01.Tenho escolha?

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Eric

— Tenho escolha? — questiono já sabendo a resposta das palavras dele e tenho a resposta que eu já esperava.

— Não, você não tem, seja um bom amigo, é só um passeio rápido e onde vou fazer a minha primeira tatuagem, eu te apoiei quando você fez a sua. — A voz manhosa de Sam me faz repensar seriamente o porquê eu cedia com tanta facilidade. O motivo era simples, eu amava o meu melhor amigo e o meu descanso podia esperar até mais tarde.

— Certo, já que não tem como fugir, você vem pro meu prédio e vamos.

— Obrigado por ir comigo, eu preciso do seu apoio.

— Eu estou sendo obrigado a ir, mas, ok, Samzette, você tem o meu apoio — digo em um tom de voz sarcástico, sei que ele odeia aquele apelido.

— Eu ainda vou te matar por esse apelido — A voz dele fica fina ao me dizer essas palavras, aquele apelido tirava toda a paz de Sam.

— Não, você não vai e sabe disso, cão que ladra não morde e ainda mais você — respondo deixando o meu deboche escorrer por cada palavra. Sam fica em silêncio por alguns instantes até falar como se tivesse lembrado de algo.

— Quase ia me esquecendo...

— Esquecendo do quê? — questiono já tendo medo do que ele vai me pedir, Sam era um bom amigo na maioria do tempo, quando ele não nos colocava em problemas. Ele me responde.

— Preciso que pegue o número do telefone do seu vizinho.

— Qual vizinho?

— O bonitão tatuado que você odeia.

Reviro os meus olhos ao perceber que o vizinho que ele queria o número era o Lex, quem odeio com todas as minhas forças, e questiono desejando estar errado, sobre quem era o vizinho que ele queria o telefone.

— O Lex?

— Esse mesmo, o tatuador.

— Não vou fazer isso, eu te amo, mas não vai acontecer.

— Ele é o melhor tatuador da cidade, por favor, eu quero que a minha primeira tatuagem seja foda e só Lex pode me dar isso.

Eu me odiava por ter dó do Sam nesse momento, ele tinha razão em dizer que o Lex era bom e só era um número de telefone, não iria custar nada.

— Eu odeio você — falo estridente.

— Não você não odeia, eu te amo e até mais tarde.

— Entre, está aberto.

— Pare de ser preguiçoso, Lex, e venha na porta, me recuso a entrar nesse lugar imoral e imundo, que fede como você.

Ouço alguns murmúrios e xingamentos proferidos para mim e ignoro, alguns minutos depois ele abre a porta, completamente nu, e arqueio as minhas sobrancelhas. Os meus olhos estão fixos nos olhos âmbar com pequenos pontos verdes que carregam o cinismo dele ao me ver ali. Digo, sem nem ao menos olhar pro corpo sarado e cheio de tatuagens que ele tem:

— Essa sua falta de vergonha não me atinge, você deveria já ter entendido isso há muito tempo. Preciso do seu número de telefone.

— Tem certeza que não? Posso te provar o contrário agora. —

— Não precisa, eu tenho certeza e dispenso tudo que venha de você, só quero o seu número.

— E para que você quer o meu número? — ele questiona com a sobrancelha arqueada e o sorriso de lado que me irrita, reviro os meus olhos quase podendo ver o meu cérebro e respondo.

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