Capítulo um

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Philippe

Já faz uma semana que cheguei de viagem, estava a três anos no internato de Barcelona, o melhor da Europa. Mas como terminei o ensino médio, voltei para meu lar, vulgo Paris.

Desde que eu tinha meus cinco anos, meus pais e eu moramos aqui em Paris. A grande empresa de consórcios do meu pai, está crescendo cada vez mais. E eu tenho muito orgulho dele.

A minha mãe é proprietária de umas seis lojas de revenda de roupas, são pequenas comparadas as empresas que meu pai comanda. Porém, é o que ela gosta, sinto muito orgulho dela também.

E eu? Tenho somente um mês de curtição para então dar início ao meu primeiro ano na faculdade, irei cursar direito. Pretendo ser um bom advogado, ou quem sabe, o melhor. Ainda não fiz 18 anos, e nem estou tão ansioso para ser de maior. Os outros jovens não vêem a hora de serem maiorais, mas eu não. Tanto faz, 15 ou 30 anos. Irei sempre fazer o mesmo.

...

- Phil, querido? - Mamãe me chama batendo na porta.

Rapidamente arranco meus fones o jogando embaixo da cama, coloco um roupão por cima da lolita que eu usava e vou normalmente abrir a porta.

- Oi mamãe, o que quer?

- Por que demorou tanto para abrir a porta? - Ela indaga e franze o cenho.

- Desculpe, eu estava pelado.

Ela abafa sua risada com a ponta dos dedos, para então me chamar para a refeição. Coloquei uma roupa mais social e desci para a sala de jantar. Meu pai comunicou que amanhã terá uma festa de negócios, e claro, nós iremos.

...

- Aí Arthur! Faltam só uma hora... vou tomar banho, ok? - Pergunto receoso para o homem do outro lado da linha.

- Vai logo, chey! Eu sei que você preferia mil vezes, ficar conversando com seu melhor amigo... mas nem tudo é fácil! - O loiro se gava, gargalho e antes de encerrar a chamada me despeço:

- Tchau babaca.

Tomei banho, passei hidratante, vesti uma calça jeans colada, uma social e um tênis da Nike.

Quando meus pais e eu chegamos ao local da festa, fico boquiaberto. Que lugar enorme, eu acabaria me perdendo ali ou então me matando de tédio.

Ao entrarmos no salão, me despisto deles e vou em direção ao bar. Não iria beber nada, só ficar por ali.

Fiquei observando de longe, algumas pessoas com o pé na cova tentando fechar contrato com meu pai. Dou risada da cena em que se passa na minha cabeça, um movimento ao meu lado me tira da transe, me mantenho sério.

- 'Tá rindo de que, princesa? - Um velho, de cabelos grisalhos e com um bafo de cerveja se senta ao meu lado e passa seus braços em minha cintura.

De primeira, perco o controle de meu corpo e começo a soar.

Porra, Philippe! Tenha o controle e se livre desse velho.

Nem precisei agir, o que eu chamaria de meu herói apareceu em nossa frente, deve ter se preocupado com a minha expressão de medo e veio ver o que estava havendo.

my new dad - neytinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora