Conversa

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Os dias passavam normalmente, eu estava cada vez mais próximo da Alina, talvez uma só amizade ali não me fizesse mal. Seriam longos quatro anos e ter alguém que pudesse me entender e me apoiar poderia ser bom. Eu estava certo de que, se algo começasse a me corromper eu deveria me afastar.

Nossas provas estavam próximas. Eu me sentia confiante sobre meus conhecimentos, Alina nem tanto. Ela precisava de ajuda em alguns conteúdos e eu poderia ajuda-la. Nós marcamos um dia para eu lhe ensinar em casa.

Quando cheguei lá, percebi uma residência agradável. Ela estava sozinha, até então nunca tínhamos conversado sobre nossos pais. Apesar de parecer bem curioso, perguntei a ela.

- Você já mora sozinha?

Alina: as vezes parece que sim, mas na verdade não. Meus pais possuem uma empresa, eles estão sempre atarefados por lá.

- Ah sim, te entendo.

Eu não entendia, assim que fechei a boca, me perguntei por que havia falado isso. O que eu temia naquele segundo aconteceu.

Alina: Como assim entende? Seus pais também possuem um negócio?

Eu definitivamente não gostava de falar sobre isso, e não queria contar a ela o que havia acontecido.

- Ah, é. Sim. Eles possuem algo.

Minha voz provavelmente saiu tremula, e eu falei aqui sem confiança nenhuma. Só queria sair daquele assunto o quanto antes.

- Mas enfim, há muito assunto, não podemos nos atrasar com conversa fiada, certo?

Aquilo foi péssimo.

Os dois ladosOnde histórias criam vida. Descubra agora