—Sasuke-kun. —Ouço minha melhor amiga, Sakura, suspirar mais uma vez o nome daquele idiota do Uchiha.
Suspiro entediado, era sempre assim e isso já estava mais do que me enchendo o saco. Estávamos no horário de almoço e como sempre estou aqui desperdiçando esse precioso intervalo com a minha amiga, que continuava a suspirar por um idiota qualquer.
Eu devia ter mais amigos homens.
Sakura tem a mesma idade que eu, dezessete, e é apaixonada pelo Uchiha desde que o mesmo começou a estudar em nossa escola, há cerca de três anos. Sim, isso é muito tempo.
—Essa é a milésima vez que você suspira o nome dele, 'qualé Sakura, se gosta dele, fala logo com o cara. — sem me conter, reviro meus olhos, enquanto apoio o queixo em meu punho fechado.
Ela me olhou como se eu fosse uma espécie de alienígena.
—Não posso chegar e falar com ele assim, do nada, preciso me aproximar primeiro, com calma, ir preparando o terreno. — Suspira. — Mas ele não abre uma brecha se quer. — Choraminga e eu novamente reviro os olhos. Ela sempre faz um drama.
Desviei meus olhos da garota a minha frente e fitei o Uchiha, que estava em baixo de uma árvore, logo a nossa frente, lendo um livro.
O que ela viu nele? Ou melhor: O que as meninas da escola veem nele? Sim, não é só a minha amiga que tem uma ‘quedinha’ por ele, mas a maioria das meninas da escola.
Ouvi Sakura choramingar mais um pouco, para depois finalmente se calar.
Suspirei aliviado, mas quando olho para o lado, me assusto com sua expressão. Ela sorria de um jeito diferente.
Franzi o cenho e engoli em seco. Não vinha coisa boa dai.
—O que foi? — Pergunto com certo receio.
—Você. — Prossegue. — Sasuke é seu novo parceiro em biologia, né? — Lá vem coisa.
—Sim, por quê? — Indago.
Sim, Sasuke era meu parceiro, isso já durava cerca de uma semana, mas nunca trocamos uma só palavra que não fosse relacionado ao assunto da aula. Ele estava substituindo minha antiga parceira que mudou para outra cidade, para meu desagrado.
—Naru, me ajuda vai, da uma agitadinha nele pra mim, fala de mim para ele vaii. — Ela faz um bico enorme. Seus olhos possuíam um brilho intenso, ela sabe que não resisto.
—Sakura. — Suspiro. — Como posso falar com ele assim? Não somos amigos nem nada, só somos parceiros de biologia e nada mais. — Vou ficar vesgo, porque mais uma vez eu rolei meus olhos.
—Naru, você é a única pessoa capaz de me ajudar, é só você se aproximar mais dele, sei lá, se tornar amigo dele e depois você me ajuda a me aproximar também. Vai, vai, por mim, sua amiga. — Ela se agarra em meu braço e me fita com seus olhões verdes.
Eu viro o rosto e suspiro pesadamente, o que a gente não faz pelos amigos.
—Tá, tá, mas só dessa vez. — Resmungo e ela me abraça forte, gritando várias obrigadas. — Tá me sufocando Sakura, desse jeito eu não te ajudo mais.
Ela sorriu amarelo e me soltou.
—Ok, ok, isso será uma promessa viu? — Sorriu. — Mas quando você vai começar com sua aproximação? Tem que ser rápido, ou então alguém pode entrar em minha frente. — Ela faz bico e eu suspiro mais uma vez.
—Não sei, nós só teremos aula juntos amanhã, no ultimo horário. — Exponho e ela faz cara de decepcionada.
—Naru, por favor, não pode fazer nada? — Eu amo minha amiga, mas ela sempre faz tanto drama.
—Tudo bem, verei o que posso fazer. — Retruco, bem a tempo de ouvir o sinal para a próxima aula.
Levantamos-nos e seguimos para nossa sala.
Sakura foi o percurso inteiro sorrindo, estava muito feliz só em ter uma ‘possibilidade’ de conhecer o Uchiha.
Chegamos à sala e nos acomodamos em nossos lugares.
Assistimos às aulas totalmente entediados. Se essa era a intenção deles, nos matar de tédio, pois eles estão arrasando.
Mas felizmente um dos professores faltou, então teríamos um tempo livre e poderíamos voltar para casa, mas como eu tinha um trabalho grotesco para entregar amanhã, me despedi da Sakura e fui direto para a biblioteca, pesquisar sobre a história japonesa e blá, blá, blá.
Andei por entre varias pilhas e pilhas de livros, até que encontrei o que queria, mas quando fui pegar o livro, acabei o derrubando no chão, tudo graças a minha extrema agilidade e equilíbrio.
Fui atrás do livro e o encontrei perto de uma das mesas, me abaixei para pegá-lo, mas ao me levantar levei um susto quando vi quem estava ocupando aquela mesa. Sasuke.
Mordi meu lábio inferior, maldita promessa que fiz a Sakura.
