Cap. 5 - Como é morrer?

101 9 6
                                    

" A morte é algo tão simples, tão inesperado, qualquer coisa, qualquer erro e a morte esta lhe estendendo a mão, para muitos algo tão doloroso, para mim a coisa mais doce que já provei, muitos acreditam que a morte lhe leva para uma ardencia, uma dor sem fim, te leva para um lugar onde voce não pode nem ao menos se suicidar de tanta dor, outros que te levam ao paraiso, onde podes viver sorrindo, sem se preocupar, sem fome, sem sede, mas para mim isto tudo foi diferente, era tudo escuro, ão via absolutamente nada, não sentia absolutamente nada, não me mexia, não sentia vontade de me mexer ou de respirar, estava perfeito, sem dor, sem lembranças, era como se eu estivesse dormindo e o mundo tivesse arrancado os sonhos bons e ruins de mim, era tudo tão perfeito, era tudo tão magnifico, se eu pudesse me mexer provavelmente estaria com um sorriso no rosto, mas estava imovel, perfeitamente imovel, para sempre, sempre, eu já havia ditos as minhas ultimas palavras, e nem assim o meu sempre acabou..." 

Seus olhos foram abrindo devagar e a luminosidade os invadiu de tal forma que a obrigasse fechá-los novamente por impulso, ela tentava colocar as mãos nos olhos para tapar a luz mas estava assim tão imovel quanto um paralitico completo, aos poucos tentava abrir os olhos, e finalmente os abriu, ela não tinha expressão alguma no rosto, ela apenas estava com os olhos arregalados piscando numa grande frequencia.

Bom dia Isabella! - Disse Mandy indo até Isabella com uma expressão não muito alegre, mas Isabella por mais que quisesse não conseguia de forma alguma a responder, seus lábios continuavam imoveis - Tudo bem não responda.

ISABELLA VOCE ACORDOU? TA LOUCA? NÃO PODIA TER SE MACHUCADO ASSIM! E SE ALGUEM DECIDISSE ATACAR O HOSPITAL? ENDOIDOU? - Angeline dizia gritando quando percebeu que ela havia acordado, mas Isabella mal compreendia onde estava, ela apenas conseguia virar os olhos, mas a unica coisa que via era o rosto das meninas e o teto branco, ela nem ao menos sentia o seu corpo.

Angeline cala a boca, ela esta muito machucada! - disse Mandy mas Isabella continuva sem entender, a infermeira entrou no quarto sorrindo e então Isabella podia ter uma noçao leve de onde estava.

Olá minha querida, como esta? - perguntou a Isabella que nem se mexeu, ela apenas ouvia a conversa e olhava para aqueles rostos, Angeline furiosa, Mandy extremamente calma e a infermeira extremamente sorridente, coo ela acha que Isabella esta, bem? Qual o problema dessas pessoas? Os sedetivos estavam fazendo efeito novamente e Isabella simplesmente ficou com a visão embaçada que logo foi escurecendo.

"O maior problema do mundo é que ninguem nele quer morrer, os que não querem morrem  lentamente e com dores, mas quem quer morrer não morre, a terra parece se apegar com aquele corpo, não quer deixá-lo partir, quem quer morrer e sofrer durante a morte simplesmente morre rapido, em fração de segundos, eu não via mais nada, não escutava uma sequer palavra, meu corpo era como se não existisse, era como se aquele fosse meu fim, o final de todo o sempre, viver dói mais que morrer, eu lhe garanto, não importa oque aconteça, sempre será menos doloroso, nenhum cientista lhe provou que existe um inferno e assim nenhum provou que existiria um céu, mas se não existe nenhum dos dois qual seria o sentido da vida, independentemente de qualquer coisa, a morte era o meu maior desejo, mas então vi a luz invadir meus olhos por uma segunda vez."

Qual o problema dela? - Isabella ouvia uma voz masculina dizer sério.

Ela esta fraca! - disse uma voz desconhecida também masculina, logo reconheu a primeira voz, era Zayn, ele parecia aflito, seus olhos se abriam com calma, mas ela não via ninguém apenas um imenso teto braco.

Como? Ela apenas levou um soco seu imprestavel! - Disse Zayn mais irritado.

Não foi apenas um soco Zayn, ela estava com uma faca no estomago, ela era pequena mas não deixava de ser uma faca - ele disse ela tentava se mexer mas não conseguia, ouviu os passos do medico saindo do quarto e Zayn se aproximando.

Acordou Isabella? - ele lhe perguntou, ela fez força para falar mas não saia nenhum som - Tudo bem, não me responde, voce fez uma cirurgia, não entendi porque mas esta claro agora! - ele disse se aproximando de meu rosto, ele estava como sempre, normal, como se não houvesse acontecido nada - queria que pudesse me dizer como ela chegou no seu estomago! - ele disse calmo.

