Cotton Candy - Ne, ne, ne, Izu-chan!

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Era 12:30 em ponto quando o tédio começou a dar o ar das graças, Kouta estava deitado no chão da sala olhando fixamente para o teto alheio a tudo ao seu redor, Mandalay tinha ido junto com Tomoko a cidade para comprarem alimentos, Tiger e Pixie-Bob ficaram encarregados de cuidarem dos pequenos, bem, pelo menos Kouta estava quieto, já Eri chorava reclamando de dor; porém nenhum dos dois adultos conseguia distinguir a dor que ela estava sentindo. O que deixava os dois únicos adultos preocupados e desesperados internamente.

- E agora Tiger!? – Questionou quase entrando em pânico, Pixie. – Ela não nós diz o que dói, se ela não disser, como vamos saber tratar da dor!

- D-dói... Dói muito... – Dizia Eri entre o choro.

Suas mãozinhas passavam constantemente pelo os olhinhos já vermelhos de tanto esfregar, na falha tentativa de acabar com a dor com aquele simples ato.

- Minha florzinha, se você não disser o que dói, nunca que iremos conseguir aliviar a dor. – Tiger tentou falar com a menor, mas era impossível. Eri só conseguia chorar.

- Ela não para de chorar, Tiger!! – Definitivamente Pixie estava em desespero e preste a chorar junto com Eri-chan.

Kouta cansado de olhar para o teto e ouvir os mais em desespero, se levantou e foi para o seu quarto. Ao entrar lá, pegou o seu cobertor grande de morcegos, pegou uma pelúcia que RagDoll tinha dado para si – a pelúcia era uma de suas favoritas entre todas que já tinha ganhado da Tomoko - e depois pegou dois travesseiros. O moreno colocou tudo no lençol e saiu do quarto com tudo numa espécie de trouxinha para chegar novamente na sala e ver a mesma situação. O que fez Kouta revirar os olhos.

- Eri... – Chamou pela a mais nova que lhe olhou com os olhinhos brilhando de lágrimas. Isso afetou um pouco o moreno, porém nada de mais. – Vem cá.

A menor foi andando devagarinho – deixando os adultos de lado que apenas observavam as duas crianças -, a dor que sentia era causada pelo frio que se fazia e isso, de certa forma, fazia as cicatrizes, que Eri tinha nos braços e pernas, doerem intensamente. Isso não acontecia quando estava na cidade, talvez pelo o fato do frio não ser tão rigoroso como era na floresta, por isso Eri sentia dor ao ponto de chorar.

- Hm...? – Resmungou fungando ainda com o rostinho banhado a lágrimas e dor.

- Toma! – Tirou da trouxinha uma pelúcia de ovelha muito fofinha, Eri olhou encantada para a ovelhinha branca, mas ficou meio hesitante em pegar ela. – Pode pegar.

Dada a permissão, Eri esticou os bracinhos pegando a pelúcia, assim que suas mãozinhas entraram em contato com a maciez da ovelhinha; ela abraçou a pelúcia abrindo um sorrisinho ainda em meio a lágrimas, o que ajudou ela esquecer mais da dor. Kouta percebendo isso, desfez a trouxinha, tirou os travesseiros deixando-os no sofá, empurrou a mesa de centro mais para frente e esticou o enorme lençol no chão, depois pegou os travesseiros e colocou um do lado do outro em cima do lençol; mas Kouta percebeu que faltaria mais uma coisa.
Então o menor voltou correndo para o quarto e pegou o seu moletom do FatGum – seu terceiro herói favorito, depois, é claro, das Wild Wild Pussycats e dos seus falecidos pais -, voltou para a sala entregando o moletom para Eri. Eri ao reconhecer o estilo do moletom, dexiou a ovelhinha no lençol e vestiu, porém ficou grande, assim como ficava em Kouta.

