Nebulosa Escura (parte 1)

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N/A: Essa fanfic é um pouco (muito) diferente do que estou acostumada a escrever. Não apenas pelo fandom, pois é minha primeira fanfic de South Park (apesar de eu ler trabalhos desse fandom há mais de quinze anos, mais do que qualquer outro fandom que escrevo atualmente — foi com ele que descobri as fanfics), mas também pelo tema.

Geralmente eu escrevo fanfics onde um relacionamento está se iniciando, mas neste caso eu quis colocar um pouco da minha experiência pessoal sobre idas e vindas, relacionamentos maduros, frustrações pessoais (emocionais, profissionais, etc), apoio da amizade e, porque não, amor verdadeiro. Quis explorar uma ideia de que nem sempre o "felizes para sempre" significa que não haverá términos e experiências com outras pessoas, que isso faz parte da vida, que as vezes a pessoa que você ama não está pronta pra seguir ao seu lado na sua vida, e você tem que fazer escolhas. Ironicamente, quis dar uma interpretação extremamente realista sobre relacionamentos, mantendo a pitada de romance que eu sempre gosto de escrever, logo em uma fanfic de um universo tão surreal como South Park. Porque eu sou dessas (haha).

O casal da fanfic é Creek, mas há elementos de Bunny e Crenny (se vocês forçarem um pouco a barra hehe). Apesar da fanfic ter um casal central, na verdade a narração está mais voltada para o Craig Tucker e suas vivências. E, por isso, tem toda essa temática espacial (que tipo de fã de South Park eu seria se não fizesse uma Creek com tema espacial, não é mesmo?).

Boa leitura a todos, espero que essa fanfic aqueça seus corações e console aqueles que estão passando por dramas semelhantes!

[Universo Canon] *Creek (casal principal)* *Bunny (casal secundário)* *Crenny (amizade)* *Romance* *Drama* *Término* *Reconciliação*

Observação: esta fanfic não é um triângulo amoroso, fiquem calmos.



Pilares da Criação

Prefácio


Certa vez, nos anos de ouro de minha juventude (apesar de, à época, eu considerar que estes anos nada possuíam de preciosidades), compreendi de uma forma simplificada que a vida e o Espaço podem ser equiparados consonantemente.

Eu poderia romantizar mais ainda esta lição e comparar a vida à uma supernova, ou, na tragédia particular de um niilista, a um buraco-negro. O meu "eu" dos tempos de ouro faria determinada correlação, a qual provavelmente nasceria de uma epifania regada pelo uso de substâncias entorpecentes (lícitas, juro!) e lágrimas de solidão dramatizadas e exageradas.

Meu "eu" atual, contudo, pensa diferente.

Não que a vida siga uma ordem evolutiva lógica (e, acredite, isso vai de encontro com tudo que prego e estudo); entretanto, por muitas vezes você se sente figurativamente representado pela imensidão do corpo celestial difuso. Isso mesmo, a vida não é uma estrela — por mais complexas que as estrelas sejam, a vida consegue ser ainda mais pormenorizada. Porque a vida é feita de incontáveis estrelas: é uma nebulosa e, por vezes, se comporta como tipos distintos de nebulosas.

Não se preocupe, caro leitor: ao contrário da vida, minha lição ainda fará algum sentido.


Capítulo 1: Nebulosa Escura (parte 1)


"Configurando a analogia mais facilmente compreensível, podemos dizer que a vida eventualmente se comporta como uma nebulosa escura. Como sabem, as nebulosas escuras são compostas de poeiras micrométricas, revestidas com monóxido de carbono e nitrogênio congelado, o que bloqueia a passagem da luz do espectro visível.

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