alternative

cool boys

O sentimento que ele sempre sentia era a adrenalina.

Sentado no capô do seu Mustang, Lana Del Rey tocava baixinho no rádio, estava ele abraçado comigo observando as estrelas no topo de uma montanha depois de uma série de aventuras ao longo da noite.

Começamos bem a noite, fomos no mercadinho e compramos algumas bebidas e ele comprou seu tão amado cigarro de menta. Fomos para a sua casa e sentamos na calçada, peguei uma garrafa de líquido azul para beber, enquanto ele acendia seu cigarro.

Colocamos cigarretes after sex para tocar, conversamos sobre as coisas que andavam acontecendo até que ele se lembrou de uma festa que estava rolando na casa de um conhecido. Nos levantamos, pegamos as bebidas e fomos até o carro e ele abaixou o teto do seu antigo mustang, o vento batia em nossos rostos, víamos as luzes dos comércios e algumas pessoas perambulando pelas ruas. Na rádio tocava fluorescent adolescent do arctic monkeys, ele cantarolava uma parte ou outra, seu inglês era tão bom afinal vivera bons anos no exterior.

O caminho até a festa foi rápido, quando estávamos chegando perto conseguimos ouvir best friend do Rex Orange County no último volume. Era uma casa bonita, ela estava decorada com pisca-pisca e luzes de led, a sala foi transformada numa pista de dança e a cozinha em um bar.

Ele havia ido falar com o dono da festa, enquanto eu fui até a cozinha pegar uma bebida. Quando voltei fui até a pista de dança e comecei a dançar, estava tocando Happy Pills do Wheathers, ele começou a me olhar da onde estava conversando ainda com o garoto.

Chegou um cara por trás de mim, colocando as mão na minha cintura e sussurrando no meu ouvido qual era seu nome e que havia me achado bonito. Senti pena dele, afinal quando ele visse aquilo, iria bater no cara até ele desmaiar. Dito e feito, ele veio até nós, puxou o cara pelo ombro e começou a bater nele.

Formou uma roda em volta da gente e vieram uns 3 caras tirarem ele de cima do pobre coitado, pareciam serem amigos dele. Ele se levantou e pegou na minha mão, contamos até 3 e saímos correndo até o carro. Começamos a rir feito loucos enquanto ele dirigia para a montanha, na rádio tocava dejate llevar da The Marías.

Foi dessa forma que começamos a nossa noite de sexta feira, agora estamos indo embora para casa, iremos acabar com os vinhos que os pais dele têm guardados enquanto ouvimos um bom indie.

Nas veias de Mark corre adrenalina e nas veias de Donghyuck, vulgo eu, corre o meu amor por esse irresponsável.