Ethernia A origem da magia

O fim também é um começo

O começo, ou seria recomeço?

Em um vilarejo dentre as montanhas há um jovem debruçado sobre sua janela admirando o sol que está quase se pondo, seus raios dão uma aura dourada ao planeta vizinho que de cima da montanha parece tão perto.
   Conforme  a luz se esvai, tons de rosa e laranja  pintam o céu  e logo  tocam o rio que corre  logo abaixo da montanha formando uma paisagem digna de aplausos. Mas logo sua concentração é quebrada e sua atenção se volta para a porta de seu quarto na qual  sua mãe está batendo.

    -Peyton, a comida tá pronta, desce logo ou vai esfriar. Ele desce da cama que estava usando para se debruçar e abre a porta.

Ao abri-la, pode ver sua mãe, uma senhora de olhos castanhos que se igualam  ao âmbar mais brilhante, um longo cabelo  cacheado e castanho com algumas mechas brancas confirmando sua idade, com menos de 1,60 de altura, ela  veste um avental branco com algumas manchas.

    -O que vai ter pro jantar hoje?

    -Eu fiz carne ensopada, arroz  e batatas fresquinhas que sua irmã colheu hoje.

     -Hã? carne ensopada? "Eu adoro carne ensopada", num piscar de olhos Peyton  desce as escadas em direção à sala de jantar e pouco depois sua mãe o segue.

Quando chegou, a mesa de jantar estava sendo posta por sua irmã Nora que ao ouvir o barulho das escadas parou o que estava fazendo.

    -Peyton, quantas vezes eu já disse pra você não descer as escadas correndo?, eu já perdi a conta das vezes que você saiu rolando escada abaixo, mas como vaso ruim não quebra você nunca se machuca.

    -Haha, me desculpa, é que quando a mãe disse o que era a janta meu corpo agiu sozinho, pensa pelo lado bom, dessa vez eu não cai. disse Peyton com um sorriso e mãos relaxadas atrás da cabeça.

A jovem solta um suspiro e logo sua mãe se junta a eles.

Com a mesa posta , Peyton enche seu prato mais do que uma pessoa normal e começa a devorá-lo, entretanto por mais rápido que ele pareça comer ele mastiga pelo menos 20 vezes a comida antes de engolir pois desde que pode mastigar sua mãe dizia que ele iria crescer e ficar mais forte que todo mundo se mastigasse bem a comida, desde então ele leva isso muito a sério.
Mas sejamos sinceros, um jovem, na véspera do seu aniversário de 16 anos, sobe e desce os 10 quilômetros da montanha onde vive, correndo mais de 5 vezes por dia com todos os tipos de coisas de coisas em suas costas, escalar várias partes da montanha para explorar cavernas e ter 1,80 de altura, é de se esperar que acredite completamente no ensinamento de sua mãe.

    -Então vocês vão mesmo na expedição do topo da montanha amanhã?, perguntou Reina, a mãe dos jovens.

    -Sim, responderam em sincronia.

    -Vocês sabem que eu não concordo com a ida de vocês e eu tenho um bom motivo para isso.

    -Nós sabemos, mas queremos mais que tudo encontrar o nosso pai e por isso vamos na expedição, não há com o que se preocupar, mãe, Peyton e eu sabemos nos cuidar e além disso a líder da expedição é a Clair.

    -Eu sei, mas o cume da montanha é traiçoeiro e quase ninguém volta vivo de lá e os que voltam contam histórias de criaturas e luzes que só são vistas lá em cima e dias depois desaparecem também.