Já faz mais de um mês que esses pesadelos voltaram, eu já não estou aguentando mais! Estão me enlouquecendo.Levanto de minha cama totalmente preguiçosa e sem animo, só de pensar que terei que arrumar um monte de coisas em minha mais nova casa... Já me sinto exausta e querendo voltar para cama quentinha.
Estou com meus 22 anos agora, fazem oito anos desde que aquilo aconteceu e agora... Irei começar minha própria história em minha própria casa, uma casa que eu comprei com meu esforço...! Claro, com uma pequena ajuda das governantas do orfanato do qual estive nesses 8 anos.
Fui a casa de banho e tirei a roupa olhando-me no espelho de corpo.
Gabi- Preciso engordar... Urgentemente.
Falava a mim mesma enquanto percebia o quando estava magra, a depressão mexeu extremamente comigo... Também, ter seus pais assassinados por um conto de terror... E ninguém, absolutamente ninguém acreditar em você e see dadá como louca... Não é qualquer um que aguenta não, e eu realmente não aguentei... Meu estado mostra isso claramente como água.
Tomei um banho demorado para acordar de vez e me sentir um pouco mais disposta, coloquei uma roupa aceitável para o calor que estava se fazendo, arrumei uma mala com as últimas roupas que tinha nesse lugar e fui para baixo.
Descer escadas se tornou um trauma... as lembranças me tomam os pensamentos e logo me vejo em outro mundo... E sou obrigada a lutar contra isso para seguir minha vida.
Desco tudo rapidamente pulando os últimos degraus e corro para sala de jantar.
Marta- Gabi! Não corra, é perigoso.
Alertou-me Dona Marta, ela é uma das governantas daqui e é a mais paranóica com qual quer coisa.
•Flashback•
-Não pule as escadas! É perigoso!!
Gritava Dona Marta as crianças do orfanato.
~×~
-Não corra nos corredores! É perigoso!!
Dona Marta alertava as crianças que estava brincando no corredor.
~×~
-Não suba nessa árvore!! E galho pode quebrar, é perigoso!!
Dona Marta brigava com os meninos que subiam as árvores do jardim de trás.
•~×~•
Gabi- Está bem Dona Marta... Não corro mais.
Menti na cara dura igual fazia sempre.
Sentei-me na cadeira sentindo o cheiro do pão quentinho que chegava de manhãzinha, os pães eram todos feitos aqui mesmo na cozinha do orfanato, os temperos e saladas colhidos na horta atrás do orfanato, e poucas coisas se eram compradas aqui.
Madalena- Onde estão as outras crianças? Estão atrasadas.
Essa é Dona Madalena, ela adora tudo feito na hora... E na hora dela.
•Flashback•
Eu havia esquecido o livro de música e tive que voltar para pegar,quando voltava vi Dona Madalena entrando na sala de aula e suspirei aliviada, pois assim chegaria junto dela.
Mas assim que entrei.
-Esta atrasada Gabrielly!! Terá que ficar por mais vinte minutos.
Fiquei indignada, mas quando abri a boca para responder o motivo do meu "atraso"...
-Esta me respondendo?! Ficará agora trinta minutos após a aula.
E assim foi minha aula de música.
•~×~•
Marta- Elas estão ajudando na cozinha, por isso o atraso.
Dona Marta falou protegendo as crianças, que na verdade estavam na porta pois haviam se atrasado de verdade.
Elas disfarçaram e entraram falando que realmente haviam ajudar na cozinha, e eu de Dona Marta nos entre olhamos segurando o riso.
Katarina- Me desculpem! Tinha um passarinho no jardim e eu tive que o colocar de volta em seu ninho!
Falava Katarina, a terceira e última governanta do orfanato e uma das mais bondosas daqui, ela sempre nos ajudava e nos contava histórias para dormir... Ela era quase uma mãe para todos, uma pena que a mesma é fisicamente impossibilitada de ter suas próprias crianças, pois a pobrezinha havia nascido sem útero... Uma verdadeira catástrofe e muitas das vezes nós a víamos chorando em seu quarto por esse motivo.
Era de cortar o coração.
Júlia- Gabi... Vai embora mesmo?
Dizia a menor tristemente, vi que todas as crianças me olhavam com carinhas desanimadas mas com os olhinhos com um brilho de esperança, era uma tristeza ter que decepciona-los.
Gabi- Ah, meus anjos... Não façam essas carinhas, eu vou vir visitar vocês sempre que der e trazer vários jogos! Prometo!
Falei tentando anima-los, eu realmente tentaria manter contato com eles.
[...]
Depois de arrumar tudo no carro, do qual ganhei de presente das governantas no meu 18° aniversário, olho para trás e estão as quatro a minha frente com caras de choro.
Gabi- Oww... governantas, não chorem... Eu vou voltar! Eu prometo!
Marta- Nós até acreditamos Gabi, porém... Ainda é triste, esta conosco a bastante tempo já...
Gabi- Eu sei que estou, mas agora farei minha própria história, em minha casa... Fiquem felizes por mim!
Katarina- não que não estejamos, apenas... Não esperavamos isso... Parece que foi onde que você começou a se esconder entre os lençóis!
Ela disse não segurando mais o choro, e aquilo cortou meu coração de maneira extrema... Mas não poderia voltar a atrás, e não poderia morar mais nesse orfanato... Apesar das ótimas lembranças, ele ainda me lembra o motivo de ter vindo, e eu preciso esquecer isso.
Abracei as quatro e as mesmas desmoronaram em um choro uníssono, e admito que também chorei junto delas.
Entrei dentro do meu carro e sorri para as mesmas felizmente, elas devolveram o sorriso e vi pelo retrovisor quando elas estavam acenando... Mesmo eu estando já distante.
E agora, minha jornada começa...!
Gabi- Típica cena de livros de aventura! Não!?
Ri comigo mesma dentro do carro com meu comentário e segui em frente...
Para minha nova vida, sem tristeza, sem dor... E sem Jack.
Minha própria história.

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Meu Alegre Laughing Jack
RomanceAmizades são difíceis, podemos brigar... voltar... rir e chorar... mas agora... E quando essa amizade é com um palhaço assassino? mais uma história no Watt Pad estrelando •Laughing Jack• uma Creepypasta famosa e macabra, a respeito de um palhaço qu...