When Calls the Heart

1 / Único

"Take my hand and let the music play

Round and around we go, when will we stop?

Who knows?

Round and around we dance I'll never stop

Falling in love with you"

-Falling In Love (Us the Duo)

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—Te vejo amanhã, Adrien. — Marinette sorri gentilmente, despedindo-se de seu amigo Adrien Agreste. Estava chovendo e ele queria muito caminhar até em casa debaixo do guarda chuva junto da garota, porém o loiro estava ocupado, novamente, com os compromissos intermináveis que seu pai o obrigava a ter.

Adrien olha Marinette nos olhos e sorri de volta, rapidamente, simples ato que por alguma razão faz seu coração palpitar um pouco mais forte pela centésima vez naquele dia - e provavelmente pela milésima naquele mês. Ele se vira e corre na chuva até a porta aberta do carro, porém não se aguentando, vira-se para admirar a menina mais uma vez, o que o faz bater a cabeça com tudo no veículo.

—Ai! — ele solta, por alguma razão se sentindo um completo idiota por passar vergonha na frente da amiga. Ela se assusta de início, mas felizmente, parece não se importar e solta uma risada, se divertindo com a situação. Adrien ri também, ainda meio constrangido, e termina de entrar no carro, acenando com a mão para se despedir. A porta se fecha e ele começa a se mover, deixando Marinette para trás com seu guarda chuva.

—Ela realmente guardou meu guarda chuva... — ele diz para si mesmo baixinho, admirado com aquilo. O garoto nunca havia pedido o objeto de volta após conseguir o perdão de Marinette, imaginou que após os quase dois anos que tinham se passado desde aquele fim de tarde ela já o teria jogado fora, mas não... 

Um trovão ecoa pelos céus e Adrien abre um leve sorriso de canto da boca, apoiando o cotovelo na porta do veículo e virando seu olhar para a janela, observando o mundo lá fora se movimentando rápido. 

Assim como as batidas de seu coração.

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Adrien entra em seu quarto, fechando a porta em seguida. Arremessa sua bolsa de piscina em um canto qualquer e se joga de costas em sua cama, causando uma certa reclamação de seu Kwami, Plagg, que sai voando de dentro de sua camisa, resmungando para o loiro tomar mais cuidado. O garoto apenas responde um "Tá, tá..." sem nem olhar para a criatura e segue pegando seu celular do bolso, sua mente ainda aérea.

—Acho que vou perguntar para a Marinette se ela chegou bem em casa, o que você acha? — ele pergunta despretensiosamente. Plagg morde um pedaço de seu queijo antes de falar:

—Eu acho que a Marinette é bem grandinha pra conseguir chegar em casa sozinha. Além disso, ela está voltando a pé, se lembra? Ela nem deve ter chegado em casa ainda. — dito isso, um raio ilumina o céu e o estrondo de um trovão se segue.

—Eu sei, eu sei, mas tá chovendo forte e o dia está começando a escurecer... Acho melhor conferir, tô me sentindo meio culpado por não ter dado uma carona pra ela. — O loiro olha para o horário e bufa, colocando uma de suas almofadas em seu rosto. —Argh... dois minutos pra minha aula de chinês.

—Vais ter que se preocupar com sua amiga especial mais tarde. — o Kwami enfatiza a palavra "amiga", usando um tom de deboche que fez parecer com que ele se divertia com aquilo. — o Kwami enfatiza a palavra "amiga", usando um tom de deboche que fez parecer com que ele se divertia com aquilo. —Mas eu nem iria com muita expectativa, porque se eu fosse ela nunca mais falaria com você depois de ter me abandonado debaixo dessa tempestade.

