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E tudo aquilo que construí parece agora ter sido em vão.
O suor e as lágrimas, provindas do que trabalhei, lavavam a mente frustrada e a preparavam para mais um dia. Aqueles dias mais alegres que pareciam a recompensa dada à dor que pesava, quase afundava, pelo percurso...

As minhas esperanças voavam para longe como um papagaio que se soltara da mão de um menino debilitado cujo brinquedo era a sua única fonte de algo parecido com a felicidade. As minhas conquistas pesavam tanto quanto um grão de areia, igual a múltiplos outros perdidos nas profundezas do mar salgado.

A escuridão da minha mente continua a alargar-se, engolindo tudo ao seu alcance.

Tudo aquilo que construí e pensava ter estabelecido, um castelo grandioso, não passava afinal de um papelão aparado por duas cavacas finas, onde pintei a ilusão de um majestoso palácio.

Alguém soprou esse mesmo papelão, e derrubou tudo o que fui, era e seria. Com um simples suspiro, uma mera brisa.




Pequenas histórias sem sentidoOnde histórias criam vida. Descubra agora