Jungkook necessitava confessar ao padre seus pecados para ter absolvição... O que ele não esperava era encontrar mais um pecado que queria - ou precisava - cometer.
A história se passa no século XVIII.
Na mídia tem um teaser da história para quem quiser ver, além dessa fanart maravilinda que eu quase morri quando achei ❤
Prestem atenção nos anos, ok?❤
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Orfanato da senhorita Greandy, 1745
As camas lotadas de crianças rangiam ao menor movimento. O chão, sujo e preguento, servia de leito para os maiores. A mulher grande entrou, um cesto nas mãos com um pequeno bebê gritante.
— Saiam da frente, seus imprestáveis! — Falou a alguns pequenos que dividiam um espaço mínimo. As crianças, já desconfortáveis, abriram um lugar, onde foi jogado o pequeno bebê recém nascido. O pequeno mal se mexia, por ser filho de uma mulher tão desnutrida quanto ele mesmo.
— Não quero ele dormindo comigo — Disse um rapaz loiro.
— Nem eu, tira ele daqui — Uma pequena ruiva falou, encolhendo as pernas para poder se deitar.
O loiro fez uma cara feia e pegou o bebê pelo braço, o fazendo chorar. Iria o jogar longe, não fosse um menino, por volta dos dez anos, segurando seu braço.
— Não devemos tratar nenhuma pessoa dessa forma. Ele sente dor, assim como você — Disse e tomou o bebê delicadamente, o acalentando.
— Não dê uma de santo para cima da gente, Taehyung. Sabemos que não é perfeito — O loiro falou, voltando para seu lugar na cama dura.
— Jamais falei que fosse — Respondeu, balançando os braços para que o bebê dormisse.
— Se é tão bom, o deixe dormir com você no chão. Com a gente ele não fica.
O menino moreno apenas assentiu e levou o pequeno em seus braços até seu canto. Mexendo apenas os lábios e deixando um fio de voz escapar, fez uma prece.
No outro dia, a senhorita Greandy o puxou pelo pescoço até a porta e o trocou por algumas moedas. Olhou para cima e viu o rosto velho, doce e amigável que lhe ensinaria tudo sobre Deus, pecado, demônios, perdão e amor.
O pequeno acabara de ser tirado do inferno para residir com os anjos.
Igreja Católica Ortodoxa Central, 1763
— Me perdoe, padre, pois eu pequei.
— Conte sua angústia, filho.
— Eu desejei alguém... — O rapaz moreno que Taehyung via de forma embaçada estava inquieto. Não era um depravado, sempre fora um bom menino, apesar de violento. Mas como não seria, sendo criado por uma mulher louca e pessoas o tentando matar constantemente? O único carinho que se lembrava era de alguém que ao menos conhecia a face, apenas a sensação lhe era recordada.
