A parada era certa. Todos os dias eu tomava meu café da manhã na cafeteria "Aconchego De Casa". Pedia café preto, pãozinho com manteiga e salada de frutas as terças. O local ficava aproximadamente 5 minutos de onde fica minha moradia. É ainda um lugar calmo, ótimo para descanso. Realmente é um ótimo lugar. Até que encontrei @, um alto rapaz, de ombros largos, de olhos castanhos e pele morena, cabelos ondulados e muito sorridente.
Começou a frequentar o estabelecimento pouco mais de seis meses, quando nem imaginava me dirigir a palavra a ele. Nosso encontro foi acidental, pedidos trocados pelo funcionário, na época inexperiente. Eu deveria ter ficado quieta, pudim nem é tão ruim assim -me desculpem, mas não curto muito coisas muito doces-. Mas eu tinha que indagar o rapaz bonito e bem desatento. Foi quando milagrosamente o mesmo pediu contato, número, telefone e etc, etc.
Não sou uma pessoa que costuma fletar, ficar ou paquerar. Curto ficar na minha, tenho muito trabalho e foco demais para ter distrações, como por exemplo um crush/namorado. Eu não tenho tempo para isso.
Hoje apenas passo, sem ao menos olhar para os lados, em direção a meu serviço. Não queria mais ter que passar ali, mas não tem outro caminho, saio até mais tarde, evito qualquer motivo para encontro.
