Criatura Distorcida.

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Louis p.o.v:

Aquilo me olhava, estava me encarando, não consegui me mexer, a dor na minha cabeça, nos meus braços, meu corpo inteiro, eu não estava aguentando.

Seus olhos tão negros quanto a escuridão ali presente, estava me guiando para algo além daquele mundo, como se dissesse para mim desistir, eu queria desistir.

Por quê? Por quê comigo? O que eu fiz para merecer isso, não queria nem existir.

Dói só de pensar que estou preso nesse pesadelo, o sangue está pingando do teto, caí no meu rosto, eu já não sei se são minhas lágrimas ou não.

A dor está se espalhando, tudo esta mudando a minha volta, agora estou solto, em um corredor.

Tão longe. Saída. Era o que dizia a placa acima da porta, eu podia correr.

Queria correr, preciso correr.

Arranhões atrás de mim, passos atrás de mim, estava tão perto novamente, eu estava preso naquele lugar.

*dói dói dói dói dói dói socorro*

Louis tentou correr, ele tropeçou, caiu e levantou, continuou correndo, algo quase pegou seu tornozelo, ele bateu contra a parede e se apoiou para continuar, a porta parecia tão perto mas nunca chegava.

A sombra o perseguia, agora estava a andar pelo teto, aquilo corria tão rápido, Louis sentia o sangue das mãos daquele ser cair encima do mesmo, Louis corria tão rápido quanto suas pernas podia aguentar, ele pega na maçaneta quando consegue finalmente chegar até a porta.

E como numa questão de segundos, Louis é arrastado pelo corredor novamente, ele se bate em tudo que é possível, ele não sente mais seu corpo, agora parcialmente desacordado no chão, ele vê aquilo se aproximando.

Suas palavras são confusas para o mesmo.

-Fez um bom trabalho Louis.

*dói dói dói dói dói dói socorro*

Dr Simon p.o.v:

Depois que Louis volta para seu estado mais normal, ainda ofegante e olhando para todos os lados como se ele não estivesse totalmente aqui comigo.

-Fez um bom trabalho Louis.

Digo a ele e peço para os enfermeiro levar ele até seu quarto, esse manicômio acabava comigo, tinha que estar sempre adaptando as drogas para os novos pacientes.

Louis era diferente, ele aguentava mais, queria saber até onde podia quebrar sua mente, até onde podia distorcer tudo o que ele acreditava, o medo dele me alimentava a seguir adiante com os testes.

Quando voltei para casa naquela noite minha mulher perguntou como foi meu dia e eu respondi o de sempre.

Sabia que se falasse que fazia drogas para testar em humanos ela me deixaria e levaria meu filho. Louis me lembrava muito meu filho.

Amanhã terei um novo assistente, ele me ajudará com Louis que estava se tornando minha prioridade.

Liguei o computador e acessei as câmeras do quarto de Louis, ele andava de um lado para o outro, falava com alguém, gritava e parecia querer fugir.

As vezes acho que ele não volta para o nosso mundo, acho que as drogas o estão prendendo no seu próprio mundo distorcido.

  *dói dói dói dói dói dói dói socorro*  

Amor Distorcido (Larry)Onde histórias criam vida. Descubra agora