- Podemos sair daqui se você não gostou, Alec.
- Não! – Alec se apressou em dizer – Aqui está ótimo.
Seus olhos percorreram o recinto.
Eles tinham acabado de chegar em um bar de submundanos ao qual Alec nunca estivera. O ambiente era longo, e um pouco estreito, com paredes feitas de tijolos vermelhos. O estofado negro dos assentos combinava harmonicamente com as mesas de carvalho, dando ao lugar um ar de requinte e modernidade.
- Vamos pedir umas bebidas – Disse Magnus.
Os dois andaram até o balcão de aço escovado à esquerda da entrada e logo estavam com seus drinques em mãos.
- Saúde – Disse Magnus, levantando seu Martini, seguido de Alec com sua caneca de chopp.
- A nós.
- E a um momento de paz em meio ao caos – Seus copos se tocaram uma vez, antes de os levarem a boca.
Enquanto entornava o liquido amarelo, os olhos de Alec fitavam Magnus com muito interesse e um calor crescente, ao que ele viu quando o feiticeiro quase se engasgou com a bebida.
- Aquele ali é... – disse Magnus, se limpando com um guardanapo – Não pode ser.
Alec se virou para ver de quem ele falava, e por mais que o bar estivesse relativamente cheio, com algumas pessoas dançando a uns metros dali, não foi preciso que alguém lhe apontasse uma direção. Era nítido de quem Magnus estava falando.
- Uau – foi tudo que Alec conseguiu dizer.
O homem de quem Magnus falara estava dançando completamente envolvido pela música, de forma quase hipnotizante. Seus músculos fortes e rígidos pareciam emitir brilho próprio em tom prateado e Alec percebeu que, assim como os outros ao redor, ele o estava encarando de boca aberta, quase deixando a baba escorrer.
- Será mesmo? – Magnus ainda parecia surpreso com a visão – Sábato?
Por mais barulhento que estivesse o local, e por mais distante que os dois estivessem do tal sujeito, só o leve sussurro de um nome, fez com que ele se virasse para trás tão repentinamente, que parecia que Magnus o tinha gritado em um megafone.
Alec pode ver bem o sorriso que se abriu na boca daquele homem, quando seu olhar cruzou com o de Magnus. Ele atravessou os metros que os separavam, abrindo seus enormes braços musculosos e envolvendo Magnus em um abraço de urso.
- Magnus! Quanto tempo!
- Eu que o diga! – Eles separaram o abraço – Acho que foi desde...
- A queda do muro de Berlim?
- Não, acho que teve uma festa minha depois disso em que você apareceu.
- Verdade! Aquela com o carrossel de unicórnios!
Os dois caíram na gargalhada.
- Pensando bem, é melhor esquecer essa festa – Magnus ainda ria – Por falar nisso, você nunca mais foi a uma de minhas reuniões.
- Considerando que nas últimas décadas você as tem feito nas quartas feiras – O enorme homem cerrou os olhos para Magnus como se o censurasse, mas seus lábios contraídos em um sorriso demonstravam o tom de brincadeira.
- Eu esperava que você conseguisse escapar um dia desses. Sei que pode. Afinal a queda do muro de Berlim foi em uma quarta feira.
- Na verdade foi na quinta, e você sabe quão difícil é eu sair em um dia desses.
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O Deus da Festa (Malec)
FanfictionEra para ser só Magnus e Alec bebendo no bar de submundanos e aproveitando a companhia um do outro, mas o alto feiticeiro do Brooklyn sempre esbarra com um "conhecido" nas noites de Nova York. Mais difícil do que lidar com o ciúmes de um dos ex nam...