ENTRE QUATRO PAREDES

CAPÍTULO 02

Laura extasiada com a discussão, não percebeu os movimentos violentos que acontecia nas margens do lago. O ex-namorado ao sair da casa foi atacado brutalmente pelo que mais temia: O Homem da Máscara Vermelha. Desmaiado, após ser atingindo, é arrastado e jogado nas correntezas. Sem saber que tinha acabado de perdê-lo, Laura sai da casa para caminhar e espairecer, quando se inicia uma sequência de sons estranhos que parecem ser de pássaros inicialmente mais na verdade são gritos. Laura assustada dá a volta e corre para a casa com o coração acelerado, entra fechando a porta de maneira estrondosa. Sem ideia do que tinha acontecido se tranca no quarto, "Aquele som deve ter sido paranoia minha, estou apenas estressada com tudo que vem acontecendo, não é nada demais. Se acalme Laura." - Pensou.

Laura não podia está mais errada. Com a morte de seu ex-namorado, o próximo alvo do Homem da Máscara Vermelha era outro, Ela.

Os dias foram se passando, mas Laura estava sempre alerta, como se a qualquer momento fosse surgir aquele som medonho novamente. Seguindo a mesma rotina de sempre: Dormir, Comer, Caminhar, Ler. Dormir, Comer, Caminhar, Ler e assim sucessivamente. Laura sentia falta do seu ex-namorado, da forma que os dois se conectavam e riam juntos. Talvez ela o amasse de verdade, mas sabia que mesmo o amando não seria recíproco.

 Sentada no pequeno sofá da sala imersa em seus pensamentos lembrou daquele dia terrível e no que ele disse antes de partir. "não venha me procurar quando se sentir sozinha, desamparada que não terá ninguém pra lhe ajudar". Deus! Porque fui tão burra e não o ouvir! Ele sempre esteve certo. – Pensou angustiada. 

Arrependida, Laura pega um cobertor e se aconchega no sofá para dormir, porém isso não iria acontecer, pois ao se deitar ver um vulto se passar pela porta em direção da cozinha, atordoada levantou-se indo ao encontro desse ser que lhe atormenta dia e noite, ao chegar à cozinha não encontra nada fora do normal, apenas as panelas penduradas na pia se movimentando sozinhas. Amedrontada Laura acelera seus passos e anda pela casa trancando todas as portas e janelas. "Como eu vir parar aqui, tinha tantos outros lugares para ir e vim pra cá, devia estar louca." - Pensou.

-Tenho quer ir embora agora mesmo. –Confessou.

Ao juntar suas poucas peças de roupas, garrafa de água e resto de comida. Laura direciona-se a porta da casa para deixar todos seus tormentos e inquietações pra trás e ser feliz novamente. 

No entanto, ao destrancar a porta e tentar abri-la, não consegui, como se a porta estivesse trancada por fora. Apavorada, Laura perceber que estar presa na casa mal assombrada junto ao fantasma que a martirizar e não tem para onde fugir.