demônio [♡] hyewon; loona.

nine

Os enfermeiros tinham passos rápidos, carregavam a maca com Chaewon, ela gritava de dor de cabeça e se revirava.

Eles a deixaram em um quarto branco, frio, vazio, silencioso, ela podia ouvir o sangue passando por suas veias, as batidas de seu coração e seus pensamentos a atormentando.

Ele sentia ânsia, mas não havia o que vomitar.

Ele queria chorar, mas não saíam lágrimas de seus olhos.

"Você sabe porque está aqui, Chaewon" Uma das mil vozes dizia, ela queria correr, mas seus pés colados no chão a impediam de realizar o ato.

Ela sentia seu corpo leve como uma pena, um simples vento a moveria, mas o sentia mais pesado do que qualquer bigorna.

Ela sentia frio, mas seu corpo suava pedindo por uma brisa.

Ela sentia um gosto amargo em sua boca, mas era doce como um pirulito sabor cereja.

Chaewon era um misto de emoções e sensações, era como se tudo transasse dentro de si como adolescentes sozinhos em uma noite.

Um raio de sol atingiu seu rosto, ela estreitou os olhos e mesmo com dificuldade enxergou uma janela, essa que não parecia pequena e nem grande, mas Chaewon poderia passar seu corpo por ela.

Park se levantou com dificuldade, suas costas ardiam como se tivesse levado chicotadas, mas pareciam receber umas das melhores massagens do mundo. Seus passos eram lentos, seus pés pareciam estar grudados no chão.

Chegando perto da janela, ela procurou algo para subir e alcançar com mais facilidade. Ela deu um tapa bruto em sua cabeça ao lembrar do quarto não ter nada, além de sua existência desnecessária.

Vamos lá, Chaewon, você consegue.

Não, Chaewon! Não faça isso!

Faça! Vá em frente, você sabe que sua morte não causará sentimentos a ninguém, você não é importante para ninguém. JAMAIS SERÁ!

Chaewon decidiu seguir a voz mais grossa, ela não era importante, jamais seria.

A garota loira se sentou no peitoril da janela, e olhou para baixo.

"Tantos carros passando, um vai passar por cima de você, Chaewon." A garota concordou e pulou.