A noite se aproximava e o vento soprava gélido entre aquelas colinas separadas pelo rio que cortava Summoners Rift, sob este véu noturno Draven sorria e se preparava para emboscar seus inimigos, o conde Varus e seu cruel servo, Thresh. Por que demoram tanto? Pensava no momento em que uma flecha atravessava sua perna, perfurando-a de um lado a outro. Teria gemido de dor, se aos fortes fosse permitido sentir dor.
- É um covarde Varus – Gritou.
- Um covarde que sairá vivo esta noite eu diria – Respondeu o conde, revelando-se para o seu inimigo.
Uma luz fraca se escondia atrás do conde acompanhada de um riso maléfico, e antes que Draven pudesse ter alguma reação, uma espessa corrente prendeu-lhe o peito e os braços, enquanto a lamina afiada da foice que a guiava o esfolava as costas. É esse o meu fim então?
- Está acabado Draven, pela manhã toda Valoran conhecerá sua desgraça. – Disse Varus apontando-lhe o arco.
As forças já lhe escapavam, quando Draven ouviu algo, uma voz distante, uma voz doce que lhe aquecia os ouvidos e lhe acalentava a alma. Do rio ele observou ela surgir, uma bela sereia que cantava a esperança, cujo olhar era doce, que se movia com tamanha graça a qual nunca teria visto. Ela fez um gesto e as aguas se ergueram em direção a ele, o circularam, curaram suas feridas e afastaram as correntes que lhe prendiam.
- Nami... – dizia Draven com uma expressão de surpresa como se já a conhecesse, quando sangue lhe atingiu o rosto –.. NÃO!
Nami agora se debatia de agonizava no chão frio, enquanto sangue lhe escorria pelo pescoço aonde uma flecha a perfurara. O ódio subiu à cabeça de Draven, pegou os seus machados que estavam presos à cintura, girou e arremessou um machado em direção ao conde, que tentou desviar, mas era tarde demais, o machado cortou lhe o braço que segurava o arco e abriu a lateral do seu peito, e com este machado ainda no ar Draven arremessou o segundo, que cortou lhe a cabeça pela metade, um olho rolou pelo chão enquanto o conde caia, pintando de vermelho o chão duro. Pegou o machado e virou na direção do Thresh... Que havia fugido. Virou-se agora para Nami, que chorava e sangrava.
- Por favor, não morra – Disse Draven ajoelhando-se ao lado de Nami e colocando uma mão em seu rosto, tentando a confortar.
Ela o fitou com ternura e respondeu:
- Nunca.. deixe.. de sorrir .
E então todo movimento de seu corpo cessou. Draven então devolveu seu corpo ao rio, lamentando-se pela lendária Iara, Nami.. .