Piloto

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Charlie e Aizem aparecem no centro de um círculo de cristal azul, ganhando opacidade conforme uma luz íris emanava do centro do círculo.

- Nossa! Impressionante como esse teleporte consegue canalizar magia depois de tantos séculos em desuso!

- Foi formado com cristais azuis, durante a guerra do milênio, nessa época haviam mais recursos, além de serem cristais com boa capacidade de condução mágica.

Aizem abaixa e passa dois dedos no piso de cristal, analisando o seu material.

- Feito por anões, certeza.

Eles começam a andar pelo local, um castelo mágico colossal da era medieval, com símbolos de reis e guerras, explicando como funcionava a sociedade naquele período. A sala, feita de cristais e metais preciosos, parecia um salão para festas e banquetes, uma sala para convidados da elite econômica da época.

- Quer por esse lugar abaixo e vender tudo que for precioso no mercado negro?

Charlie diz enquanto tentava arrancar um nariz de cristal mágico de uma estátua.

- Charlie, Não! Allan apenas nos deu uma missão de reconhecimento, não quero decepciona-lo. Esse lugar além de antigo é raro, é um dos poucos monumentos da Terra pré-galaxizada e por isso possuí resquícios arqueológicos únicos.

- Ok! Ok! Era apenas uma brincadeira...

Aizem o encara friamente. Ele respira fundo recuperando sua postura neutra e sinaliza para que Charlie fosse analisar a área ao Leste enquanto ele inicia uma caminhada rumo a Oeste. Charlie caminha chutando taças de ouro e armas de aço. Aizem acha uma pequena gravura na parede, em um idioma antigo. Ele quebra uma esfera amarela em cima da gravura enquanto o idioma muda para um em que Aizem fosse fluente.

- "Jesus voltará" Tsc... Jesus, li sobre ele uma vez num livro de mitologia, era de uma religião famosa 2 bilhões de anos atrás...

Ele continua caminhando, é quando avista um vulto passar pela parede. A sombra ao perceber ser descoberta, corre sumindo por um dos vários corredores que o templo continha. Aizem estende sua mão para cima, conjurando uma espada longa feita de magia arcana.

- Charlie não estamos sozinhos!

Charlie aparece como um raio, correndo ao lado de Aizem. Juntos eles avançam na direção de onde um barulho de passos no chão ecoava. Aizem joga a espada que bate na parede e ricocheteia acertando o ser pelas costas. Quando eles alcançam o indivíduo, veem a imagem de um homem coberto por um manto negro, cheio de símbolos azuis que cobria todo seu corpo. Espinhos de gelo surgem do corpo do misterioso ser. Charlie entra na frente dos espinhos para defender Aizem, conjurando selos mágicos dourados, que funcionavam como escudos. Os espinhos batem nos selos e caem no chão em seguida.

- Desgracado! Um mago de gelo!

Aizem ergue as mãos conjurando outra espada e a usa para dividir a criatura em dois. Ao cair cortada no chão, a criatura emite um grunhido de dor e explode em água, sendo sugada pelo solo, desaparecendo.

- Achei que este templo estivesse desativado!

Diz Aizem desconjurando as espadas que explodem em mana.

- Eu também... Que tipo de ser da era amagica da Terra, consegue viver em um castelo desabitado durante séculos?

- O tipo que não morre ao ser cortado ao meio... Provavelmente ainda está vivo.

- Aquela velocidade de conjuração, aquele cara devia ter um estoque de mana acumulado.

- É isso que está me preocupando. Vamos sair e deixá-lo prezo aqui.

- Vamos desativar o cristal ao sairmos?

- É melhor destruirmos, ele leva direto para a árvore sagrada.

- Mas nem sabemos direito o que tem por aqui.

- Allan e Cazzio falaram para destruir o cristal caso algo estranho ocorresse, eles estavam tensos.

- Então vamos embora?

- Ordens são ordens...

- E desde quando você começou a seguir ordens?

- Desde que você nos meteu naquela furada no Alasca...

- Ah, mas você ama aquela-

- No entanto prefiro que não aconteça outra vez.

Charlie o encara com desprezo e caminha até o círculo de cristal, gerando uma esfera de energia dourada a qual é jogada no centro do círculo. Aizem suspira, abaixando a cabeça e o acompanha até o meio do teletransporte.

- Vamos...

Os olhos de Charlie começam a brilhar em um tom dourado, enquanto a esfera é ativada, emitindo uma luz forte e gerando piscadas de luz, Charlie inicia o teleporte mágico. Uma luz branca emana do cristal e eles somem liberando um som de trovão fraco que estremece o castelo. A esfera de energia começa a piscar mais intensamente e explode, arremessando aquele círculo em vários cacos de cristais pelo ar.

Do solo, uma água começa a emergir, unindo-se e formando um corpo humano. A criatura caminha até os cacos os pegando.

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