Peguei meu livro e me sentei próximo a ele, só que o mesmo pareceu não notar, estava concentrado demais em seu livro.
Peguei meus materiais dentro da bolsa e abri o livro.
Comecei a fazer meu trabalho em silêncio, dando apenas algumas olhadas de rabo de olho para ele, que pareceu finalmente perceber minha presença.
Olhou para mim e eu inconscientemente, acabei sorrindo. Ele apenas abaixou olhos e virou a página do livro, sem me dar atenção. Bastardo.
Assim fica um pouco difícil me aproximar desse bastardo.
Pigarreei um pouco e recebi vários chiados de pessoas me pedindo silêncio. Bando de nerds.
—Hã?...Yo Sasuke. — Tento puxar assunto, mas ele apenas me fita de rabo de olho e volta a ler seu livro.
Estava prestes a esquecer da promessa que fiz a Sakura-chan e a partir pra cima daquele mauricinho, mas felizmente me controlei.
Bufei irritado e voltei a fazer meu trabalho. Às vezes sentia o olhar de Sasuke sobre mim, mas estava irritado demais para olhar na cara branquela dele, então apenas terminei meu trabalho, guardei o livro no lugar e fui para casa, deixando aquele teme sozinho.
[...]
Cheguei em casa e subi direto para meu quarto, precisava de uma abordagem melhor se quisesse ser amigo do Sasuke, mas pelo jeito seria difícil.
Tsc... Sakura-chan teria que me recompensar depois e muito bem.
Sorri sapeca. Vou fazê-la pagar minha conta lá no Ichiraku no rámen, da próxima vez que fosse lá.
Joguei minha mochila em cima da cama e me despi pronto para ir tomar um bom e relaxante banho, assim poderia pensar em uma forma de me aproximar daquele teme.
Passei tanto tempo dentro da banheira que acabei pegando no sono, acordei apenas ao ouvir os gritos de minha mãe, seguido de batidas agressivas em minha porta.
—Naru, desce para jantar. — Ela gritou e eu finalmente saio da banheira.
—Já estou descendo! — Grito de volta, enrolando uma toalha em minha cintura e saindo do quarto.
Me vesti rapidamente e desci as escadas, indo ate a cozinha e encontrando uma enorme tigela de rámen, a minha espera.
—Itadakimasu. — Agradeço pela refeição e me ponho a comer, enquanto meus velhos fazem o mesmo, a meu lado.
Assim que termino meu jantar, subo as escadas e vou para meu PC, entrar em meu face e peregrinar um pouco por ele, enquanto o sono não chega.
[...]
Cheguei à escola bem cedo, tudo graças a minha mãe que fez o favor de me acordar muito antes que meu despertador. Quem precisa de um, tendo dona Kushina?
—Naruto! Naruto! — Ouço a voz da Sakura-chan, logo atrás de mim e fico a sua espera.
—Yo Sakura-chan! — A saudei como de costume, dando um enorme bocejo em seguida.
Ela me alcançou e colocou as mãos no joelho, enquanto tentava recuperar o fôlego.
—Você... Você... Tem aula com ele hoje né? — Ela pergunta sem rodeios, ainda com certa dificuldade, devido à falta de fôlego.
—Sim! — Exclamo, seguindo em direção de um banquinho que ficava embaixo de uma árvore. Sempre ficávamos naquele local antes das aulas começarem.
—Isso é perfeito! — Ela exclama muito alegrinha. Alegrinha demais.
—Por quê?
—Mês que vem terá um baile aqui na escola, pra arrecadar fundos para a viajem do meio do ano que a escola vai fazer, ou sei lá o que, mas enfim, eu quero ir com ele. — Ela responde, com seus olhos brilhando.
Logo entendi onde ela queria chegar, mas não poderia garantir nada, o cara é muito difícil de lidar.
—Sakura-chan, eu não sei se conseguirei te ajudar, ontem eu o encontrei na biblioteca e tentei puxar assunto, mas o cara nem me deu bola... tsc....metido. — Sussurro a última parte, evitando que ela ouvisse, ou então isso me renderia um bom cascudo. Não fale mal do meu Sasu-chan. Era o que eu sempre ouvia.
Ela fez uma expressão chorosa e seus lábios adquiriram um enorme bico.
—Onegai Naru-kun, ajuda sua melhor amiga vai. — Chantagem emocional, ela sempre foi boa nisso, mas desta vez não vou ceder.
Desvio meus olhos de seu rosto e tento me concentrar em algo.
—Naru, por favor. — Ela pediu mais uma vez e eu mordo meu lábio inferior com força.
Droga de coração mole.
—Hai, hai, mas isso terá um alto preço. — Sorrio sapeca.
—O que? Faço qualquer coisa. — Ela logo muda sua expressão para uma alegre.
—Você vai pagar meu rámen lá no Ichiraku, por uma semana. — Ela arregalou os olhos.
—Ah Naruto! Mas assim já é demais, você vai me deixar lisa, do jeito que você come vou perder minha mesada inteira com você, em um dia. — Ela murmura indignada e eu rolo os olhos. — Tá, tá, mas só um dia, eu pago para você todo o rámen que conseguir carregar nessa pança. — Eu pondero um pouco e acabo por sorrir e lhe estender a mão.