—Cala a boca, Plagg.— Adrien joga a almofada na direção da criatura mágica, que dá uma cambalhota no ar junto de seu queijo, desviando do objeto. —Mas sim, a Mari é especial, tá? Ela é uma das melhores pessoas que eu conheço, sou sortudo dela ser minha amiga. E com sorte não vai ficar chateada, ela sabe que não fiz por mal. — Ele termina de dizer, fazendo Plagg revirar os olhos e resmungar algo como "Pessoas não são cegas, são burras mesmo."

—Vai lá estudar, Adrien. Pra ver se fica mais inteligente. —Dito isso, ele voa até o sofá e se deita para descansar, deixando Adrien sozinho revirando os olhos e se levantando para pegar suas coisas e se encontrar com seu tutor.

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Ao mesmo tempo, no apartamento em cima de uma certa padaria em Paris, Marinette chega em casa encharcada. Ela fecha o guarda-chuva molhado que havia sido emprestado - que depois de todo esse tempo já era considerado dela - e o coloca ao lado da porta, se encostando nela e soltando um longo suspiro, a confusão de sentimentos tomando conta de seu peito.

—Ai, Tikki... Era para eu já ter superado ele! Já estava tudo claro! Adrien deveria ficar com a Kagami, eu estaria lá para apoiar, e ficaria tudo certo.

A pequena Tikki voa para fora da bolsa de Marinette, se acomodando na palma de sua mão.

—Você gosta mesmo dele, Marinette. Um sentimento assim não some só porque você finge que ele não está lá. Além disso, a própria Kagami disse que você combina mais com ele do que ela.

—Mas eu já tentei tanto no passado, Tikki. — ela fala exausta —Não adianta eu continuar me esforçando tanto se ele não sente nada por mim de volta.

Porque depois de todo esse tempo, Marinette já duvidava que poderia haver qualquer coisa a mais do que amizade entre os dois.

—Não sei se ele gosta de você desse jeito, mas tenho certeza que ele está a um passo de gostar. O jeito que ele te olhou hoje na chuva... Muito suspeito, ein. — a avermelhada diz em tom divertido, tentando animar a portadora.

Marinette solta uma risada baixa.

—Até parece. Aquele é o olhar padrão dele. — ela começa a subir as escadas para seu quarto. — Ele é Adrien Agreste, é encantador até com uma barata.

—Pode achar qualquer coisa, mas o que eu vi mais cedo foram faíscas, tenho certeza. — assumindo um tom mais sério, Tikki continua. —Eu sei que você está com medo da mesma história que aconteceu com o Luka se repetir, mas não deixa isso te impedir de viver sua vida. Se a Marinette não vai bem, a Ladybug também não vai. Apesar de eu não ter concordado com isso, agora você tem a Alya pra te ajudar com qualquer coisa que precisar, lembra disso.

Marinette não responde, apenas balança a cabeça sem saber o que pensar. Ela não sabia da parte do loiro, mas com certeza ela pôde sentir as borboletas tomando conta de si quando se olharam nos olhos. Ela ainda estava receosa, mas iria tentar refletir sobre as palavras de Tikki, porque não tinha como negar, Marinette Dupain-Cheng ainda estava longe de abandonar seu amor por Adrien Agreste. Antes de tudo, porém, ele ainda era seu melhor amigo, e não valia a pena correr o risco de perdê-lo. Ela apenas deixaria tudo seguir o fluxo do universo. Se eles forem mesmo feitos um para o outro, o destino vai dar um jeito de fazer acontecer. E então ela pode se preocupar com o resto.

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Olá, gente!

Então a inspiração para escrever esse capítulo veio depois de assistir o episódio do Mr. Pigeon 72, assisti e fiquei com muita vontade de uma continuação, então escrevi uma. 

A principio esse capítulo é/seria uma oneshot (história de um capítulo), porém enquanto escrevia apareceram algumas ideias, e mais vontade de escrever, então estou considerando criar uma fanfic inteira em cima disso. Se tiver alguém lendo até aqui, o que você acha? Deixa um comentário aí para eu poder saber.

Obrigada e tchau, tchau ♡