Entrevista do Gerard Way sobre o fim do MCR para a Revista Kerrang!

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Por favor não repostem sem os créditos.

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A entrevista de Gerard Way dessa edição semanal da Kerrang!

Como sempre, peço desculpas por qualquer erro de digitação ou de ortografia. Eu faço isso tudo por mim e espero que seja pelo menos legível o suficiente para todos.

Se você queria saber aonde Gerard Way estava hospedado em sua recente viagem ao Reino Unido, bastava apenas manter os olhos fora dos punk rock, crianças. Longe dos cabelos neon, All Star perfurados, Misfits e tatuagens. Eles estão por toda parte e hoje, debruçados pelos becos de Soho para fora de Dean Street, que está entorno do luxuoso Hotel Soho, como um castelo.

"Se você ver Gerard, poderia perguntar se ele pode assinar meu braço, por favor?", diz a garota de cabelos azuis.

"Quero me tatuar hoje",  fala o de cabelos verdes.

"Acho que perdi meu emprego", comenta a de cabelos azuis. "Ouvi que Gerard estava na cidade e simplesmente saí de lá".

"Mas vale totalmente à pena", acrescenta o de cabelos verdes, rindo.

É bom ouvir a risada de um fã do My Chemical Romance. Por um momento, não havia risos. Não havia nada.

22 de março de 2013. O dia em que My Chemical Romance apertou o botão de "pare". O dia em que a banda de rock mais importante da década passada chamou de apenas mais um dia. O dia em que o arco-íris do rock perdeu uma cor. Talvez duas, três. Um dos dias mais lixos que já existiram.

"Eu estava na cama", relembra Dan Rei. "Contei a notícia para a minha namorada como se alguém da minha família tivesse falecido".

"Eu comecei a hiperventilar e quase caí da escada", conta Dajah Brown.

"A ficha não caiu até dois dias depois, quando comecei a chorar no meio da cidade" diz Aisling O'Connor. "Então pensei: My Chemical Romance gostaria que eu fizesse um luto criativo. Comprei uma jaqueta preta e a pintei de modo que lembrasse o Black Parade. Mas na verdade, não se parecia com porcaria nenhuma..."

E entre as lágrimas, também havia a raiva.

"Me senti dormente", admite Mel Brehaut. "Então fiquei com raiva. Essa mensagem no site (anúncio do fim) estava fria. Doeu".

"Fiquei chocado", diz Andrew Worboys. "Então me senti traído."

"Eu me senti chateado, eles fizeram isso de uma maneira com tão má qualidade", lembra Heggie Speller. "Foi desrespeitoso." 

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A visita de Gerard Way para o Reino Unido é um grande negócio, não só para ele, mas para todos que investiram em My Chemical Romance. É a primeira vez que Gerard vai contar o seu lado da história, não em seus próprios termos – exclusivamente para a Kerrang, podemos nos gabar -, não sentado em frente à um computador com um blog ou seu Twitter aberto.

É a primeira vez que ele vai ouvir o feedback, mas por suas composições solo de Action Cat, que foi lançado digitalmente nesse dia em que falamos. E é a promoção de seu álbum solo que ele tem criado junto a sua gravadora: Warner Bros. Vamos leva-lo para nossa reunião, no Relentless Kerrang Awards, 24 horas após essa entrevista, aonde pela primeira vez, ele pessoalmente vai saudar as pessoas cujos corações ele quebrou.

"Quero te dar uma escolha", falo para Gerard assim que ele se senta de forma confortável no sofá. "Eu quero te perguntar sobre o passado, mas também, sobre o futuro... Você pode escolher de qual falamos primeiro".

"Bom, vamos começar pelo passado", Gerard responde, sorrindo, logo mudando sua posição no sofá. Ele se inclina para frente, pegando alguns biscoitos e bebendo seu espumoso café.

Gerard Way e o fim de My Chemical Romance Onde histórias criam vida. Descubra agora