Prólogo

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|Hyuna|

As câmeras, os paparazzis, os flashes corriam como uma luz incandescente em nossa direção, estávamos protegidos por uma escolta de seguranças ao nosso redor, que impediam as pessoas — principalmente a imprensa — de pularem na gente e nos agarrarem. Eu estava em meio ao desespero, era sempre tão horrível ter que vir nessas reuniões, e pior ainda ter que trazer Hoseok, meu filho, de apenas 6 anos.

Meu marido caminha a frente, expulsando todos com a mão enquanto andava, os jornalistas colocavam microfones em sua boca na expectativa dele falar algo, mas ele apenas ignorava e seguia com sua pose imponente. Eu segurava Hoseok pela mão, com medo dele se perder, e principalmente porque estava assustado com toda aquela confusão ao redor.

— Não larga a minha mão Hoseok. — Falei para ele que caminhava me olhando com seus olhinhos confusos.

— Mamãe... — Ouvi sua voz chamar e tentei acalmá-lo enquanto passava por aquele mar de gente. — Ai! — Reclamou e então eu pude ver que alguém tinha batido nele na tentativa de tocá-lo.

Era sempre tão agoniante, me dava ânsia eu me sentia sempre tão inativa, não podendo fazer nada para controlar essa situação. Será possível que não respeitavam nem a privacidade uma criança?

— NÃO TOQUEM NO MEU FILHO. — Eu gritei totalmente enraivecida, não aguentava mais passar por aquela situação. As mãos, os olhares, os flashes! Estavam tudo na gente.

Peguei Hoseok no colo e o protegi como se fosse o meu maior tesouro, e ele era. Continuei a andar até atravessarmos a porta em segurança, e o restante das pessoas ficaram para fora.

— Hyuna, se controle, não podia ter gritado de forma tão primitiva aquela hora. — Meu marido repreendeu.

— Queriam bater no meu filho, no nosso filho! — Falei suplicante.

— Vocês andam cercados de seguranças, não deveria fazer tanto escândalo desnecessário, sabe que estão protegidos. — Respondeu como se aquilo fosse o suficiente.

— Ele é apenas uma criança. — Falei incrédula abraçando ainda mais Hoseok com toda a proteção do mundo.

— Nada de ruim vai acontecer com ele, não se preocupe. — Afirmou. — Vem vamos logo para os nossos lugares. — Falou ignorando o meu desespero, o meu marido se pôs adiante, caminhando reto à nossa frente e eu o segui atrás, junto com Hoseok.

As paredes vermelhas e douradas, o carpete preto, as escadas que davam destino ao grande trono central visto por todos os presentes no local, e abaixo no salão um monte de cadeiras pretas enfileiradas milimetricamente com perfeição, onde estava sentado todo o seu público da reunião de hoje a noite.

— Mãe... essa roupa é chata. — Hoseok reclamou mexendo em seu terninho de alfaiataria.

— Você está lindo com ela, meu príncipe. — Falei enquanto subíamos as escadas, logo atrás de meu marido, que ao chegar no topo sentou na cadeira principal, que era o seu lugar destinado; O trono.

Já eu me sentei ao seu lado, mantendo a minha pose séria, e Hoseok junto a mim sentado em meu colo.

— Eu não gosto disso... — Falou tristonho.

— E-eu sei que não... — Respondi vacilante, acariciando sua bochecha antes da reunião começar, e então arrumei a sua gravatinha com cuidado.

— Por que as outras crianças podem se vestir legal, e eu tenho que me vestir feito esses homens velhos e o papai? — Perguntou confuso.

— Você... É especial, Hoseok. — Respondi tentando o confortar. — O papai gosta de te ver vestido assim, bonitinho, e essa é uma festa importante para ele. — Fiz carinho em seus cabelos. — Você gosta de festas não gosta?

O Sarcófago de Gwangju |sope|Where stories live. Discover now