—Feito!
[...]
Finalmente havia chegado à aula de biologia, não me levem a mal, não é que eu esteja ansioso para ver aquele teme e sim porque quero logo terminar com isso para ter minha recompensa.
Estava sentado em meu lugar, com os braços apoiados na bancada e um enorme sorriso no rosto, só de imaginar a quantidade de rámen que iria poder comer e o melhor: de grátis!
Sorri com meu pensamento. Rámem era uma espécie de propina que estava recebendo da Sakura, em toca de ajuda.
Olhei para a porta e vi Sasuke passar por ela. Estava com seus fones no ouvido e parecia não notar o mundo ao seu redor.
Mordi meu lábio inferior, não sei por que, mas senti certo nervosismo ao vê-lo.
Desviei meu olhar, quando ele percebeu que eu o fitava, e passei a olhar para minhas próprias mãos.
Ouvi a cadeira ao lado ser arrastada, junto do barulho de algo sendo jogado no chão e logo deduzi que ele havia largado a mochila, como sempre. Continuei encarando minhas mãos, enquanto Sasuke terminava de se acomodar a meu lado.
Ficamos alguns minutos em um completo silêncio, somente a espera do professor Orochimaru.
Não demorou muito e Orochimaru apareceu com sua cara feia, e assim que o fez, foi logo dando uma olhada significativa para o Uchiha, que não escondeu a expressão enojada e muito menos o arrepio que se passou por seu corpo.
Eu quase tenho pena dele, quase. Oro-sensei era assim mesmo, vivia dando em cima dos alunos e Sasuke parecia ser seu preferido. Sim, nosso professor é gay e que se acha bastante discreto. Mal sabe ele que toda a escola conhece o caso dele com o professor de Química, Kabuto. Mas eu, o maior cabeção da escola, só vim descobrir isso no final do ano passado, quando, em uma tarde cinza e nublada, vi os dois se pegando na saletinha do zelador. Nunca mais peguei mina nenhuma lá dentro.
Aquela imagem nefasta nunca mais saiu da minha mente.
—Bom dia alunos. — Ele nós saúda como de costume, jogando sua pasta em cima da mesa e iniciando o bla bla bla de sempre.
Eu, como um exemplo de bom aluno, virei o rosto pro lado de fora e fiquei boiando, enquanto a vozinha dele ia sumindo, sumindo e tudo o que eu ouvia agora era um nada.
Eu dormiria agora, não fosse Sasuke me cutucando. Parece que o professor tava falando algo importante.
—Vamos fazer hoje à tarde, lá em casa. — ele murmurou, guardando os materiais dele dentro da bolsa.
Pisquei algumas vezes, sem entender nada e acabei soltando:
—Fazer o que?
Sasuke me lançou um olhar impaciente e por fim suspirou.
—O trabalho, dobe, professor Orochimaro acabou de nos passar um trabalho sobre essa aula. — explicou, enquanto jogava a mochila sobre as costas.
Mas pera ai, ele me chamou de dobe? Dobe é o cassete!
Trabalho, trabalho, trabalho. Esse professor parece que só sabe fazer isso. Sério? Ele não se cansa não?
—Tá, tá, pode ser na sua casa. – soltei, vendo-o assentir com a cabeça e sair da sala. — Teme. — murmurei, assim que me vi sozinho.
Ia ser uma tarde tão longa. Pelo menos eu poderia fazer o que a Sakura pediu, assim ela me deixa um pouco em paz.
[...]
Minha humilde pessoa agora se encontrava na casa do cara mais chato de toooooda Konoha e olha que ela é grande viu, e o motivo disso tudo era o maldito trabalho de biologia que nosso professor querido nos passou e de quebra ainda tinha a promessa que fiz a Sakura.
—Siga-me. — ele fala autoritário, e eu assim o faço, o sigo ate pararmos em uma porta, onde deduzi ser seu quarto e quando entrei, não consegui evitar fazer de bocó quando vi aquele lugar.
Aquele quarto era incrivelmente foda!
—Cassete! — Exclamo, olhando para uma luneta profissional, bem colocada de frente para a sacada de seu quarto, que era enorme.
Cara, ainda uma TV de plasma com cerca de 42 polegadas, um PS4 novinho, vários e vários jogos empilhados em um armário ( quero jogar todos), filmes de diversas categorias, animes, tudo o que eu mais gosto. Tinha também vários mangás de diferentes gêneros ao lado de vários livros, todos bem empilhados, uma escrivaninha com um computador e vários desenhos em cima da mesma, eram incríveis e muito bem feitos. E pôsteres de animes e filmes que, por incrível que pareça, eram os meus favoritos.
Ao ver aquilo, me toquei que Sasuke parecia uma versão chata e organizada de mim.
Eu senti uma inveja braba mesmo. Meu quarto não chegava nem aos pés desse, primeiro porque era uma bagunça e segundo porque não tinha nem metade daquilo.
