Uma amiga?

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   Victoria
  Uma semana se passou desde quando ouvi a conversa entre minha mãe e Cristopher, depois disso não vi mais ele, e minha mãe fala super pouco comigo.
   Hoje acordei com um pressentimento, muito estranho, como se eu estivesse esperando algo acontecer.
   Mas continuei agindo normalmente, comecei o dia com um belo café da manhã, e fui para o colégio.
   Tudo parecia normal, sem nenhum problema ou surpresa, tirando o fato de Cristopher aparecer no colégio. Assim que bateu o sinal entrei para a sala o mais rápido possível, ainda não quero ver ele.
   Na sala também parecia tudo normal, até começar a aula e nossa professora começar a falar:
   _ Bom dia alunos _ Todos respondem e ela prossegue _ Então hoje vai começar a estudar com vocês uma aluna nova. O nome dela é Emyli Santos.
   A menina entra na sala e eu logo sinto a mesma sensação que senti quando acordei, meus olhos não saiam dela, era como se eu encaixasse nela, como um quebra-cabeça.
   _ Então querida se apresente aos seus novos colegas _ A professora fala para Emyli.
  _ Oi, eu sou a Emyli, como a professora já disse, tenho 18 anos, acho que por enquanto é isso, com o tempo vou me expressando melhor _ Ela parecia um misto, de nervosismo, timidez e arrogância.
   Quando ela olha na minha direção e me vê, fica me olhando por um bom tempo, sem piscar, até que a professora a interrompe mandando ela sente-se, e ela obedeceu.
   Logo após 20 minutos Cristopher pediu para a professora para que ele ir no banheiro, depois de dez minutos fiz o mesmo e sai procurando ele, o encontrei em uma janela olhando para o lado de fora, com o celular na orelha. Me escondo atrás de uma parede e fico ouvindo ele falar.
   _ Sim já podemos começar.... Eu falei que ela viria até nós, não precisava irmos atrás das duas só de uma _ Ele faz uma  pausa mais longa e logo prossegue _ Sim eu sei que a profecia é clara.... Sim, sim, o corpo delas devem estar juntos no mesmo local... Sim senhor, pode contar comigo.
   Ele para de falar, e ouço passos, então vou correndo para a sala, antes que ele me visse.
   Com quem ele estava falando? E sobre oque? Essa história está muito mau contada.
   Chego na sala e ajo naturalmente, como se não tivesse ouvido nada.
  Na hora do recreio a aluna nova senta na mesma mesa que eu, então começamos a conversar.
    _ Eu vim do Rio de Janeiro, mas por incrível que pareça eu prefiro cidade pequena _ ela comenta
   _ Eu também, acho que não me daria bem em uma cidade grande _ Concordo mesmo com a opinião dela _ Mas mesmo assim tenho vontade de sair daqui, conhecer o mundo sabe. Mas mudando de assunto, onde você tá morando?
   _ Ah eu estou em um bairro chamado... Cascalheira _ No mesmo bairro que eu _ Mas não me pergunte qual é a rua porque essa eu não sei. _ Ela começa a rir e eu a acompanho, sinto que vou ter uma amiga.
   _ Olha a gente pode ir juntas para casa, caso você queira é claro, eu moro no mesmo bairro. _ A garota pareceu tão surpresa quanto eu. Ela apenas concorda com a cabeça.
   Conversamos como se nos conhecêssemos a anos, e realmente parecia, até a data de nascimento era mesma.
  Ela parecia cada vez menos arrogante e cada vez mais impressionante, contando histórias e fatos sobre sua vida.
   Em poucos minutos eu e ela estávamos super próximas, como melhores amigas, como irmãs criadas juntas.
   Era inacreditável que ela seja tu tão parecida comigo em suas atitudes e pensamentos.
   _ Então porque veio para essa cidade? _ Pergunto com um tom de curiosidade na voz.
  Ela pareceu um tanto relutante com isso. O que pareceu-me um tanto estranho, o que será que ela aprontou?
   _ Bem, eu fugi, com meu namorado que é maior de idade sabe? Só não conta para ninguém beleza? _ Só concordo com a cabeça.
   Até porque não quero perder a única amiga que fiz em uma vida inteira. Prosseguimos a conversa normalmente, como se nada tivesse acontecido.
   Ela é realmente fascinante.

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