Destiny - Temporada 2

Capítulo 50

Não é nada fácil apaixonar-se por si mesmo. É algo que precisa ser moldado com o tempo, e o mais importante é não desistir. Nos sentimos inferiores e achamos que não somos suficientes, ou que alguém precisa gostar de nós para que gostemos também. Mas a verdade é que se não nos amarmos, ninguém irá.

(Taeha ON)

Despertei naquele dia com uma animação que eu não sabia de onde vinha, ou até soubesse. Estava pensando naquela torta de cereja que gritava pelo meu nome. Me levantei, indo em direção ao banheiro. Me despi e entrei embaixo do chuveiro. Permiti que a água caísse sobre todo o meu corpo. Lavei meu cabelo e esfoliei a minha pele, estava realmente inspirada. Coloquei o roupão e pendurei meu cabelo em uma toalha, para tirar o excesso de água. Saí e fui buscar o secador para secá-lo. Escovei os dentes e fui escolher uma roupa para ir até a cafeteria, encontrar S/N e Tae. Quando estava pronta, abri a porta para sair e à tranquei. Levantei o tapete, como de costume, para ver se havia algum bilhete do meu admirador secreto. Eu amava isso, amava acordar com um bilhete, mas o fato de ele não se revelar, já estava me incomodando. Ja havia um tempo que eu estava recebendo seus bilhetes. Peguei o pedaço de papel em minhas mãos e o abri.

"Você estava linda ontem com aquele vestido vermelho, parecia uma miragem. Sim, eu estava lá. Tenha um ótimo dia e sorria bastante, eu amo o seu sorriso"

Sorri ao ler aquilo. Andei até a cafeteria e adentrei o lugar. Avistei Tae e S/N numa mesa ao canto e fui até a mesma. Nos cumprimentamos e uma garçonete veio nos atender.

Garçonete - bom dia. O que vão pedir? - disse, com um sorriso no rosto. Tae e S/N fizeram seus pedidos e me apressei para fazer o meu.

Taeha - Eu vou querer um pedaço da torta de cereja e um cappuccino.

Garçonete - como? - ela disse, confusa - não temos torta de cereja, desculpe.

Taeha - poxa, logo hoje que eu estava louca pra comer. Tem um tempo que não venho aqui - fiz careta.

Garçonete - a senhora não entendeu. Nunca tivemos esse sabor de torta aqui na cafeteria. Mas posso colocar nas sugestões, se quiser - ela sorriu simpática.

Meu expressão era, claramente, de confusão. Há umas semanas atrás eu havia comido a melhor torta de cereja da minha vida. Como assim não havia esse sabor de torta?

Taeha - mas... O garçom Marcos está?

Garçonete - ele está de folga hoje.

Taeha - tudo bem... então vou querer só o cappuccino, por favor.

Garçonete - tudo bem! - ela sorriu e se afastou.

S/N - como assim? - ela me olhou com a mesma expressão que a minha.

Saímos da cafeteria assim que acabamos. Voltei para casa pensativa e irritada. Eu levantei pensando justamente nessa bendita torta e não consegui comê-la. Ao adentrar o meu quarto, decidi que mandaria um recadinho para o meu admirador, aproveitando minha irritação. Peguei papel e caneta e comecei a escrever.

"Hoje eu fui até a cafeteria pensando em uma torta maravilhosa que eu havia comido à semanas e descobri que nunca houve esse sabor de torta, enfim, não consegui comê-la e estou irritada. Então, por favor, não me diga um "não", se não eu vou explodir. Preciso saber quem você é. Eu adoro seus bilhetes e eles arrancam um sorriso meu à cada dia. E eu acho que já está na hora de nos conhecermos. Você quer sair comigo?"

Dobrei o papel e escrevi "para o meu admirador secreto" e coloquei no mesmo lugar em que ele costumava colocar os bilhetes.

(Quebra de tempo)

Despertei e logo uma euforia me invadiu. Dei um pulo e fui até à porta do quarto, abrindo-a. Levantei o tapete e não haviam bilhetes. Nem dele e nem o meu. Um aperto me bateu, será que ele havia me achado muito atirada? Será que eu tinha estragado tudo? Por que eu sempre pensava o pior de tudo? Respirei fundo e fui me arrumar para ir à aula.

Não consegui parar de pensar naquilo tudo. Eu estava gostando de uma pessoa que eu nem sequer sabia quem era. E se fosse um maluco? E se ele não fosse nada do que estava dizendo ser? Eu precisava meter a calma, para não surtar. Na hora do almoço, corri até S/N para desabafar. Contei da torta, contei do meu bilhete e da ausência de bilhetes naquele manhã.

S/N - não se preocupe. Ele vai entrar em contato de novo, amiga. E se não entrar, encare como um livramento.

É... ela estava certa. Não iria ficar me martirizado por isso.

Ao final das aulas, voltei para o meu quarto e me joguei sobre a cama. 5 minutos depois, escutei batidas na porta.

Taeha - será que S/N perdeu a chave? - disse para mim mesma - já vai! - gritei.

Ao abrir a porta, me deparei com uma caixa preta e um bilhete.

"Eu já tive vontade de te convidar para sair várias vezes, mas sempre congelo. Obrigado por essa iniciativa. E você está certa, chega de me esconder. Mas eu preciso resolver umas coisas amanhã, podemos sair depois de amanhã? Desculpa te fazer esperar tanto. Espero que goste do colar, ele me lembrou você, assim que o vi. Tenha uma ótima noite"

Quando abri aquela caixa, havia um colar. Me apaixonei assim que o vi. Corri para dentro e fui até o espelho. Coloquei o colar e fiquei admirando-o.

Taeha - talvez meu admirador não seja uma pessoa ruim...