—Seu quarto é demais, muito da hora. — Eu murmuro admirado.
—Hm! — O vejo dar um sorriso discreto. — Vamos começar o trabalho. — ele murmura e eu faço uma careta.
—Qual é Sasuke? Você tem um quarto incrível desses e não quer aproveitar? — Pergunto em um tom quase que... indignado.
—Caso não se lembre, Dobe, o trabalho é para amanhã. — Cara chato e ainda me chamou mais uma vez de DOBE, teme infeliz.
—A gente faz, depois de uma partida rápida. Qual o problema?
—Tentador, mas não. — Senti uma vontade imensa de voar no pescoço dele, mas pense no rámen Naruto, pense no ramén.
Bufei irritado e fomos fazer nosso trabalho. Pesquisamos horas e horas, em vários livros diferentes. Aquele miserável do professor Orochimaru mandou que a gente fizesse o trabalho escrito à mão e minha mãozinha já estava cheia de calos, tinha calos até nos meus calos. Filho de uma mãe mais de um pai. Servo do tinhoso...
Enquanto eu ficava xingando o nosso professor mentalmente, Sasuke finalizava nosso trabalho.
—Pode desfazer essa cara de idiota dobe, já terminamos por aqui. — Sasuke chama a minha atenção. Acho que essa foi a maior frase que ele disse desde que começamos.
Me levanto da cadeira onde estava e olho para os lados , vendo que já era noite.
—Ai cassete, olha as horas. — Resmungo, olhando para meu relógio, que marcava quase 7h00 da noite e isso nem era o pior, não mesmo, pois quando olhei para o céu vi que não tinha nenhuma estrela, pois um bando de nuvens carregadas tinha coberto-as por inteiro.
Olhei em meu celular e vi várias ligações perdidas, de minha mãe. Droga tinha esquecido que estava no modo silencioso.
Retornei a ligação e ouvi um monte, mas acabei conseguindo acalmar a fera, após explicar a situação, só que infelizmente o que eu temia aconteceu, começou a chover forte lá fora. Que maravilha.
—É, parece que não poderei voltar pra casa. — Resmungo e ouço meu estomago roncar.
Sasuke me fitou e abafou o riso, mas acabou que a barriga dele também roncou.
—Vamos, vou fazer algo pra gente comer. — Me chamou e eu assim o fiz.
Descemos e fomos para sua cozinha, notei que desde que havia chegado não havia visto os pais de Sasuke. Estranhei esse fato.
—Sasuke, onde estão seus pais? — Pergunto, sentando-me de frente para o enorme balcão de mármore, que havia na cozinha.
—Estão viajando e meu irmão tá na casa de um amigo, pelo jeito só volta amanhã, se depender dessa chuva. — Respondeu, sem tirar os olhos do que fazia. Pelo jeito iria fazer uma macarronada.
—Posso ajudar? Não gosto de ficar parado. — Indago, levantando-me do banco onde estava. É meu modo hiperativo entrando em ação.
Ele deu de ombros e eu me aproximei.
Enquanto Sasuke colocava o macarrão na água quente, eu preparava o molho e em meio a tanto silêncio comecei a me sentir entediado.
—Ne, ne Sasuke, como não vou poder ir para casa hoje, podemos assistir alguns filmes? Eu vi o seu arsenal e tem vários filmes incríveis, que eu tô doido pra ver. — Eu tento apelar, quem sabe ele tenha um coração no fim das contas.
—Hm! — Ele resmunga, dando de ombros. Eu o abraçaria agora, se isso não fosse esquisito.
E assim passamos a conversar de forma mais civilidade, embora que às vezes ele só me respondesse com seus ‘Hns’ isso me irritava demais, mas eu percebi que ele até que... não é tão mal assim.
Sorri com esse pensamento.
Podemos ser grandes amigos.
[...]
Três semanas haviam se passado e por incrível que pareça, Sasuke e eu nos tornamos mesmo bons amigos depois daquele dia, em que praticamente fui obrigado a dormir em sua casa, devido à chuva forte. Mas agora íamos sempre à casa um do outro, cheguei até a conhecer seus pais e seu irmão e ele também conheceu meus velhos.
Nesse instante estávamos na casa dele, deitados em sua cama enorme, dividindo os fones de ouvido de seu celular. Eu chegava a batucar o nada com os dedos, fingindo tocar bateria.
Era comum a gente ficar moscando assim depois de sairmos da escola e de jogar uma boa partida de vídeo game. Afinal, não tem nada melhor do que curtir uma boa preguiça.
A música estava quase no fim, quando finalmente crio coragem para lhe perguntar sobre o baile da escola. Sakura me cobrava resultados praticamente todo dia. Eu até tentava ajudar, mas, por algum motivo, eu já não me sentia tão motivado.
Eu devo estar doente. Poxa, ramém sempre me motiva.
