Capítulo 18 - Triângulo amoroso?

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Capítulo 18 - Triângulo amoroso?

Colton

Após a confusão na festa, fui para o meu quarto e lá fiquei. Jonathan não se atreveu a me chamar novamente; e eu estava dando graças por isso. Não sei se eu conseguiria me controlar depois de tudo o que havia acontecido, ainda mais depois das humilhações que ele e Celeste fizeram Miriam passar.

Miriam. Eu estava preocupado com ela, até mesmo pensando se eu deveria ir atrás, mas tinha medo de incomodá-la. Talvez tudo o que ela quisesse naquele momento fosse ficar sozinha, mas talvez ela também estivesse precisando de alguém. Sabia que Miriam era uma garota muito forte, porém é difícil não se deixar afetar pelas coisas horríveis que ela ouviu.

— No que você estava pensando? — A voz grave de meu pai preencheu o ambiente, fazendo-me sentar na mesma hora, encarando seus olhos ardentes em fúria. — Por acaso está ficando louco? Quem te deu permissão pra trazer aquela garota aqui? Na minha casa! Já falei que não te quero perto dela, Colton, será que você nunca vai entender? Agora todos só sabem comentar sobre o possível relacionamento de vocês, no quanto ela roubou a cena e na loucura que ela fez. Miriam não serve para essa vida, ela nunca vai servir! Essa garota quase acabou com minha festa, tem noção do prejuízo que isso pode causar pra minha carreira?

— Cala a boca! — gritei também, levantando-me da cama. — Eu não aguento mais você falando merda na minha cabeça! Miriam não é como você pensa, muito pelo contrário. Mas eu não vou ficar aqui escutando suas besteiras.

— E vai pra onde?

— Pra qualquer lugar longe de você.

Passei pela porta rapidamente, seguindo direto para a garagem. Eu não aguentava mais meu pai, não aguentava mais aquela vida. Tudo estava dando errado. Eu daria tudo para ser apenas mais uma pessoa comum, livre e sem problemas envolvidos em tudo o que eu quisesse fazer por causa de quem eu era filho.

Rodei pelas ruas de Washington por uma hora até decidir parar no prédio de Miriam. Sabia que era arriscado e que provavelmente ela não fosse querer me receber, mas eu precisava tentar. Só ela podia me ajudar.

— Boa noite, Tobias — sorri para o porteiro já conhecido pela primeira vez que estive no prédio, que fez o mesmo assim que me viu. — Miriam está em casa?

— Está sim, já faz algumas horas que ela chegou.

— Pode dizer a ela que eu estou aqui? E que preciso muito vê-la?

— Claro, filho.

Tobias pegou o interfone e esperou que Miriam atendesse. Ele disse que eu estava ali e precisava falar com ela, também disse que eu parecia desesperado. Não liguei para aquilo, pois provavelmente era verdade.

— Você pode subir — ele sorriu.

— Obrigado, Tobias.

Não tinha paciência para esperar o elevador, por isso subi as escadas. Miriam me esperava encostada ao batente da porta. Quando a vi ali, não consegui mais segurar, comecei a chorar sem conseguir me controlar. Ela logo veio ao meu encontro, abraçando-me com força. Apesar de ser pequena perto de mim, ela estava na ponta dos pés e não se importava que eu deixasse todo o meu peso cair sobre ela.

— O que aconteceu com você? — ela sussurrou em meu ouvido, parecendo aflita.

— Eu não consigo mais, Miriam, não consigo — disse entre soluços.

— Por favor, você precisa se acalmar. Vamos entrar, vou te trazer um copo com água.

Ainda demorou alguns minutos para que eu conseguisse me recompor e soltá-la. Miriam segurou minha mão com firmeza e me levou para dentro. Sentei no sofá enquanto ela pegava água, mas enquanto eu estava sentado ali, chorei mais. Eram anos de mágoa guardada, todos sendo liberados através daquelas lágrimas.

O Filho do PresidenteOnde histórias criam vida. Descubra agora