo e deslizou a carta esguia pelas frestas do armário, e logo seguindo seu caminho de volta para sala.

Seu plano era apenas escrever uma única cartinha, e logo tentaria esquecer o mais velho, já que nunca teria chances com o mesmo.

E esse pensamento o deprimiu novamente.

Na estava quase chegando em sua sala, quando ouviu um miado, vindo da janela à sua esquerda. Quando puxou o vidro e colocou sua cabeça para fora, viu uma pequena caixa de papelão na sua frente, com um filhotinho de gato. O coitadinho mal alcançava o topo do papelão.

"Já vou, já vou!" ouviu uma voz familiar vindo em direção à eles.

E como o destino gostava de brincar com Jaemin, era o próprio Lee Jeno.

O garoto vinha com uma pequena tigela com comida e um copo razo de água. Ele se abaixou junto à caixa, e deixou o alimento dentro da caixa, que tinha espaço o suficiente para o gato e a comida.

"Prontinho" o Lee deu o mais puro dos sorrisos, que fez o pobre coraçãozinho de Jaemin derreter.

Como conseguiria superá-lo, se absolutamente cada coisa que o outro fazia era apaixonanete aos olhos do Na?

Então o moreno nota a presença do telespectador.

"Oh, você de novo!" disse o Lee, com o mesmo sorriso branquinho, fazendo o outro corar e ficar da mesma cor que o próprio cabelo.

"A-ah, sim" respondeu, ainda tímido. "Obrigada de novo por mais cedo" continuou.

"Sem problemas" respondeu, acariciando o filhotinho ao seu lado. "Você está melhor?" Jeno pergunta, preocupado.

"Sim, graças a você" a última parte não era para ter saído em voz alta, o que fez Jaemin querer enfiar a cabeça embaixo da terra. Havia flertado acidentalmente com o amor da sua vida.

Jeno deu um sorriso mais largo ainda.

"E você não deveria estar na aula?" perguntou o moreno.

"Eu pedi permissão para ir no banheiro" respondeu o outro, ainda muito nervoso por ter uma conversa de verdade com o Lee. "E-e você?"

Lee somente deu um sorriso brincalhão. "Estou cabulando aula" respondeu. "Ah, ainda não nos apresentamos, meu nome é Lee Jeno, e o seu?" a cena foi como um deja vu na cabeça de Jaemin.

Quando o rosado abriu a boca para responder, o sinal toca e ambos voltam correndo para suas respectivas salas depois de um breve aceno.

Na não estava triste por não ter conseguido se apresentar para Jeno, pelo contrário, estava feliz da vida. Havia tido uma conversa de mais de duas frases, e sentia que poderia morrer em paz. Agora ele sabia que Jaemin existia.

Esquecer Lee Jeno? Impossível.

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E lá estava Jeno, com a cartinha na mão. Tentou manter as aparências e não dar muita importância, mas no fundo estava ansioso e feliz ao mesmo tempo. O que estaria escrito dessa vez?

Sentou-se ao lado de Mark, junto de Yukhei e Yuta. Depois de comer o almoço em meio a algumas conversas, pegou discretamente o envelope rosa e o abriu, curioso sobre o que estava escrito.

Respiou fundo e começou a ler.

"Olá, sou eu de novo :)

Me desculpe se estou lhe atrapalhando. Não estava nos meus planos uma segunda carta, mas notei que não canso de pensar em como você é uma pessoa muito preciosa, e achei que você deveria saber disso.

Estive presente naquela pequena discussão durante o almoço, entre você e um garoto chamado Taeyong. Quero que saiba que foi muito lindo da sua parte defender o outro daquele jeito. As coisas que você falou são capazes de inspirar qualquer um, principalmente à mim.

Meu amor por você só cresce, e achei que isso era impossível. Por favor, nunca mude quem você é, uma pessoa maravilhosa que cativa a tudo e todos.

Com carinho, do seu admirador secreto <3"

Jeno estava vermelho como um pimentão. Enfiou o rosto na carta para se esconder e sentiu um aroma doce, como se a carta tivesse a real essência do autor.

Mark observou a cena e suspirou, pedindo para ler a carta. E enquanto o mais velho lia, o mais novo brincava com os próprios dedos, pensando em como se sentia lisonjeado com tais palavras.

Ao ver o canadense arregalar os olhos no meio da carta, estranhou.

"Cara" ele começou, com um sorriso no rosto, mesmo que forjado. "Temos uma pista!" ele anunciou.

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𝚜𝚎𝚌𝚛𝚎𝚝 𝚊𝚍𝚖𝚒𝚛𝚎𝚛;;💌 𝚗𝚘𝚖𝚒𝚗Onde histórias criam vida. Descubra agora