—Ne, ne Sasuke. — chamei sua atenção, quando a música finalmente acabou. Ele virou o rosto, que antes estava voltado para o teto, e me fitou. — Você... vai para o baile da escola? — Indago vermelho, sem entender o porquê de estar assim. Isso nem era da minha conta, eu estava fazendo isso para a Sakura. Eu sei lá, é normal esse tipo de reação quando se ajuda um amigo?
Deixei isso de lado e olhei bem pra ele, que parecia me fitar de um modo estranho. Havia mesmo um brilho nos olhas dele, ou eu tava doido?
—Não sei. — deu de ombros. — Mas porque o interesse? — Indaga, mantendo o olhar firme. Algo em mim se remexe.
—Tem uma pessoa que quer muito ir com você. — Murmuro, ouvindo outra música começar.
Era Coldplay, The Scientist.
O clima ficou diferente. Acho que eu não tô bem. Acho que tô ficando com dor de barriga. Acabei engolindo em seco, o que tá acontecendo?
—Quem? — indaga e eu acabo saindo dos meus pensamentos, só pra notar que ele tava perto demais.
Senti meus lábios formigarem um pouco; não conseguia desviar dos olhos dele, pareciam me chamar em silêncio.
Que diabos tava acontecendo? Abaixei meu olhar direto pra boca dele e a vi entre aberta. Minha garganta secou quando me dei conta do que tava querendo fazer.
Não podia ser. Eu to ficando doido.
—Bem... bem.... — Eu murmurava sem conseguir desviar os olhos. Ele parecia mais perto ainda de mim. — Minha amiga Sakura. — Completei ligeiro, engolindo em seco.
Notei sua expressão mudar um pouco, parecia... decepcionada, entretanto poderia não ser nada de mais, devia ser só coisa de minha cabeça. Mas ainda assim, senti como se tivesse feito uma idiotice do caralho.
—Ah sim! Legal. — murmurou, retirando o fone do ouvido e se sentando na cama.
Imitei o seu gesto e sentei na ponta oposta da cama, bem a tempo de ouvir meu celular tocando. Era minha mãe, me tirando daquela situação bizarra.
—Tenho que ir. — Ele acenou com a cabeça e eu me levantei da cama, indo pegar minha mochila. — Até amanhã Sasuke. — Saí do cômodo e segui para minha casa, sentindo-me estranho.
Eu estava ajudando minha amiga, mas sentia que havia feito algo errado, muito errado.
[...]
Estávamos na entrada da escola, Sasuke e eu, conversando sobre banalidades, quando Sakura apareceu de repente ao nosso lado.
—Bom dia Naruto, bom dia Sasuke-kun. — Ela sorri para o moreno, que apenas fez um leve meneio de cabeça.
—Dia. — Sasuke respondeu curto.
—Bom dia Sakura-chan. — Eu sorrio para ela e a mesma me olha de forma significativa.
—Ah sim! Sasuke, essa é a amiga que te falei. — disse e ela sorriu para ele.
Sasuke acabou retribuindo, do jeito dele.
—Ah, bem, eu vou indo, tenho que fazer uma coisa lá na biblioteca. — murmuro logo depois de receber outro olhar significativo da minha amiga.
—Ah tudo bem Naruto. — Ela sorriu para mim, enquanto Sasuke me fitava de modo estranho.
—Até. — Deixei-os a sós e segui para qualquer outro lugar, sentindo mais uma vez aquela sensação estranha.
Suspirei e me sentei em baixo de uma árvore, levantando meu rosto e fitando o céu azul.
[...]
Faltavam três dias para o baile da escola e aquela cena de dias atrás se repetiu várias e várias vezes em minha mente. Sempre que Sakura aparecia, eu os deixava sozinhos e acho que Sasuke já havia percebido minhas intenções. Eu não podia fazer nada, me sentia estranho e só queria pensar um pouco no que tava havendo.
—Finalmente te encontrei sozinho. — ouço sua voz soar atrás de mim.
—Sasuke, oi. — eu sorrio amarelo e me ponho de pé, já que estava sentado em baixo de uma árvore.
—O que há Naruto? — ele indaga, olhando em meu rosto.
—Não sei do que tá falando. — Tentei desconversar.
—Sabe sim, sempre que estamos juntos e aquela sua amiga chega você faz questão de nos deixar sozinhos, como se me jogasse para cima dela. — Expõe e eu abaixo a cabeça. — Me diz, por quê?
Eu mordo meu lábio inferior. Andava me sentindo muito estranho em relação a ele, passei a sentir coisas que só sentia quando estava com uma garota e isso não poderia acontecer, jamais. Então teria que dar um fim nisso.
—Sasuke, ela me pediu para ajuda-la. Desde o começo, eu deveria me aproximar de você pra ajudar ela a te conquistar e fazer vocês irem pro o baile juntos. — Sasuke adquiriu uma expressão indescritível e eu engoli em seco.
—Era só por isso? — Ele sussurra com o rosto bem próximo do meu.
Eu fiquei nervoso. Meu coração parece que foi parar na garganta e eu não consigo parar de suar feito um porco.
—S-sim. — eu acabei soltando, sem me dar conta e ele se afastou de mim.
