Perdidos no Tabuleiro

75 3 0
                                    

Olá, meu nome é Lucinda Angels mas pode me chamar de Luce.

Tenho 17 anos e estudo na escola Wisdom & Justice, em Las Vegas.

Tá certo que a cidade é conhecida pelos jogos, apostas e você sabe, algumas prostitutas. Mas enfim, vamos falar de mim.

Costumo chamar atenção na rua, por esse meu jeito meio rockeira de ser, mas fazer o que né? Aliás, tenho que ir na casa de Dave, meu colega de classe. Ele é muito legal e tem uma coleção de guitarras maneiras, que inveja.

Faz um bom tempo que não vou para o Brasil ver meus pais lá em São Paulo, minha cidade natal.

Você deve estar se perguntando o que eu estou fazendo aqui certo? Pois bem, eu estou fazendo intercâmbio, mas na boa, acho que vou ficar morando aqui. Bem melhor que o Brasil que só tem funkeiro, affs.

Bom, vou lá na casa do Dave porque ele já me mandou duas mensagens.

****

-Até que enfim en [Dave]

-Calma hahaha eu estava arrumando meus cabelos [Luce]

-Sei, entra aí [Dave]

-Tá sozinho? [Luce]

-Tô sim [Dave]

Luce entra

-Ai cara, me dá uma vai [Luce]

-Nem pensar, minhas guitarras não [Dave]

-Aaaah [Luce]

-Hahahaha te dou uma, mas não as minhas [Dave]

-Sério? [Luce]

-Sim [Dave]

-Eeee [Luce]

Luce abraça Dave

-Então vamos lá na loja? [Dave]

-Vamos sim hehe [Luce]

Os dois vão na loja e Luce escolhe uma guitarra vermelha, muito bonita.

-Muito obrigada Daveee te adoro! [Luce]

-Hahaha também te adoro [Dave]

***

Já eram 11:00 horas da noite então os dois resolvem ir pra casa

-Hey, vamos lá em casa ver o filme que eu comprei [Luce]

-Casa? Aquilo é qualquer coisa menos uma casa normal! Sem falar nos donos que são mega sinistros [Dave]

-Hahahaha tá com medo de ir lá só porque dizem que acontecem coisas estranhas? Não acontece nada [Luce]

-Vamos lá então [Dave]

***

Os dois entram na casa e Dave vê um vulto

-Não acontece nada né? ¬¬ [Dave]

parte 2

-É só um vulto [Luce]

-Só um vulto? [Dave]

-Já me acostumei [Luce]

-Depois ainda pergunta porque te chamam de louca [Dave]

-Hahaha anda, vamos pro meu quarto antes que a Mary venha reclamar do barulho [Luce]

Mary Sneep é a dona da casa, uma senhora de 50 anos muito estranha.

Os dois sobem as escadas do corredor escuro da casa e entram no quarto de Luce. Parecia mais um sótão do que um quarto normal. A porta era estreita e ficava no teto, logo que se puxava a porta desciam alguns degraus de madeira para facilitar a subida até o local.

-Para quê estas velas no chão? [Dave]

-Não sei, o senhor Paul Sneep que deixou aqui, eu havia tirado elas daqui mas ele brigou comigo e falou que elas deveriam permanecer no mesmo local e mandou que eu não tocasse em momento algum nelas e nesse baú de madeira do canto [Luce]

-Sinistro [Dave]

-Mas ok, coloque o colchão da minha cama no chão e pegue as almofadas [Luce]

-Mas e a TV? Onde tá? [Dave]

Luce meche em uma enorme prateleira de livros, e em instantes a prateleira vira do lado oposto e lá estava uma TV de plasma de 40 polegadas, uma caixa de som, aparelho de DVD, notebook e outros eletrônicos.

-Nossa! [Dave]

-A família Sneep detesta coisas da modernidade, então tenho que esconder [Luce]

-Família brega essa en [Dave]

-Hahaha pois é, mas não posso reclamar [Luce]

Dave anda pelo quarto e fica observando as velas, elas pareciam formar uma espécie de desenho, mas ele não conseguia identificar.

-Bora assistir o filme? [Luce]

-Dave? [Luce]

Luce se levanta e vai até Dave

-EI! TÁ SURDO? [Luce]

Dave salta 

-Ai! Que susto! [Dave]

-Hahahahaha tá em que mundo boy? [Luce]

-Nenhum, vamos assistir o filme [Dave]

Os dois assistem o filme e adormecem.

****** 

04:30 DA MANHÃ

Dave acorda com barulhos na casa, como se alguém estivesse pisando no telhado.

Levanta com cuidado para não acordar Luce e caminha passo por passo até a janela que estava suja e cheia de pó. Ele olha a lua, estava cheia e muito bonita, percebe uma respiração ofegante em seu pescoço, então fecha os olhos e lentamente vira o pescoço até onde vinha a respiração, abre os olhos e nada, absolutamente nada.

Dave olha rapidamente para a janela e se surpreende. Marcas de mãos estavam na janela! Marcas bem certas, como se um ser humano houvesse subido até a janela e colocasse as duas mãos para olhar o que havia lá dentro, o que de fato era impossível.

-Dave?

Perdidos no TabuleiroOnde histórias criam vida. Descubra agora