Don't Open The Door

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P.O.V Narradora

Milly, uma garota de quinze anos mora com o pai em uma pequena casa do subúrbio de New York.

Desde que a mãe dela morreu, ela passou a depender do pai para tudo, vamos dizer que eram até melhores amigos, já que eles tinham um relacionamento incrível e se dão muito bem, se amam muito.

A mãe de Milly morreu quando ela tinha oito anos, ela nunca soube o motivo mas prefere não saber já que sente muita falta e não quer ficar relembrando do passado.

Era uma típica manhã de sexta-feira, o pai de Milly iria sair para uma viagem a negócios. Enquanto eles tomavam café, iam conversando.

— Filha, hoje chegarei em casa bem tarde

— Okay, bom trabalho pai! -diz e despedem-se, ele saiu deixando-a só e a garota trancou a porta, as janelas, as cortinas e saiu para ir à escola.

[...]

Mais tarde no mesmo dia, Milly chegou da escola, fez seus exercícios escolares e assistiu televisão, colocou algumas séries em dia e jantou sozinha.

00:00 AM

O pai da garota não chegou então ela resolveu ir dormir já que estava cansada por ter acordado cedo.

Naquela madrugada fria e chuvosa - bem aterrorizante pelos sons dos relâmpagos, raios e trovões juntamente com a ventania forte - ela teve um sonho.

P.O.V Milly

Sonho On...

Eu estou no acostamento de uma estrada muito movimentada por carros e caminhões. Olhei para o outro lado da estrada e vejo uma figura familiar.
É meu pai. As mãos dele estão ao redor de sua boca e parece estar gritando algo para mim, mas não consigo entender o que ele quer dizer. Inclinei-me um pouco mas sem dar nenhum passo para não ser atropelada, percebi que os olhos dele estão tão tristes, escuros e vazios.

Ele está desesperadamente tentando falar algo mas as mãos ao redor de sua boca não deixam o som chegar até mim. Ouço palavras com a voz dele ecoarem dizendo "Não... abra... a porta!" e tudo começa a ficar preto.

Sonho Off...

Acordo com o som de batidas. Somente três toques. Alguém começou a tocar a campainha e logo saio da cama calçando minhas pantufas, desço para o andar de baixo e corro em direção a porta da frente.

Olho através do olho mágico vendo o rosto de meu pai que está olhando diretamente para mim. A campainha continua tocando insistentemente.

— Okay, espera! -grito para ele poder ouvir.

Puxo a trava e paro quando estava prestes a destrancar a porta. Olho novamente pelo olho mágico. Algo na expressão de meu pai não parece normal. Seus olhos estão bem abertos e um olhar aterrorizado. Fecho a tranca novamente deixando a porta bem trancada.

— Pai! -grito.— Você esqueceu as suas chaves? -pergunto mas a campainha continua a tocar.

Ring. Ring. Ring.

— Pai, me responda!

Ring. Ring. Ring.

— Pai, por favor, me responda!

Ring. Ring. Ring.

— Pai, eu preciso que você me responda!

Ring. Ring. Ring.

— Tem mais alguém aí contigo?

Ring. Ring. Ring.

— Por que você não me responde?

Ring. Ring. Ring.

— Eu não irei abrir até que você me diga alguma coisa!

A campainha continua tocando e tocando, mas por alguma razão o meu pai recusa-se a reponder minhas perguntas.

P.O.V Narradora

Pelo resto da noite, a garota assustada ficou no corredor encolhida, ouvindo a campainha tocar repetidamente sem parar e não poder fazer nada. Aquele barulho continuou por horas até que ela adormeceu ali no chão gélido do corredor.

Quando amanheceu, ela acordou e percebeu que tudo estava silencioso. Ela foi até a porta novamente sem fazer nenhum barulho e olhou no olho mágico. O pai dela ainda estava ali, olhando para ela com um olhar aterrorizador. Então, ela resolveu abrir a porta cuidadosamente e deparou-se com uma vista horrível.

A cabeça decapitada de seu pai estava pendurada por um fio acima da porta. Ela viu um papel colado no botão da campainha, nele estava escrito "Garota esperta!"

Naquele momento ela só podia lembrar-se de seu sonho, do que seu pai havia dito.

"Não... abra... a porta!"

ҒIM

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