—Então é isso mesmo que você quer? Que eu vá com ela pra esse baile?— ele indaga baixo, parecendo estar zangado.
—Foi para isso que me aproximei de você.
—Não foi isso que eu perguntei, eu quero saber se... — Sasuke teve sua fala cortada pela voz de Sakura, que corria em nossa direção.
—Naruto, Sasuke-kun, o que estão fazendo? — Sakura aparece ao nosso lado, tentando recuperar o fôlego.
Sasuke a olha de cima a baixo e depois volta seu olhar em minha direção.
—Ah Sakura! Estávamos mesmo falando de você, decidi que vou sim ao baile com você. — Senti uma pontada no peito, com essa afirmação, já Sakura parecia querer pular de alegria, também pudera, ela havia conseguido o que queria, mas era isso o que eu queria?
[...]
Estava em casa, estirado em minha cama. Era noite do baile e há essa hora Sasuke já deveria estar levando a Sakura-chan para a escola.
Eu estava me sentindo tão triste, sem a menor vontade para fazer nada.
Minha kaa-san já havia vindo me chamar várias vezes pra jantar, mas como disse me sentia muito triste para fazer qualquer coisa.
Mas uma pergunta não saia de minha cabeça.
Por quê?
...
Sasuke havia acabado de chegar à casa de Sakura e agora tocava a campainha da mesma. Estava vestido a caráter para aquela noite, com um paletó e seus sapatos bem engraxados.
Logo a figura de Sakura, usando um vestido longo, rosa, apareceu em seu campo de visão.
Estava muito bonita, mas Sasuke não conseguia ver nada de interessante nela, queria que fosse outra pessoa em seu lugar.
—Vamos. — Chamou-a.
Sakura sorriu e gritou um ‘até logo’ para seus pais. Fechou a porta e se agarrou no braço de seu tão sonhado acompanhante. Ela iria causar um rebuliço assim que todas a vissem ao lado dele.
Seu sorriso aumentou.
Sasuke a guiou até seu carro que havia pego emprestado com seu pai- e abriu a porta para a mesma, usando de todo seu cavalheirismo.
Deu a volta e entrou, seguindo até a escola.
O percurso todo demorou cerca de cinco minutos, já que a Haruno não morava muito longe da escola e assim que chegaram, Sasuke estacionou o carro e saíram do mesmo. Eles se dirigiram para a quadra de basquete, onde seria realizado o baile.
Entregaram seus ingressos e entraram.
Estava tudo muito agitado, pessoas dançavam, bebiam ponche e se divertiam.
Sasuke soltou um logo suspiro. Odiava multidões. Por que mesmo estava ali? Ah, sim, por causa de Naruto.
Sentaram-se em uma mesa vaga e ficaram assim por um bom tempo, apenas vendo os demais rodopiarem pelo salão, em uma dança agitada.
—Vamos dançar Sasuke-kun. — a garota o puxou pelo braço, sem nem ao menos lhe dar chance de rebater.
Uma música lenta havia acabado de começar e Sakura aproveitou para enlaçar o pescoço do Uchiha, com seus braços, trazendo-o para mais perto de si.
—Ponha os braços em minha cintura. — Ela o incentivou, apoiando sua cabeça em seu peito. O coração dela batia descompassado. Como gostava dele...
Sasuke suspirou, sentindo a doce melodia adentrar seus ouvidos.
Fechou seus olhos e se deixou levar pela música, como sempre fazia. Por um instante se esqueceu da raiva que sentia de Naruto, pelo que ele havia feito, mas não conseguiu resistir quando a música enfim terminou e outra se iniciou.
Era Coldplay, The Scientist. Quando ouviu os primeiros acordes da música, percebeu o que estava acontecendo. Não era ali que deveria estar, era em outro lugar, com outra pessoa. Não havia mais porque negar.
—Sinto muito, mas não dá. — acabou soltando de uma vez, enquanto se afastava.
Sakura o olhou sem entender, sentindo-se rejeitada.
—Por quê?
—Eu... eu já gosto de uma pessoa, sinto muito. — Expôs, vendo a garota abaixar a cabeça, triste. — Tenho que ir agora, mais uma vez, sinto muito, não deveria ter te chamado. — Saiu do salão apressado, deixando-a sozinha.
Correu até seu carro e acelerou, indo direto para onde sabia que deveria estar.
[...]
Naruto estava jogado em sua cama, quando ouviu um barulho do lado da janela de seu quarto.
Assustou-se e pegou a primeira coisa que viu pela frente, seu tênis.
Prostrou-se ao lado da janela e viu uma cabeleira negra surgir do lado de fora.
—Te peguei. — Acertou o tênis na cabeça do intruso, mas logo se arrependeu ao ver quem era. — Sasuke, gomen, gomen, não sabia que era você. — Tentou se desculpar, ajudando o outro a entrar. — Mas o que faz aqui? Deveria estar com a Sakura-chan. — Murmura confuso.
—Tsc... não, eu deveria estar era aqui, com você. — Refutou, para surpresa do amigo.
—Mas... e ela? — indaga, sentindo o coração dar um salto, como em todas as vezes que está ao lado dele.
