Capítulo 37

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Eu queria muito fazer força, comecei a chorar , pois meu parto seria Cesária,eu pensava na luz e na minha irresponsabilidade ,eu fiquei tão chateada com o Jorge que acabei me prejudicando minha filha e a minha saúde,comecei a pensar nas palavras dos médicos e isso me desanimou. Me apoiei de forma que ficasse confortável, abri bem as penas e fiz muita força,comecei a lembrar dos livros de parto normal que lia no começo da gestação, controlava minha respiração e fazia força na minha contração.

A luz saiu dentro de mim, eu levei ela diretamente para meu colo ,limpava ela com minhas mãos, minha filha estava gelada,não chorava , não ouvia o coração e nem sentia a respiração estava crente que já estivesse morta e meu corpo só a expulsou. Quando  uma pessoa que não conheço abre a porta para subir nas escadas e me vê naquela situação, a pessoa fecha porta ,porém consigo ouvir seus gritos de socorro
para o João, então ele corre , eu nesse estante me fecho , não queria estar tão exposta a esse ponto ,João me vê,já aciona Jorge para ir me ajudar. Jorge chega rapidamente, arregala os olhos quando vê muito sangue pelo chão , e vê nossa filha em meus braços, a primeira coisa que Jorge faz é pegar minha filha dos meus braços e correr com ela para o hospital e me deixa ali , sentada no chão sem nenhum auxílio, João liga para ambulância e nos ficando ali no aguarde ,sentia minha boca formirgar eu sabia que não estava  bem , só queria saber da vida da minha filha.

Quando chego no hospital , Pedro e sua acompanhante já está me esperando.

- Não, cuidem da minha filha por favor ,o Jorge precisa dela eu gritava ,precisou de vários médicos para me segurar eu só me acalmei quando vi Jorge me olhando , eu tinha certeza que havia perdido minha filha. Eles tentavam me parar porém eu me rebatia,chorava . Qusndo observei um dos médicos indo falar com Jorge.

- Ela não está bem, tá com uma hemorragia , a placenta está lá dentro ainda , a pressão está altíssima, ela está nervosa , ela está tensa tira essa cara e vai falar com a sua mulher_ falou o médico sério com Jorge.

- Calma Helena _ Falou sério e frio. 

Eu olhei no fundo dos olhos dele e falei.

- Eu espero muito que eu morra,você não sabe como ficarei feliz, falei entre choros.

- Você não pode morrer Helena ,porque você te uma filha pra criar _ Fala se emocionando também.

- Eu peguei ela no colo Jorge ela já estava morta _ Falei dando meus últimos suspiros antes de apagar.

Jorge

As cenas foram forte , entubaram ela, encheram ela de fio , furavam ela para fazer acessos , eu não aguentei ver aquele sofrimento todo , eu estava angustiado com aquela cena toda.

Helena já estava a um mês no hospital, nosso filha também estava entubada ,Luz era tão pequena,tão magrinha , mas era tão lindo ver o quanto lutava para viver. Minha esposa, estava bem mais magra também, por estar comendo por sonda,todos estavam  reunidos, nossa família teve uma mudança dramática,- meus pais , amigos , os pais dela todos , sempre vinham visitar minha mulher e meu filho.

_ Olá, então Jorge ,o que eu mais temia ,falência dos órgão, e para piorar ela pegou uma bactéria no hospital , que atingiu o cérebro, grandes chances de sequela. Eu não queria vir te dar essa notícia,iremos esperar mais três dias ,após passar esses dias iremos entra com uma nova providência.

_ Que providência?desligar os aparelhos ?- Falou chorando.

_O melhor pra ela eu prometo que irei fazer.

Eu me senti um inútil por ter deixado ela sozinha,naquele corredor eu estava com muita raiva dela ,mas agora estava com reforço não iria aguentar se ela morresse,me sinto mal por não ter ficado com ela ,e por não colocar meus sentimentos para trás. Ela estava indo eu sentia que estava sofrendo mas eu sou egoísta , queria ela é minha filha.

_ E a minha filha?

_Esta melhor ,iremos desentubar !

Helena tinha tirado alguns dos aparelhos , graças a Deus os remédio fizeram efeito então estava conseguindo respirar sozinha , ela estava em cima, não sabíamos quando ela iria acordar ,porém sabíamos que ela poderia ouvir a gente então sempre conversava com ela , arrumava seus cabelos e a beijava muito.

Dias se passaram.

Luz recebeu alta do hospital , ir para casa sem a minha mulher foi a pior coisa que me aconteceu,eu sempre imaginei esse momento na minha cabeça, nos meus pensamentos  só passava os termos como " Eu espero muito que eu morra,você não sabe como ficarei feliz" ,só de me lembrar já me arrepiei  só pela hipótese de não ter ela comigo. Era um caos ,não conseguia nem olhar na cara de luz , minha mãe e a mãe de Helena estava cuidando dela para que eu pudesse  ficar no hospital. Eu sempre quis ser pai ,mas nunca pensei na hipótese de ter um e perder outro.

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