- Obrigada Izu-chan! – Disse Eri toda sorridente e feliz, afinal, o cuidado do menino introvertido estava tendo consigo era extremamente fofo; por isso ficava feliz com as atitudes dele. Isso mostrava que ele já lhe aceitava mais ali.

- Humf... Não precisa agradecer. – Disse Kouta virando o rosto para o lado, essa foi a deixa para Eri deixar um beijinho demorado na bochecha do moreno.

- Obrigada mesmo, Izu-chan! – O beijinho tinha pego o Kouta de surpresa, que ficou sem reação, o que só piorou quando a menor pegou a ovelhinha branca e se jogou em cima de si fazendo os dois caírem no lençol, porém com Eri abraçando a ovelhinha e o Kouta ao mesmo tempo. – Você é o meu primeiro amigo de verdade, Izu-chan.

Tiger e Pixie-Bob que viam a cena, tiravam várias fotos para mostrarem a Shino e Tomoko quando chegassem das compras, aquele momento entre os mais novos estava sendo muito fofo. Pixie podia jurar que ia morrer com tanta fofura que vinha aquelas duas crianças e Tiger concordava com a loira.

- Você... Você também é... Hm... É minha primeira amiga de verdade... Eri... – Admitiu Kouta com o rosto mais emburrado e as bochechas levemente coradas.

Eri não se aguentou de felicidade ao ouvir aquilo, abraçou ainda mais forte o Kouta ouvindo ele reclamar para solta-lo mesmo sabendo que no fundo ele está a gostando; apenas não sabia como demostrar da forma certa.

- Esses dois são tão fofos juntos, não é Tiger? – Indagou Pixie ao Tiger que concordou com um aceno de cabeça.

- Vamos deixar eles dois se divertindo. – Disse saindo da sala, afinal o problema de Eri fora resolvido em questão de minutos por Kouta, então eles não eram mais necessários ali.

Ryuko tirou mais uma foto dos dois menores juntos antes de si retirar da sala para o escritório, afinal ela e Tiger ainda são heróis e eles tem que cumprir com o seu dever de heróis.

- Izu-chan! Izu-chan! – Chamava sem parar pelo o garotinho que fingia não escutar os chamados da garotinha. - Izu-chan! Izuuu-chaaan!

- Oi Eri. – Se deu por rendido ao ver o enorme bico irritado que Eri fazia na sua direção.

- Você vai ser meu amigo para sempre, não é? – Eri perguntou olhando fixamente para Kouta, o qual retribuiu o olhar.

- Claro que não, quem vai querer ser amigo de uma menina chata como você. – Brincou dando um pequeno sorriso, o que chamou atenção de Eri, que o soltou do abraço. – O que foi?

- Você sorriu! – Disse como se fosse a coisa mais anormal de todas, bom, para era até podia ser. Já que Kouta quase nunca sorria. -  Izu-chan, você sorriu! Você sabe sorrir Izu-chan!

- O-oe! Como assim “Você sabe sorrir”? O que você quis dizer com isso!? – Agora Kouta estava indignado com as afirmações da amiga. Claro que sabia sorrir, só mão gostava de sorrir com frequência oras!

- Nha, deixa pra lá hihihi. – Eri ria da expressão de revoltado do amigo.

- Eri! – Disse Kouta realmente indignado virando o corpo pro outro lado, não iria olhar para a cara da amiga.

- Ne, ne, ne Izu-chan! – Chamou a atenção do moreno. – Se um dia a gente se casar, você vai sorrir ou vai chorar? Ou, ou, ou fazer os dois ao mesmo tempo? Ne, ne, ne Izu-chan!

Kouta não queria vira-se para a menina de longos cabelos brancos ondulados, ainda mais depois dessas perguntas que ela fez. Afinal as perguntas eram bem constrangedoras, mas de alguma forma aquecia o seu coração na expectativa de que um dia isso, de fato, acontecesse.

- Eu iria chorar e sorrir, baka. – Sussurrou apenas para si ouvir enquanto Eri falava de alguma outra coisa.

O Amor também é DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora