Outra versão de você.

prólogo.

1564 D.C
Vila de Cansterville.

                      Memória.

DILAN ABRIU A PEQUENA bolsa de pano e retirou 3 moedas de ouro que adquirira no trabalho, elas eram pesadas e brilhantes e valiam 3 semanas de trabalho gastos, pensou na mãe, e em como ela ficaria enfurecida se soubesse que ele estaria gastando todo esse dinheiro em uma simples harpa, mas valia a pena, sempre gostou de música, e não perderia a chance de comprar já que o mercador vem a vila uma vez no ano.

"Custa três moedas de ouro não é mesmo?" Ele observava o olhar do mercador que não retirava os olhos das moedas como se fossem uma mina de ouro.

"Sim, er, sim, Pode me passar o dinheiro que já vou pegar sua harpinha."

O mercador abre um sorriso amarelo e estende a mão como um mendigo quando pede doação, os olhos dele brilhavam.

Dilan acompanha ele até chegar ao depósito onde observava milhares de instrumentos diferentes cujo nunca viu na vida, talvez um dia pudesse possuir e quem sabe tocar um desses instrumentos.

"Obrigada Davi, seu nome é Davi não é? " ele sorri e entrega a harpa com satisfação.

"Meu nome é Dilan, e obrigado por esse negócio."

Dilan estende a mão a ele só que o sujeito já tem virado as costas e saio correndo em direção ao barraco e o garoto percebe que a fome por ganância é maior que a ética para algumas pessoas, ele ri do próprio pensamento e se senta em um banquinho enquanto recupera o ânimo de sair dali.

Depois que o mercador saiu misteriosamente Dilan continuou observando os lugares próximos ao mercado e decidiu ir até uma adivinha, ainda lhe restava uma moeda de ouro e sempre tivera curiosidade para saber seu futuro, já que em 15 dias completaria 18 anos.

A caminho do barraco de magia Dilan viu algumas coisas estranhas mas ignorou completamente, jurara ter visto um ser minúsculo fantasmagórico passando pelo seu lado, mas quando olhou era apenas um cachorrinho ingênuo.

A barraca era totalmente chamativa e tinha diversas estrelas e constelações pintadas nela, e isso era algo que Dilan amava, Dilan amava as estrelas.

Ele chegou perto para observar a pintura e enquanto passava a mão na lona nem percebeu que a adivinha estava ao seu lado observando ele.

"Posso ajudar meu jovem? Que tal saber seu futuro, ou então entender seu passado?"

Dilan sorri e estende a mão educadamente cujo recebe um aperto acalorado e apertado da mulher.

"Sim, pode me ajudar sim."

Ela retira as lonas e então Dilan entra e observa cada pedacinho daquele pequeno quarto, repleto de potes com cores extravagantes, aranhas e morcegos, ele abre a boca para perguntar se são de verdade, mas desiste e se senta em duas almofadas enormes.