~ ทσ rєαsσทs - ทσмiท

Só mais um dia normal.
Todos conversam e riem de coisas aleatórias. Todos menos Jaemin.

Ele está trancado no banheiro como faz em todos os intervalos até que as aulas comecem. Está a chorar novamente e tenta afagar esse choro cada vez que alguém entra.

A campainha tocou, só lhe resta sair do banheiro e limpar as lágrimas dos olhos que agora estão inchados. 

No corredor todas as pessoas olham. Isso faz o pequeno sentir- se desconfortável, mas ele nem ousa falar com os outros. E os "outros" nem querem fazer- lhe mal, pelo menos os que o olham com pena. 

Aqueles que o olham com maldade, são esses que o deixam desconfortável.

Mas ele nem ousa falar com os outros.

      - Jaemin?

      - Sim professora?!

      - Pode ir resolver esse exercício?

E a velha senhora sorriu. Um sorriso tão sincero e bondoso como o que tinha a sua mãe. E ele sorriu ao lembrar- se da estrela mais brilhante do seu céu.

 É o habitual, e Jaemin já nem liga para os restantes. Estão zuando ele de novo por ser inteligente demais ao contrário dos outros.

 Ele sente- se envergonhado, mas a velha senhora sorri, e tudo fica bem por um tempo.

A aula acaba e o pequeno vai para o banheiro de novo, ou tenta ir. É impedido pelos garotos populares, aqueles que querem fazer- lhe mal, esses mesmos que agora estão tentando roubar o dinheiro para o almoço que o pequeno trazia consigo. 

       - Já chega! - Jeno, um dos garotos populares, apareceu e todos os outros deixaram de agarrar Jaemin. E ele correu para o banheiro.

 Estava chorando. Desta vez com um motivo, desta vez com um motivo que nada tinha haver com os motivos de mais tarde.

       - Jaemin? 

       - Quem é você? Porque me ajudou?

Jeno riu. Mas não um rir de pena, não um rir de quem lhe quer mal.
Jeno riu com sinceridade, com uma sinceridade tão doce como a da sua mãe, como a da velha senhora que tanto lhe lembra a sua estrela.

  E se sentou ao lado do pequeno naquele canto frio, sempre o mesmo canto que já sabia de cor as lágrimas dele.

        - Me chamo Jeno. - e lhe estendeu a mão, não sendo correspondido. - Eu tenho te observado sabe... O que eles lhe fazem é mau demais. Eu tive que te ajudar.

        - Ob... obrigado. - Jaemin sorriu. Desde que os seus pais partiram nunca o houvera feito sem ser para a sua professora. - Jeno, porque me ajudou?

        - Porque não gosto de ver as pessoas que amo tristes... - Jeno limpou as lágrimas dele com a ponta dos seus dedos gélidos. - Eu te amo sabia? Apenas não tinha coragem de o dizer.

        - Mas você nem me conhece... Como pode dizer que me ama?

        - Porque não existe motivo para amar, porque não é preciso um motivo para o meu coração ter- te escolhido.
 O único motivo de eu dizer que te amo é que o coração não escolhe quem ama. Acontece que eu escolhi te amar...
 Por isso Jaemin, nunca ninguém vai lhe fazer mal enquanto eu te amar.

E foi nesse preciso momento, ao sentir os lábios de Jeno tocar na sua bochecha, Na Jaemin entendeu que ele não era mais um igual aos outros...

Espero que tenham gostado 😊♥