Dentre todos os momentos e milhares de desavenças
Meu eu se encontra sereno mesmo se houver descrença.
Creio eu que serei feliz, mais feliz que já sou,
Ás vezes vem, meia dúzia de pensamentos em querer alguém
Mas só pelo simples prazer de falar que tem alguém.
Meu amor que é passageiro,
A cada hora ele entra em veículo diferente,
Rumo a qualquer lugar que traga ao menos,
um pouco de felicidade momentânea.
Sou fruto do passeio de várias bocas,
Do desejar de vários corpos,
Fruto da macieira que Eva foi proibida de comer.
Eu, sou brasa que não apaga,
Sorvete que não derrete,
Sou chuva de inverno que nunca cai.
Eu, eu sou farol na estrada,
Pé no acelerador e mão na marcha.
Fujo de qualquer um que me jure amor,
Porquê jurar, Judas jurou e é pecado.
Ignoro as doces palavras fofas
Pois Julieta recebera várias cartas
Mas no fim só queria Romeu.
Não sou viúva negra,
Pois não sou mulher que se
alimente de um homem só.
Eu sou vento, vento que sopra, refresca
E ao mesmo tempo destrói
Sou água que aquece mas também gela
Fogo que esquenta mas não deixa cicatriz
Sou terra de plantio, terra de colheita
Sou solo fértil, até que o último agrotóxico saia das
gargantas daqueles que me causam prazer.
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Utopia
PoetryAos poemas que tanto guardei através dos anos, sem que ninguém além dos meus amigos tenha os lido antes.