Mozão

Festa ou almoço?

Já eram 17:00 e ainda não chegava a um denominador comum, a festa é bem atrativa, até porque Cris estará lá e ficarei mais à vontade.
-piiiiii....
  Meu celular tocava, era Cris:
-Rafael, olha não vou poder ir para a confraternização, vou aproveitar
esse fim de semana para descansar na casa de veraneio de meu pai, me desculpa tá.
-sem problemas Cris, até porque terei que ir ao almoço do novo vizinho.
-am? como assim vizinho novo?  perguntou Cris
-quando eu cheguei hoje de tarde, tinha um caminhão de mudanças parado em frente a casa de lado da minha, ele estava descarregando os móveis, o nome dele é Humberto.
-Humberto né seu stalker. Respondeu Cris com um ar sarcástico.
-Então Rafael, vou me arrumar para a viajem, até mais.
-até Cris

Com isso fui me organizando para o almoço do estranho vizinho, minha mãe já tinha saído para a casa de sua amiga, estava trocando de camisa quando percebi que o vizinho me olhava no breu da outra janela, não consegui ver direito mas fiquei com um pouco de receio, já eram 18:00, estava arrumado e pronto para o almoço de Humberto.

Tim dommm...

Toquei sua campanhinha, logo alguém abriu a porta, era o Humberto com o belo sorriso no rosto, com um traje como se estivesse cozinhando:
-Olá Rafael, pensei que não viria, mas já que chegou seja bem vindo.
-Obrigado Humberto, demorei um pouquinho para me arrumar, que bela casa, belos móveis.

Ao entrar na casa de Humberto ele explicou que os móveis vinham de uma linhada antiga de sua família, disse também que estava acabando o almoço e que iria tomar um banho.
-Olha Rafael, pode se sentar, ficar a vontade tá, vou tomar um banho rápido e volto logo com o almoço.
Enquanto ele tomava banho, fiquei analisando que tipo de vizinho teria, vi móveis velhos mas bem conservados, tinha um armário um pouco maior que eu com todo tipo de vinho, achei um do ano de 1829, provavelmente está bem doce, mas como ele conseguiu conservar tão bem aquele vinho??
  Como sou curioso, fui fazer um tour em sua casa, quando de repente encontrei o banheiro onde ele estava tomando banho, a porta estava um pouco escancarada, vi pelas brexas da porta um corpo totalmente definido, alto e magro, subiu um fogo em mim que não aguentava mais olhar aquele deus grego, rapidamente fui para sala e me sentei.
   Ao se enxugar e trocar de roupa, Humberto foi para a cozinha pegar a comida, ao traze-lá, fiquei espantado, estava com um cheiro maravilhoso, agradável.
-Vamos comer Rafael
-vamos sim Humberto, olha não precisa ficar me chamando de Rafael, me chame de Rafa, respondi com uma intimidade nunca vista.
-Mas então Humberto, fala sobre você, de onde vem e porque está aqui.
-Bem Rafa, eu sou um cara de bem com a vida, jogo esportes, faço academia e trabalho, vim para cá, porque fui contratado por uma empresa de engenharia civil, próxima a uma faculdade.
  Nossa, como assim? Ele trabalha perto da minha faculdade e eu não sabia disso, fiquei horrorizado.
-me mudei para cá também porque estou procurando alguém para namorar.
  Naquele mesmo momento ele esticou sua perna devagar nas minhas, fiquei sem palavras, será que ele é....
-desde então me firmei nessa empresa e agora cá estou, espero não ter problemas com qualquer vizinho do bairro, nem com você Rafa
-não se preocupe Humberto, iremos ficar na paz, palavras saíam da minha boca sem perceber.
  conversa vai, conversa vem, nem percebemos o tempo, já era bem tarde, estava com frio:
-Humberto, vou buscar meu casaco em casa, está muito frio.
-não precisa Rafael.
  Neste instante, ele levantou-se da cadeira e me abraçou, foi um abraço tão gostoso e completo que não sabia se perguntava porque ele fez isso ou se aproveitava estar próximo de seu corpo quente e macio.
-Rafael, você agora não precisa mais buscar o casaco.
-porque, perguntei todo derretido
-porque eu tenho um, aqui...
  Meu deus eu não tô acreditando, era tudo um pensamento da minha cabeça, ele estava em minha frente com o casaco.
-ah, obrigado Humberto, você é bem gentil.
  Já eram 22:00, ficamos conversando sobre momentos de nossas vidas e em minha memória relembrei o sonho que tive dele me abraçando, como pode isso, bem acho melhor ir para casa.
-Humberto, muito obrigado pelo almoço, pela hospitalidade mas já é tarde, tenho que ir.
-mas agora? Estava tão feliz com você aqui.
-posso te fazer uma pergunta Humberto?
-pode sim, claro
-você é....
-não sei Rafa.
-hummm...
-Você quer que eu seja?
  Fiquei sem o que responder naquela hora, só me levantei e fui para a porta da casa, ele me segurou em meu braço e disse:
- não vá, me desculpe pelo inconveniente por favor.
  Olhei para ele meio confuso, e então fui me aproximando dele, meus lábios se conectavam lentamente com os dele, ele me segurava pelo quadril com aquelas mãos grandes e fortes, era como se ele fosse meu lençol, me envolvia em seu corpo grande, macio e definido, fechando a porta, levou-me até seu quarto:
-nossa, que belo quarto você tem, falei enquanto beijava seus lábios
-belo é você Rafael, você tem certeza que quer isso mesmo?
-acho que sim Humberto
Ao fechar a porta de seu quarto,  Humberto me jogou em sua cama grande e macia e me envolveu em seu corpo grande e másculo, até que meu telefone tocou, era minha mãe perguntando como estava o almoço:
-oi mãe, o almoço estava uma delícia.
- e o Humberto? Perguntou-a meio estranha
- ele é bem legal mãe
-ele é lindão né filho
- mãeeee....
- ok filho não vou atrapalhar o momento, respondeu com um ar de alegria.
Continuamos a nos beijar, ele tirou sua camisa, era um corpo maravilhoso, meu deus, Humberto era um deus grego, tirei minha camisa também e ficamos nos amaçando lentamente,  foi uma noite incrível.
-Quer passar o sábado e o domingo aqui comigo Rafa? susurrou em meus ouvidos.
-Quero sim, quero muito!
  Tive a melhor noite da vida, o Humberto era fofo, genial e  cozinhava bem, minha vida mudou de um dia para o outro, dormimos juntinhos a noite inteira pensando no que íamos fazer nesse fim de semana, o que importa é que estou com ele, ele me deixa seguro, confortável, acho que eu amando.

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