02.Então você é o homem de Eric?

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Eric

— Digamos que temos um caso à parte, não é Marrento? Mas ele não quer assumir nada de forma pública, ficamos no off.

Olhei pra cara dele, que está focado em tatuar a pele de Sam, mas aquele maldito sorriso irônico está ali e falo sem humor nenhum, irritado com as palavras dele que eram mentiras deslavadas.

— Você pode ser profissional uma vez na sua vida?

— Estou sendo profissional, não é Sam?

Sam concorda com a cabeça sem me olhar e falo perdendo a paciência pelo cinismo do Lex.

— Você não está Lex, falar sobre sua vida íntima na frente de clientes e inventar coisas sobre as pessoas, não é ser profissional.

— Não entendo seu ódio por mim, meu doce Marrento e foi apenas uma brincadeira infelizmente.

— Você nunca entende nada em específico.

— Sobre você não. — Ele me olha parando de tatuar o Sam, que observa tudo em silêncio, respondo de forma sarcástica.

— Sério que não? Se você usasse essa cabeça pra outra coisa com certeza saberia porque odeio você.

— Você ainda me odeia por ter dormindo com seu namorado? Supere isso, ele nem era tudo isso Eric — ele fala isso revirando os olhos pra mim com desdém e falo vibrando de raiva com ele.

— Não vou discutir isso com você de novo Lex, você morreu pra mim naquele dia.

— Se eu morri pra você, porque sempre estamos juntos? — Ele questiona me olhando de forma curiosa e falo trincando os meus dentes.

— Porque o seu prazer particular é foder com a minha vida.

Sam me olhava como se pedisse desculpas por te começado com aquela situação. Respiro fundo para tentar me acalmar, eu tinha medo de ter um ataque de fúria e de matar Lex com a maquininha de tatuagem. Me levantando e olhando apenas para Sam, falo.

— Sam, eu vou dar uma volta pelo shopping, quando terminar me mande mensagem e venho te encontrar.

— Vou mandar e obrigado por vir comigo.

Saio da sala e daquele lugar o mais rápido do que minhas pernas me permitem, ficar no mesmo ambiente que ele torrava todos os meus neurônios.

— Estou te esperando na frente do estúdio, onde você está?

— Estou indo, parei para comprar algumas coisas para a Max.

— Você vive para bancar uma vida de luxo para aquele animal de tetas.

— Você pode respeitar a Max? Ela tem sentimentos! Já estou chegando.

Desliguei o celular e sai do pet shop pensado em voltar para comprar mais coisas para Max. Ando devagar sorrindo, vejo Sam com Lex do lado de fora e falo focado apenas no Sam.

—Vamos, Sam?

—Bom, na verdade Lex nos fez um convite.

— Não conte comigo, eu tentei suportá-lo por mais de quinze minutos e ele simplesmente jogou malditas piadas e mentiras descabidas, eu estou fora, Sam — falo isso cruzando os braços, me recusando a estar no mesmo ambiente que Lex e ele fala tentando me convencer.

— Prometo não fazer nada, Marrento, vai ser uma social com alguns amigos e você vai se divertir.

— Não se dirija a mim e eu não confio em você. Sam, você vai com ele? Ou comigo?

Observo Sam, que está indeciso, e reviro os meus olhos. Eu sei como ele adora uma festa e, mesmo sem querer dar o braço a torcer, as festas do Lex eram AS festas. Falo o incentivando a ir.

— Vai pra festa, as festas dele geralmente são muito boas, pelo menos em algumas que eu fui, mas não use nada do que ele te der, não confie nele e se cuide.

— Eu vou ok e vou me cuidar.

— Qualquer coisa me ligue, se algo sair do seu controle, me ligue e vou te buscar.

—Eu te ligo caso qualquer emergência.

—Tchau, Samzette.

Saio de lá com o pressentimento que alguma coisa ia dar muito errado. Eu sabia como Lex era insano quando queria algo e mesmo sem nenhum ameaça, eu não confiava nele e aquele convite estava muito estranho.

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