Capítulo 3/3

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— Finalmente você está trocando os móveis do ateliê — Kihyun disse quando passou pela porta. Changkyun deixou sua pequena mala em cima do sofá, o qual era rente à parede. O papel da parede já estava desgastado, o azul claro pouco a pouco ia se desmanchando e caindo pela superfície lisa.
A única coisa que poderia ser considerada relativamente nova no ateliê do Im era o tapete avermelhado, que ele mandava para a lavanderia duas vezes por semana, mas claro, à mando de seu melhor amigo, Hyungwon, porque se dependesse somente de Changkyun, fungos cresceriam naquele tapete de tão preguiçoso que o rapaz era.

— Hyungwon me deu umas dicas, vamos mudar tudo por aqui — Changkyun respondeu e sorriu.

O Im fechou a porta do ateliê e puxou seu namorado pela cintura, colando os corpos. Os dois trocaram olhares por um minuto inteiro, até que Changkyun rompeu a distância boba que os separava e depositou um selar demorado nos lábios cheios de Kihyun, que sorriu com o ato.

Ainda bem próximo aos lábios de Kihyun, Changkyun sussurrou, como se fosse um segredo:

— Tire a roupa.

O Yoo arregalou os olhos e suas bochechas rapidamente adquiriram a cor rosada, que elevou para o tom avermelhado ao perceber que Changkyun falava sério.

— Estamos em dívida, lembra? — Changkyun sorriu de canto, travesso — hoje vamos fazer do meu jeito.

Kihyun molhou os lábios por causa do nervosismo, mas deixou que a voz grave do namorado o guiasse sem se preocupar com as consequências.
Primeiro, desabotoou o botão de sua camisa, um por um, lentamente. Changkyun o observava, atento a qualquer movimento do menor. Quando terminou, o Im encarregou-se de afastar o tecido do corpo de Kihyun e deixou que caísse no chão. Encarou, por bons segundos, as marcas que havia deixado no corpo branquinho e esguio de Kihyun e mordeu o inferior ao relembrar-se da noite anterior.

Ainda com vergonha, Kihyun continuou a tirar suas vestes, mas conseguiu arrumar coragem o suficiente para olhar Changkyun enquanto o fazia. Assim que sua calça caiu por suas pernas, Changkyun estendeu a mão para Kihyun, que aceitou-a meio hesitante. Em seguida, o Im guiou-o para que se sentasse em uma das cadeiras de madeira próxima à tela em que continha uns rabiscos.

— Você ainda não tirou tudo — Changkyun sussurrou no ouvido do namorado, que estremeceu e suspirou antes de dar-se por vencido e tirar a última peça de roupa que impedia o Im de ver por completo seu pecado.

Depois, Changkyun indicou com o olhar para que Kihyun se sentasse, porém, graças ao suspiro de descontentamento de Changkyun, o Yoo foi obrigado a levantar-se: o maior girou a cadeira e então Kihyun entendeu como devia se sentar.

Kihyun abriu as pernas antes de sentar-se novamente e abraçou as costas da cadeira, ficando de costas para Changkyun. Kihyun ficou encarando a parede, esperando alguma iniciativa de Changkyun, e, quando estava prestes a se levantar para se vestir, sentiu um líquido grosso e frio passear por seu ombro esquerdo. O Yoo assustou-se e chiou, ouvindo a risadinha de Changkyun após.

— O que está fazendo?

— Estou desenhando em você — quando Kihyun ia se levantar enraivecido, Changkyun complementou: — a tinta sai, bobo.

Isso fez Kihyun suspirar de alívio e apoiou o queixo nas costas da cadeira, aproveitando os dedos de Changkyun em suas costas. O pintor escrevia palavras como "arte", "amor", "belo" e deixava desenhos bonitos pela pele branca de Kihyun.

Com a canhota, Changkyun puxou os fios de Kihyun para trás, fazendo com que o olhasse e sorriu ao traçar, com o polegar, uma trilha que ia desde a testa descoberta de Kihyun até o queixo do menor, o qual aproveitava cada toque de olhos fechados. Changkyun deu-o um selinho demorado e sorriu.

LIL' TOUCHESOnde histórias criam vida. Descubra agora