—Tsc... esquece ela Naruto, eu nunca gostei dela, só a chamei pra aquele baile idiota porque fiquei com raiva de você. — Sasuke retruca. — Eu não aguento mais guardar isso comigo, é de você que eu gosto, sempre gostei. — Naruto arregalou os olhos, perante tal afirmação. —Sempre te via de longe e fiquei muito feliz quando me colocaram como seu novo parceiro na aula de biologia, mas nunca tive coragem de me aproximar de você, eu não sabia se você também gostava de garotos. — expôs, olhando nos olhos do loiro.
—Mas... mas... — Naruto murmura confuso e Sasuke o interrompe.
—Aquele dia na biblioteca eu quis te responder, mas eu não conseguia, esse é meu jeito, nunca consegui me aproximar de ninguém, me sentia nervoso a seu lado e às vezes não deixava brecha para que houvesse uma aproximação nossa, mas agradeço todos os dias pelo Orochimaru ter nos passado aquele trabalho idiota, pois foi só assim que consegui derrubar as barreiras que havia me imposto. — Sasuke falava tudo de uma vez, deixando Naruto ainda mais perplexo. — Fiquei com muita raiva e muito decepcionado quando me disse que tudo o que havia feito foi apenas por causa de sua amiga e que nunca quis se aproximar realmente de mim. — dando um passo à frente, ele se aproxima e acaricia a bochecha do outro.
—Quero você. — anunciou, olhando-o nos olhos.
—Não posso fazer isso com minha amiga, ela gosta de você. — Sussurra triste e Sasuke bufa.
—Mas eu não e mesmo que diga que não gosta de mim, não vou ficar com ela, mas eu sei muito bem que você também sente o mesmo que eu. — rebate.
—Mas... — Sasuke coloca seu dedo sobre os lábios dele.
—Sem mais, só deixa acontecer. — Sussurra, aproximando seu rosto do de Naruto e enfim, selando seus lábios aos dele.
Naruto sentiu certo receio durante o beijo, mas apertou o botão de ‘foda-se’ em seu cérebro e se deixou levar, pra que negar? Ele estava apaixonado por Sasuke, nunca havia acontecido, sempre achou que fosse hétero. Mas quem é que manda no coração?
—Meus pais estão dormindo no quarto ao lado. — ele exprimiu, quando sente seu corpo cair sobre a cama.
—Relaxa, é só sermos bem silenciosos. — Sasuke sorriu com malicia, enquanto retirava o paletó e se juntava a Naruto na cama.
Naruto retribuiu o sorriso com igualdade, antes de beija-lo com ânsia, como nunca havia beijado ninguém antes. Isso lhe tirou todas às duvidas e o fez ver que realmente o que fazia era o certo. Eles se gostavam, por que então não ficar juntos?
Sasuke sentiu Naruto subir sua camisa e a retirar rapidamente, o que lhe fez abafar uma baixa risada, enquanto escondia sua cabeça na curva do pescoço dele. Apresado. Foi o que se passou por sua cabeça, ao senti-lo arranhar suas costas.
Sasuke desgrudou seu rosto do pescoço de Naruto e puxou sua camisa, revelando o abdômen sarado que se escondia por baixo daquele blusão laranja ridículo.
Desceu com seus beijos e chupões por todo o corpo do Uzumaki, arrancando gemidos sôfregos do mesmo.
—Seus pais, dobe, seus pais. — não resistiu em provoca-lo, descendo sua cabeça e mordiscando os mamilos dele.
—Eu hummm sei... teme... — respondeu, em meio a um gemido abafado.
Sasuke sorriu torto e desceu seus beijos por todo o abdômen de Naruto, parando próximo ao cós de sua calça, abaixando-a de uma vez e revelando uma boxer branca, com um volume considerável.
—Está animadinho. — Sasuke comenta malicioso, fazendo-o ranger os dentes, com raiva.
—Calado. — Grunhiu, mas logo depois levou sua mão até a boca, a fim de abafar um alto gemido.
Sasuke havia apertado seu membro, por cima da cueca.
—Maldito. — grunhiu mais uma vez.
—Seja um bom menino e me obedeça. — Sasuke sussurrou em seu ouvido, dando uma lambida no local.
Desceu mais uma vez e parou com seu rosto próximo ao pescoço do Uzumaki, dando um forte chupão no local.
—Isso aqui é para provar que você é meu, só meu. — sussurrou novamente, no pé dele.
Atacou mais uma vez o lábios de Naruto e foi abrindo o cinto de sua calça, descendo-a rapidamente e ficando apenas com sua boxer, igual à dele.
Sugou-lhe os lábios e explorou toda a boca de Naruto com sua língua.
Ambos separaram-se somente por falta de ar e Sasuke aproveitou isso para retirar a boxer de Naruto, fazendo seu membro saltar para fora.
Levou sua mão ate o membro dele e começou a fazer movimentos de vai e vem. Naruto tapou a boca com a mão e fechou os olhos com força, sentindo um dedo intruso invadir seu interior.