Ela acordou? - disse alguém entrando no comodo, parecia ser Naill, mas ela não tinha certeza, não conseguia virar o rosto para lhe ver.

Acordou, ela esta muito fraca! - disse Zayn se afastando de Isabella que estava calma, já que não podia se mexer.

Pode me deixar falar com ela? - perguntou Niall sorrindo levemente para Zayn que lhes deixou sozinhos, ela ouvia os passos de Niall se aproximando lentamente dela - Sabe Isabella, Botton? - ele disse ironicamente se aproximando dela - É feio mentir! - ele disse desta vez rindo, Isabella não entendia exatamente do que ele estava falando, mas podia imaginar - Como esta faca foi parar ai? Uma faca que foi utilizada na segunda guerr mundial ainda por cima? - mesmo imobilizada ela não podia esconder os sentimentos, na mesma hora ela se lembrou do passado, e sabia do que ele estava falando, seu olho se encheu de lagrimas que escorreram pela sua face devagar - Uma faca interessante, utilizada na segunda guerra mundial, a faca KA-BAR, voce sabia que o dono dela escreveu a data que ela foi fabricada, se eu não me engano foi em 1942, certo Isabella? - Ele disse tirando a faca do bolso e colocando em seu pescoço, ela estava imovel as as lagrimas não paravam de cair - tão facil roubar pertences em hospitais! - disse ele gargalhando retirando a faca do pescoço da Isabella - o dono dela vai ficar feliz em receber esta faca! - disse Niall sorrindo, ela podia ver aquele sorriso mesmo embaçado por conta das lagrimas - Isabella - ele disse sussurrando aoo chegar em seu ouvido - esta faca foi apenas um aviso! - disse Niall que saiu do quarto rapido sorrindo feito idiota.

"Meu DONO, tinha a faca mais perfeita de sua coleção, a faca KA-BAR fabricada em 1942, aquela faca havia sido do seu pai, esta faca matou muitos, eu não sei como mas ela veio parar no meu estomago, e Niall tinha haver com isso, por isso ele me odeia tanto, Zayn não esta seguro com ele, meu DONO o enviou talvez ele fosse um dos que provocaram os atentados, ele sabia de tudo agora, mas porque ele esta com o meu DONO? Como meu DONO conseguiu o Niall? Minha visão sumiu novamente e eu apaguei..."

Seus olhos se abriram lentamente e estava escuro desta vez, então não houve choque, ela abriu-os e estava se sentindo confortavel, conseguiu mexer o pescoço devagar para o lado e pode ver a cortna persiana completamente fechada tampando a luz, ela estava em seu quarto e então sorriu, foi mexendo seu corpo devagar até beirar a cama e se levantou devagar, até que estava tudo bem, mas ela deu um passo e caiu com tanta dor no chão, seu abdomen doia como nunca, de dentro para fora, ela gritava de dor.

ISABELLA OQUE HOUVE? - perguntou Emily entrando no quarto gritando quando viu Isabella jgaf=da no chão com dor no abdomen, ela estava com a mão na barriga e gemia de dor, cerrando os dentes e apertando os olhos - CALMA, VOCE OPEROU TEM QUE FICAR DE REPOUSO, A DOR VAI PASSAR! - ela disse gritando para Isabella ouvir já que não controlava os gritos de dor, ela ajudou Isabella a se deitar novamente.

Acho que Niall se apaixonou, ele disse que queria vir cuidar da Isabella! - Disse Arabella entrando no quarto.

NÃO, NÃO DEIXA! FOI ELE QUE FEZ ISSO, ELE CONFESSOU NO HOSPITAL, ELE TRABALHA... - Arabella a cortou.

NÃO, NÃO É POSSIVEL, ELE NÃO PODE TRABALHAR PARA O ... - disse Arabella caindo em lagrimas.

"Por um momento me senti viva, estava podendo me movimentar, mas quando andei a dor no estomago, era intensa, me lancei no chão na tentativa de diminui-las mas foi em vão, Zayn poderia ter me deixado morrer, seria menos doloroso pra mim e para ele" - Isabella pensava nisso enquanto tentava se acalmar e suas amigas se desesperavam.

Isabella dorme, eu e as meninas estaremos lá em baixo, qualquer coisa grita! - ela disse séria olhando para Arabella, era um olhar preocupado, isso lhe deu mais medo, mas quase não conseguia pensar mais em sofrimento, ela deitou-se na cama e fechou seus olhos até que dormiu.

Ultimas PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora