Bala

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Hoje eu encontrei uma bala
Veio diretamente do inimigo
Foi meu terror em ativo
Foi muito mais que o perigo
Eu vi o sangue cair contra
A parede com todos os riscos
E aqueles maléficos risos
Extraído do buraco do meu peito
Eu já não estava mais inteiro
Sempre fui um nevoeiro
Eles falam de certos e errados
Eu falo de amor ao contrário

Talvez eu ainda seja culpado
Dos crimes que todos cometemos
Seja emocional, desabitual ou fatal
Eu sei que não sou normal
Eu nunca procurei a normalidade
Não nessa cidade
E achei o meu resultado
Tenho amigos descontrolados
Mais que me trazem paz
Nesse mundo emborolado.
Eu vi o dedo no gatilho
Antes de ser repartido
Eu ainda podiar correr
E mesmo assim não iria vencer
Eu não sou um simples ser
Minha frequência cardíaca vai a mil
Toda vez que o ver
E mesmo assim eu não irei temer
Fodam-se as opiniões formadas
Eu sou implanejada
Eu ainda sou uma granada

E mesmo com toda essa estrada
Eu nunca parei por nada
Não vai ser uma simples bala
Que matará o meu espírito
Dá liberdade do universo
Eu ainda sou adaptada
Mais não preparada
Pra sofrer baleada
Pela mente, que apenas com uma facada
Morrerá despedaçada.

-Claciele Viviane

Poeta Eu?Onde histórias criam vida. Descubra agora