Aquilo doía muito, mas a masturbação de Sasuke o distraiu um pouco da dor e isso o fez pedir por mais.
Sasuke inseriu mais um dedo e logo depois inseriu o terceiro, sem parar com a masturbação.
—Mais... mais.... — Naruto sussurra no ouvido do outro, levando-o quase a loucura.
E sem mais delongas, Sasuke retirou seus dedos de dentro dele e depois retirou sua boxer, revelando seu membro completamente ereto e pulsante.
—Isso vai doer um pouco, não tem como ser diferente. — Naruto acena com a cabeça e se agarra nos lençóis, com força.
Sasuke se ajeitou por entre as pernas dele e começou a forçar sua entrada.
Naruto por sua vez, fechou os olhos com força e sentiu os mesmos lacrimejarem. Doer um pouco? Aquilo parecia o inferno. Mas confiou nas palavras de Sasuke e o deixou continuar.
Em um gesto de carinho, Sasuke lhe deu um selinho e limpou suas lágrimas.
—Vou esperar um pouco, ate se acostumar, ok? — Naruto acena com a cabeça e Sasuke faz como havia dito.
Sasuke esperou pacientemente, até Naruto acenar positivamente, o instigando a começar.
Sasuke então se pôs a se movimentar, lento no início, mas logo foi aumentando o ritmo das estocadas, à medida que Naruto pedia por mais.
Sasuke o puxou para seu colo e lhe agarrou a cintura, indo cada vez mais fundo, dentro dele. Sentiu que havia acertado em algo e ao olhar para a expressão de Naruto, viu que o mesmo havia gostado. Passou a acertar sempre naquele ponto, enquanto o Uzumaki tapava sua boca com a mão, abafando os gemidos mais altos.
Sasuke também tentava controlar seus gemidos, pois se os pais de Naruto acordassem, estariam mais do que fodidos.
Tentou esquecer um pouco desse assunto e continuou a estocar forte, mais forte.
Começou a sentir fortes espasmos pelo corpo. Estava quase lá.
Levou sua mão ao membro abandonado de Naruto e começou a lhe dar mais atenção, querendo dar-lhe um pouco mais de prazer.
E foi então que aconteceu. Com mais algumas estocadas, Sasuke chegou em seu limite e pouco depois foi Naruto.
—Isso foi... Foi do caralho! — Naruto murmurou, sem pudor, enquanto recuperava o fôlego.
—Digo o mesmo. — Sasuke murmura, se retirando de dentro dele. — Da próxima a gente se prepara melhor. Prometo que não vai doer tanto. — sussurrou, acariciando o abdômen de Naruto.
Naruto arqueia uma sobrancelha.
—E quantas vezes você já fez isso hein, sabidão? — havia uma pontada de ciúmes em sua voz, que não conseguiu esconder. Era um verdadeiro livro aberto.
Sasuke lhe deu um breve selinho.
—Não importa, vai ser só você a partir de agora.
[...]
No dia seguinte, Naruto acordou bem cedo, ouvindo batidas em sua porta. Abriu os olhos e se deparou com Sasuke dormindo ao seu lado.
Desesperou-se, se seus pais os vissem nessa situação, estariam verdadeiramente ferrados.
Acordou-o e passaram a procurar por suas roupas, espalhadas pelo quarto.
—Naruto filho, abra a porta. — Sua mãe lhe chamava impaciente.
—J-já vai Kaa-san, só estou... hum... Procurando uma roupa, estou nu. — respondeu, vestindo sua calça.
—Deixe disso, eu te dei banho até os sete anos de idade, não tem nada ai que eu já não tenha visto. — retrucou irritada.
—Vai logo. — Sussurrou para Sasuke, levando-o até a janela.
Sasuke apenas abotoou as calças, pegou o resto de suas roupas, seus sapatos e correu para a janela, se pendurando no galho da árvore que ficava de frente para a mesma.
Usando a árvore como uma espécie de escada, desceu até o chão e de lá mandou um beijo para Naruto, que sorriu, enquanto o assistia correr apenas de calça, até o carro.
De longe Sasuke olhou para trás e piscou para ele, antes de entrar no veiculo e seguir para casa.
O Uzumaki sorriu abertamente, nem mesmo a gritaria de sua mãe e a bronca que recebeu da mesma o fizeram desmanchar seu sorriso.
Sabia o quanto seria difícil para os dois, daqui pra frente, e que provavelmente sua amiga não o perdoaria, mas estava disposto a enfrentar a tudo e a todos para ficar ao lado de Sasuke e no final, valeu mesmo a pena ter se aproximado do Uchiha, embora tenha ficado sem o seu rámen.
Mas isso acabou foi lhe dando uma ótima ideia.
—É bom ele preparar a carteira.
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Too Close!
FanfictionSakura era completamente apaixonada por Uchiha Sasuke, o garoto mais bonito e popular de sua escola, mas nunca conseguiu uma oportunidade sequer de se aproximar do mesmo. Seu desespero em conquista-lo fora tão grande, que a fizera pedir a ajuda de...