Entre Amor E Verdades

Capítulo 2

Acordo. Estou eufórica. É um dia de manhã calorosa. Escovo os dentes e arrumo meu cabelo rebelde. Faço um coque às pressas. Escolho um cropped de croche branco, sapatilhas de bico fino e um short jeans. Estou saindo do meu quarto, quando meu corpo se encontra com alguém alto de dedos largos que me impedem de cair. Seu cabelo está desgrenhado e exibe alguns fios caídos na testa. Seu corpo é atlético, peitoral definido e um abdômen de deixar qualquer mulher louca. Meu Deus! Ele está de toalha da cintura para baixo! Que visão maravilhosa!

- Opa! Quem é você - pergunto.

- Meu nome é Dimitri. Prazer, eu sou o namorado da sua mãe - coloco minha mão na dele e nos cumprimentamos - Não queria que nosso primeiro encontro fosse assim, desculpe. - diz Dimitri ao cruzar com o meu olhar.

- Eu que sai correndo estabanada do meu quarto - digo com voz de quem se culpa.

- Espero te encontrar em condições melhores. Foi um prazer te conhecer - ele está me observando com muita atenção. Sinto-me corar.

A voz dele é quente, possivelmente está achando divertido, minha pulsações está acelerada. Quando nossos dedos se tocaram, eu pude sentir uma excitação arrepiante percorrer todo meu corpo.

- Pode ter certeza que sim. O prazer foi todo meu.

Condições melhores? Impossível!  Desço às pressas a escada de caracol. Minha mãe está tomando café da manhã. Ela veste um ROBE cor bege. Seu cabelo embaraçado.

- Eu não permito que você enfie na minha casa, seus amigos delinquentes - murmura.

Olho-a indignada, boquiaberta.

- Educação passou longe. Bom dia para você também. Seu sermão ficaria perfeito ontem. .. Sermão dominical, sabe?  - sugiro ironicamente.

- Eu não me importo com às suas ironias. Muito menos com você - diz ela sem dar importância - Você é uma desocupada, sem utilidade para ninguém. Partilha de uma vida inútil.

Ela torna a encher sua xícara com café, e da um gole. Meu inconsciente está borbulhando de ódio.

- Pelo menos eu sou jovem.

- Você está querendo insinuar alguma coisa?

- Eu cruzei com seu namorado lá em cima. Ele me parece jovem, em torno de 33 anos. Você tem 49, por mais que você beba whisky e ande se gabando por ainda ter uma pele de pêssego, você vai virar pó muito antes dele. - digo com sarcasmo.

Antes que ela responda, eu pego uma torrada e sai rua fora deixando ela falando sozinha.