Capítulo 7

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Song Ma Rin

Estava tentando pela terceira vez ler o roteiro sobre a propaganda do Lámen, eu já havia lido o primeiro parágrafo vezes demais e não conseguia assimilar nada. Suspirei frustrada e girei minha cadeira encarando os prédios de Seul e as pessoas caminhando lá em baixo, apressadas.

Tudo o que me vinha em mente era o Oppa, e o nosso quase beijo ontem; passei a língua nos lábios para umedece-los, sempre que pensava em nosso quase beijo minha boca ficava seca de sede, como se eu estivesse caminhando a muito tempo no deserto e finalmente me visse diante de um copo com água fresca.

Pensando com mais clareza no dia de hoje, soube que foi o certo a fazer, não nos beijarmos. Ainda haviam tantas pendencias entre nós, perguntas não feitas e respostas não dadas. Estaria Mahina com razão? Eu deveria perguntar diretamente a ele seus motivos de aceitar o dinheiro do meu pai?

— Deus o que eu estou fazendo? — Murmurei.

— Senhorita Song? — Assustada me virei e encarei o secretário Jang. — Desculpe assusta-la, trouxe alguns papéis para que a senhorita assine.

— Meu deus Jang, dá próxima vez entre fazendo barulho. — Falei colocando a mão sobre o peito.

— Me desculpe, farei isso. — Ele me entregou os papeis com o contrato dos garotos propaganda para a propaganda de Lámen, todos questionaram minha escolha, os garotos dos Five boys estavam perdendo a popularidade devido ao namoro do líder com uma estrela Hallyu, mas eu não me importava, gostava dos garotos e era nesse momento que eles deveria receber mais apoio.

Houveram até rumores de que a produtora deles iria acabar o contrato com o líder por ele namorar. Eu nunca entenderia essa lógica, ele era um homem, havia se apaixonado e teria de abrir mão do amor ou do grupo. As fãs maníacas me assustavam.

— Eu acho que a senhorita está cometendo um erro. — Disse o secretário Jang.

— Já disse que gosto dos garotos e vou apoiá-los, alguém precisa fazer isso. — Repeti pela milionésima vez sem levantar o olhar, continuava assinando os muitos papéis.

— Não estou falando deles. — Replicou ele. — Estou falando do Choi Seung Hyun. — Minha mão parou automaticamente de assinar os papéis e encarei o secretário.

— Como é? — Achei que estava ouvindo coisas, afinal mesmo o oppa não vindo trabalhar hoje conforme ordenei, o nome dele não saia da minha cabeça.

— Não pude deixar de ouvir o que a senhorita murmurou quando entrei. Estava se perguntando o que está fazendo, bem, acho que está cometendo um erro.

— Posso saber por qual motivo está dizendo isso? — O secretário Jang foi ousado, mas estava a tempo demais comigo, então podia ter certas liberdades que eu não daria a nenhum outro. E qualquer conselho referente a Seung Hyun seria bem-vindo.

— As primeiras impressões que tive de Choi Seung Hyun são que ele é um homem responsável, honesto e esforçado. Acredito que houve um motivo de força maior que o fez aceitar o dinheiro do senhor Song.

— Eu estou começando a pensar da mesma forma que você. — Falei. — Agora que a raiva cega se foi, estou me questionando, apesar de ainda sentir muita raiva dele. — Eu não era uma santa e nunca fui perfeita, a capacidade de perdoar algo assim ainda estava longe.

— Acho que a vingança nunca é o caminho. O primeiro passo para curar sua mágoa é conversando com Seung Hyun. — Disse o Secretário. — Vingança só trará dor para ambos os lados.

Sob a sombra da cerejeira - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora