Casamento Forçado

Capítulo 1

De:Helena

Um belo dia se inicia ao despertar dos passarinhos que cantavam livremente nos galhos de árvores ao lado da grande sacada que a propriedade possuía. Sem nem mesmo levantar eu já consigo sentir o cheiro gostoso de bolo de laranja que vinha da cozinha da Margarete. Em meios aos meus pensamentos dramaticamente peculiares consigo sentir a briza da janela entrando por algumas aberturas e o sol invadindo lentamente a extensão do quarto fazendo meus olhos arderam com tal exposição.

Acordar cedo não era umas das minhas tarefas matinais preferidas. Normamente tinha meu momento de mau humor por conta do sono acumulado e dos livros enormes que costumava ler. Me levanto com a cara mais amassada do que meu próprio travesseiro, fico alguns minutos sentada esperando o sono passar e a vontade de viver sobrecair no meu corpo de forma mágica.

Olho no relógio e já passava das oito da manhã, como de habitual estava  atrasada para mais um dia de faculdade. Os sagrados minutos que passava sentada na cama pensando na vida sempre me atrasavam de uma forma inacreditável.

Enquanto corria pelo quarto para preservar o mínimo de dignidade que ainda tinha sou atormentada por pensamentos negativos logo pela manhã. Para deixar uma simples manhã mais tranquila decido tomar um banho de erva doce e pedir para uma das empregadas me ajudar com um chá verde.

Enquanto eu tentava relaxar a Mabel, uma das minhas ajudantes corria de um lado para outro pegando as coisas que precisaria em um dia cheio de faculdade. Raramente metia Mabel em meus problemas pessoais, mas estava tudo um verdadeiro caos. Devido as circunstâncias me apronto mais rápido que o esperado e começo a agilizar as minhas tarefas.

_Calma querida assim você vai acabar se machucando! Correndo desse jeito vai sair descabelada de casa Helena.

_ Mama estou atrasada para faculdade.

_A senhorita Wash, vai dar o desgosto de não saudar educadamente o seu pai Helena ? - Carmen comentou seriamente ao perceber a falta de etiquetas que sua filha apresentava.

_ Bom dia papai. - Falei sem ao menos olhar para seu rosto e focar no desgosto que expressava. Estava tão ocupada procurando o cartão de entrada da faculdade quem nem me importei na insatisfação e indignação dos meus pais.

_Sente-se a mesa filha, estamos tomando um ótimo café da manhã - Mama falou pegando delicadamente uma xícara de café amargo.

_ Eu realmente queria desfrutar de cada fruta dessa mesa, porém estou atrasada para faculdade!

De longe eu via os resultados dos meus privilégios em entar inserida em um dos conjuntos educacionais voltado ao ensino superior aonde só se garante a vaga após fazer uma prova de cem questão mais a redação. Como meu pai era amigo de um dos donos da intuição consegui uma vaga no curso de Moda sem nem ao menos prestar vestibular.

A faculdade era realmente muito elegante, um estilo rústico porém com recursos de alta tecnologia. Conheci algum dos professores da primeira grade e me atentei em conhcer o novo  campus.

O final da tarde já estava para acabar e o começo da noite enaltecer de forma única o céu. Ainda estava na faculdade, neste dia optei por pegar alguns livros na biblioteca e enaltecer meus conhecimentos. Chegando em casa bem mais tarde que o esperado vejo meus pais sentados na sala de entrada da casa, juntamente com um grupo de amigos.

_ Boa noite. - Falei tentando transparecer respeito pelo grupo que conversava acompanhado bom whisky.

_ Boa noite querida. - Mama falou sorrindo e apresentando sua suposta amiga. _ Esse é Jorge, filho do dono da empresa Skin filha.

_ Prazer Jorge. - Falei educadamente com um sorriso de orelha a orelha tentando ser legal com o tal homem.

Jorge apenas me olhou e ignorou minha mão como forma de saudação. Eu obviamente fiquei constrangida com tal falta de respeito. Rapidamnete  coloquei as mãos nos bolsos da calça e tentei mudar de assunto.

_ Filha você vai viajar com o Jorge para conhecê-lo melhor. Ele veio educadamente te convidar para viajar. - Falou tentando transparecer que tudo que dizia era algo simples e nornal.

_Eu não vou Mama, não quero conhecer ninguém - Falei indo em direção às escadas batendo o pé com muita força pois estava desacreditada com tal maluquice. Quando estou no fim da escada, quase chegando no segundo andar escuto uma voz bem familiar.

_Volta Helena. - Diz meu pai com uma voz rouca e forte.

_ Eu realmente não vejo necessidade de viajar com esse sujeito papai.

_Desculpa família Skim, minha filha está se retirando pois está indo fazer as malas como eu estou mandando.

_ Papai eu já tenho dezoito anos! Mereço ser escutada. Não sou mais uma criança e volto a dizer que não irei a essa viagem cujo homem nem educação para me cumprimentar teve.

_Helena por favor vamos subir até seu quarto. - Minha mãe fala tentando me proteger da resposta áspera que meu pai provavelmente iria dar.

Meu quarto estava uma zona, as cobertas estavam espalhadas por toda cama e algumas roupas estavam jogadas pelo chão. Tento ajeitar meu quarto antes que minha mãe começasse a surtar após ver a situação do meu quarto.

_Helena não faça essa situação ficar pior por favor! Arrume esse quarto que está ridiculamente bagunçado e faça suas malas. Não estamos pedindo para fazer a coisa mais difícil da sua vida, eu pedindo para tirar um tempo de descanso.

Fico enfurecida em saber que teria que deixar toda uma vida de lado para cumprir com os caprichos dos meus pais. O sentimentos de importância e injustiça invadia meu peito como uma faca que acaba de partir o meu peito.

_ Está pronta filha ? - Mama diz com um cigarro na mão direita em frente ao meu quarto?

_ Não posso preparar minhas malas sem nem saber qual será o meu destino.

_ Litoral Sul querida.

Fiz uma mala com apenas o essencial, não tinha planos de fazer nenhuma atividade na praia pois não tinha intimidade com o homem que carinhosa apelidei como mal educado.

Aproveitei que a Mama me deixou sozinha no quarto para tomar um banho rápido, a pouco tempo estava na faculdade com muitas pessoas e fazendo várias atividades acadêmicas.  Desço as escadas já pronta para me aventurar de forma rasa e superficial ao lado de Jorge que apenas me encarava com um fisionomia dura e arrogante.

_ Filhão vou deixar o meu motorista levar vocês! Após esses drinques não é bom dirigir. - Falou colocando as mãos sobre o ombro do filho.

Estava tão tristinha que nem me dei o luxo de soltar um simples sorriso ao me despedir dos meus pais. Me prendo em pensamentos duvidosos. Meus pais não eram de me agradar com uma viagem para "descansar" nesse angu sem dúvidas tem caroço.

R.V

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