THE RED HOUSE:
O couro sempre me incomodava, mas eu não podia deixar de usar, ainda mais quando ele me proporcionava uma quantidade imensa de dinheiro. A peruca da noite foi a vermelha, era cumprida, tinha os cachos largos nas pontas, o vermelho era sangue. A máscara preta, rendada em volta, meus lábios pintados de vinho. O sofá do canto da boate já era meu lugar de lei, sempre ficava deitada ali, fumando meu velho e bom baseado, bebendo minha taça de vinho seco e aproveitava para me entediar vendo aquele joguinho barato de sedução que acontecia na minha frente. Assim que eu terminava de beber todo meu vinho e meu baseado, eu decidia que era hora de levar a diversão para o quarto, então escolhia qualquer otário que estava babando horas em mim, geralmente eu escolhia o mais rico e o qual eu conseguia ver a ficha completa: Rico, ignorante e escroto. Um verdadeiro porco, eu adorava esses!
Eles se divertiam comigo, eu era uma garota má que não aceitava ordens deles, afinal era eles quem tinham que jogar do meu jeito. Eu era uma garota que ditava as regras e não as seguia. Se eles pagavam para gozar como nunca gozaram antes, era isso que eles tinham, eu sempre conseguia o que eu queria. Mas no final do programa, no momento do êxtase, era minha vez de se saciar e infelizmente eu só me sentia saciada com o sangue. Bem na jugular, um corte certeiro, fazendo jorrar aquele líquido incrivelmente delicioso e sexy, o qual eu me banhava inteira. Eu não fazia isso diariamente que eu trabalhava, até porque eu não sou burra, só quando eu não conseguia mais controlar a sede de sangue, era inevitável.
Por isso as perucas, o couro e as máscaras, ninguém nunca sabia dizer qual das meninas que levaram a vítima para o quarto e a matou. Ninguém desconfiaria da garota que aparecia só por uma noite e depois não voltava mais, eu sempre me misturava, eu era uma prostituta, daquelas de uma noite só. Não tinha como pagar duas vezes por mim, eu odiava repetir e por isso, ninguém nunca sobrou para contar história depois de transar comigo. Vocês devem estar se perguntando se essa é uma história de terror, eu devo ser a vampira ou o demônio que se alimenta de almas, mas não é nada disso não. Eu sou só uma assassina em série voltando para casa.ABOUT HIM:
As aulas tinham voltado, eu odiava o barulho do ônibus escolar ou das festas desses adolescentes de merda, sempre mantinha minha casa fechada e blindada, era uma pena que não era a prova de som, eu nunca conseguia dormir até tarde por causa desses barulhos. Mas Evan Peters, o garoto de dezessete anos da casa ao lado, ele me chamou atenção desde quando pisei na calçada quando comprei essa casa um mês atrás. Primeiro achei fofinho ele quase ter caído do telhado quando me viu mudando, bem típico de um garoto virgem, então decidi zoar com a cara dele um pouquinho. Qual é? Eu sou uma mulher bem entediada, tem um garoto babando por cada movimento que você faz na casa ao lado, então me trocar com a janela aberta, nadar pelada na piscina e cantar Queen de calcinha e sutiã, ficou bem mais divertido quando se tinha plateia. Ele até trouxe os amiguinhos loosers para assistir um dia, então tive que caprichar mais um pouco, foi bem divertido mesmo. Mas a atenção mudou, agora era eu que o observava quando não era ao contrário, porque em vez dele, eu sabia vigiar alguém sem ser pega. Evan não era só um garoto nerd do ensino médio, ele era inteligente, tinha um gosto espetacular para músicas, filmes e livros. Gostava de escrever, fiz até questão de me arriscar e roubar um poema que ele tinha escrito. Era sobre a morte, mas de uma forma poética e linda, como se ela fosse o milagre e não a desgraça. Seu pai o batia todo santo dia e sua mãe tomava tantos calmantes que poderia ter uma overdose a qualquer minuto, mas mesmo assim, ele se mantinha firme e forte, a ajudava em tudo que podia e amava seu pai, mesmo não recebendo esse amor de volta. Evan Peters merecia ser feliz, infelizmente não era comigo que ele conseguiria isso, eu era uma maldita infeliz que estava condenada.
THE SEX DANCE:
Fui ganhar dinheiro, sem matar dessa vez, não estava desesperada por sangue ainda. Vigiar o Evan tinha sido minha diversão ultimamente que eu até tinha esquecido desse meu hobby. Estava pronta (http://4.bp.blogspot.com/-Er2D8OJInUc/UJZVC862kMI/AAAAAAAAIrM/4I4c1MM-T2U/s1600/tumblr_lma7ltocnd1qexc8ho1_500_leather_corset.jpg ), sem máscaras, mas estava de peruca, os cabelos castanhos claros e mechas loiras nas pontas. Estava passando pela área vip, observando o movimento e tragando um cigarro. Estava na hora do show, então já subi ao palco com mais outras meninas. O pole dance estava posicionado bem à frente, no meio do palco.
Olhei de relance para elas que assentiram para mim, o toquinho de Dirty Mind do Boy Epic começou a tocar, joguei meus cabelos para o lado e arregalei os olhos ao ver o Evan no meio da plateia, mais perdido que cego em tiroteio. Ele e os amiguinhos virgens dele, estreitei os olhos para eles e senti uma vontade enorme de gargalhar. As meninas começaram a dar seus passos para a frente e eu coloquei as mãos no meu quadril, levantando a cabeça e respirando fundo. Dou um giro e viro de costas para o público, começando a rebolar bem lentamente até o chão, inclinando meu tronco para frente e deslizando minhas mãos pelo chão, ficando praticamente de quatro. Remexo meu quadril de um lado para o outro, empinando minha bunda e sentindo as meninas darem um tapa de cada lado.
Solto uma risadinha e deixo meu corpo todo cair ao chão, com o auxílio de uma mão, giro meu corpo para o lado e levanto uma perna para cima. Passo minha mão por ela e depois com uma certa agilidade, levanto-me. Vou para ao lado do Pole Dance, o seguro com firmeza com apenas uma das minhas mãos, a outra eu deixo na minha cintura, sinto algo estranho dentro de mim, meu coração estava acelerado ao notar que o Evan tinha o olhar fixo em mim, me reconhecendo, seus amigos também, ambos com as bocas escancaradas. Pisco um olho para eles que quase enfartam, viro minha cabeça e jogo meus cabelos, enroscando minha perna no Pole. Deixo meu corpo girar nele, sem parar, abro meu braço e jogo minha cabeça para trás, sentindo o vento bater meu rosto. Ouvia os gritos das pessoas, solto o Pole Dance por segundos, quase caindo, mas volto a segurá-lo com a outra mão, fazendo isso mais alguma vezes e até rindo divertida disso. Subo minhas duas mãos por ele todo e começo a rebolar de costas para o público, junto com as meninas, viro no mesmo momento e começamos a nos esfregar no metal atrás de nós. Volto meu olhar para Evan que ainda me encarava, mas seu olhar era tão diferente do de todos ali, ele não ficava babando com cara de otário. Seu olhar transbordava tesão e inocência ao mesmo tempo e isso era improvável ao meu ver, nunca dava para ser as duas coisas, mas ele conseguia.
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She is a Hurricane
FanfictionSabem aqueles clichês de um garoto de família, magro, branco, alto e de cabelos cacheados, que usa óculos e sem ele não enxerga absolutamente nada. Tem dois amigos muito piores que ele mesmo, os três prometem que o último ano vai ser demais e eles a...