Pode até parecer bobo, mas desde pequena a minha adorada vovó Maximilia McKinnon, contava sobre o "pão", ou melhor aquele garoto que a partir de um olhar eu saberia institivamente que era ele. Sinceramente eu nunca levei muito a sério essa história, até por que eu tinha apenas 7 anos quando fiquei ciente dessa história e a minha ultima preocupação na época era sobre garotos. Aos 17 eu só poderia considerar a história como sendo uma falácia, até por que para uma garota cheia de hormônios se apaixonar por um cara estava fora de cogitação, eu só queria aproveitar.
Mas agora com 21 anos, enquanto observava o cozinheiro que estava preparando o meu hambúrguer, eu mudei de ideia rapidamente, até poderia contemplar a minha avó por sempre ter razão, pois esse cara na minha frente não poderia ser real.
Quem diria que eu, Marlene Mckinnon no auge dos meus 21 anos, estaria em um food truck babando por um cara que nem uma garota de 14 anos. Bem, antes que vocês comecem a me julgar eu vou deixar claro que esse homem poderia muito bem ser o pão feito e sovado pelas mãos de Deus.
Não sei o que está acontecendo comigo, o moreno tatuado está apenas fritando as batatas fritas do meu pedido e eu aqui, encarando/secando ele, mas não tem como não reparar nele, ele era cabeludo, musculoso, alto e bronzeado, isso com certeza não vai prestar com certeza, Deus está fazendo uma pegadinha comigo.
-Oi, vai querer alguma bebida para acompanhar o pedido? - Eu estava tão distraída com os meus pensamentos que mal reparei que aquele deus grego estava falando comigo.
-S-Sim - Foi a única coisa que saiu da minha boca, eu consegui gaguejar falando sim, patético.
-Suco, água ou refrigerante? - Se eu não estivesse tão chocada com a beleza facial(que era melhor ainda do que seu corpo), eu provavelmente usaria a minha confiança para soltar uma cantada idiota como: "eu só quero você".
-Uma água, por favor - Ele deu um sorriso de lado que fez ele ficar ainda mais bonito, cada traço do rosto dele era perfeito, desde os olhos acinzentados, até o queixo quadrado, todos os seus detalhes refletiam o quanto esse cara ia desgraçar a minha vida.
Durante o tempo em que ele foi buscar a minha água e meu pedido, eu fiquei considerando as possíveis pessoas que poderiam jogar uma praga divina pra mim. Mas infelizmente ou não, meus pensamentos foram interrompidos com o retorno da dita praga divina.
-Volte sempre! - Falou enquanto entregava o meu pedido, seu rosto estava estampado com um sorriso tão fofo que eu acabei travando por alguns segundos. Que diabos de homem é esse?!
Assim que consegui me recuperar, agradecer e parar de passar vergonha, eu pude retornar para o meu carro, partindo em direção a minha casa, durante a viagem eu não parei de pensar nele, mas a surpresa surgiu durante a minha refeição. Após pegar um dos guardanapos eu notei que nele havia algo escrito, durante a leitura do conteúdo escrito no papel, um sorriso se espalhou pelo meu rosto, esse homem seria a minha morte.
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*Pão é uma gíria que significa que tal pessoa é linda, bonita, gostosa, entre outros adjetivos.
