Capitulo 4

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Assim que cheguei em casa, percebi uma movimentação por tudo, empregados andavam pra lá e pra cá, uns com bandejas, outros com pratos e taças, me senti totalmente perdida...encontrei com Mônica:
- o que ta havendo?
- seu pai irá dar um baile esta noite. - eu ri.
- meu pai? Ele jamais moveria um músculo pra dar um baile Mônica.
- pois parece que ele mudou da água pro vinho...essas foram as ordens...
- e qual o motivo?
- não sabemos, mas se não fosse importante, seu pai não faria...entao suba rapidamente e vá se arrumar e ficar linda. - ela disse me empurrando escada a cima.

Eu estava completamente sem rumo, meu pai damdo uma festa? No meio da semana? Eu creio que seria um assunto muito importante para esse caso raro acontecer. Ele odiava festas e Monica conta que ele só ia pq minha mãe adorava, certamente ele lembraria dela, então pq estaria fazendo? Tem algo estranho no meio disso...porem resolvi não , se ele faria aquilo é pq deve ser algo muito importante.

Entrei na minha hidromassagem pronta já e fiquei um bom tempo lá, saí e fui me arrumar:

Me olhei no espelho depois de pronta, soltei um sorriso torto pra mim mesma acompanhado de um longo suspiro, ergui a calda do vestido e saí no quarto, todos ja estavam lá e eu parecia estar atrasada

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Me olhei no espelho depois de pronta, soltei um sorriso torto pra mim mesma acompanhado de um longo suspiro, ergui a calda do vestido e saí no quarto, todos ja estavam lá e eu parecia estar atrasada. Desci degrau por degrau, corada por ter atraído todos os olhares possíveis, lá embaixo encontrei com meu pai que sorriu orgulhoso e segurou minha mão.
- está deslumbrante Alicia. - sorri.
- obrigada pai.
- estava com saudades. - ele depositou um beijo na minha testa. - agora não falta mais nada...quero que conheça uma pessoa. - sorri.
- quem? Alguém especial?
- muito, tenho certeza que vai gostar. - ele me conduziu até a área da casa que estava tão iluminada que eu quase não reconheci.

Lá estava uma mulher de costas dentro de um longo vestido vermelho...
- Alicia, quero que conheça Fernanda, minha noiva. - ele disse e a mulher se virou, era loira dos olhos claros e muito bonita, mas em vez de eu ficar  feliz, meu sorriso se desfez automaticamente e olhei pro meu pai sem entender.
- noiva?
- seu pai fala muito de vc. - ela disse sorrindo forçado.
- eu sei que eu deveria ter tido essa conversa com vc antes, mas é um momento especial.
- e a minha mãe?- perguntei sem perceber e ele me olhou como quem reprovasse a pergunta.
- eu jamais roubaria o lugar da sua mãe. - ela disse me olhando
- nem se quisesse conseguiria.
- Alicia. - meu pai repreendeu-me.
- com licença. - eu disse me retirando de lá completamente sem saber pra onde ir...entrei no escritório do meu pai, pois foi a primeira porta que vi. Me debulhei em lágrimas, como ele foi capaz de destruir a única memória que tínhamos dela? Da minha mãe?

A porta se abriu e ele apareceu lá:
- Alicia que modos são esses? Você está chorando?- ele se aproximou.
- não pode se casar pai.
- filha, eu amei sua mãe de uma forma que jamais amarei outra mulher, mas estou fazendo isso por vc...vc precisa de uma figura feminina na casa e Leticia é uma ótima pessoa...confesso que gosto dela.
- eu não preciso disso, eu não aceito que ela esteja do seu lado ocupando o lugar da MINHA mãe...
- Alicia, não falaremos mais disso...o casamento foi marcado e você estará lá. - ele disse saindo...sentei no sofá chorando e a primeira pessoa que veio a minha mente pra pedir socorro foi Karen...eu não entendi muito bem, mas peguei o celular e liguei atrás dela.

Ligação on:

- Alicia?
- Karen, tem como a gente se encontrar?- eu disse tentando disfarçar a voz embargada sem sucesso.
- vc ta chorando? Ta tudo bem?
- não ta tudo bem.
- Ali, vem pro morro do Alemão e te encontro lá embaixo.
- Alemão?
- a garota do teste...lembra?
- era esse teste?
- se incomoda?
- claro que não...chego em poucos minutos.

Ligação off

Limpei as lágrimas, subi para o quarto, troquei rapidamente de roupa e saí pela porta da cozinha, Cristóvão me levou depois de muito eu implorar pra ele e ele disse que me esperaria lá no pé do morro, então concordei.

Amor no Alemão (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora