Eram muitas pessoas naquele local, seu coração quase saindo pela boca enquanto corria desesperado procurando algo que com certeza não deveria ter perdido. Com certeza poderia desmaiar ali mesmo, como poderia ser tão irresponsável assim, seu ex iria matá-lo. E com razão, ele mesmo se mataria por aquilo. Puxou levemente os fios negros do cabelo, totalmente desesperado, ele era um pai horrível.
Depois de quase duas horas procurando sozinho, resolveu pedir ajuda ao shopping, que anunciou as definições da criança no auto-falante, mas pelo visto era tarde demais. Não poderia se sentir mais culpado que aquilo, merecia morrer, onde será que Kyle estaria aquele momento?!
...
Mitsuki estava estressada, uma pilha de nervos. Com certeza ele mataria seu filho, ah sim, ele mataria Katsuki assim que colocasse seus olhos nele. E parecia que aquele elevador conspirava para que Bakugou escapasse da fúria de sua mãe. Quando finalmente indicou o andar, sétimo andar para ser exato, ela marchou até a porta do apartamento sendo prontamente seguida. Talvez sua aurea estivesse tão assustadora que não precisou nem tocar na porta para que ela fosse aberta por um homem completamente amedrontado, sua mãe cheirava a morte.
— Mamãe?
Ela nada respondeu, apenas entrou no apartamento ainda sendo seguida, porém Katsuki ainda não havia percebido nada ali, afinal, acabou de acordar. Mitsuki se dispôs no centro da sala e cruzou os braços contra o peito enquanto batia o pé no chão incansavelmente.
— Tem algo que você não me contou?!
— Como assim mamãe, do que você 'tá falando?
Ele encarava a mãe totalmente confuso. Fazendo-a arquear a sobrancelha e apontar para o sofá.
— Tem certeza que não me contou nada, inútil?
Seus olhos seguiram a direção que apontava, e poderia desmaiar no mesmo momento. O que era aquilo. Deu passos para trás com uma mão que foi involuntariamente até o peito. Era ele sentado no sofá? Não, até porque ele era ele, não teria como ele sentar no sofá e se perguntar se ele estava sentado no sofá. Mas o que?
— Deu erro..._ Bakugou sussurrou de olhos arregalados dando uma risada sem graça olhando para a mãe._ Mas que merda...
Engoliu seco e decidiu se aproximar, foi de forma cautelosa até estar em frente à criança, que o olhava igualmente curiosa. Se abaixou e fez um bico torcido franzindo as sobrancelhas, e incrivelmente a criança estava com a mesma expressão. Desviou o olhar para a sua mãe que estava ainda brava.
— Mãe, porquê não me disse que eu tinha um irmão? Escondeu ele porquê?
Uma veia saltou na testa da mais velha, que se aproximou dando um cascudo na cabeça do filho que reclamou.
— Mas que inferno, essa criança não é minha, é sua!
— Minha?_ ele olhava atônito para sua matriarca e para o garoto loiro e logo soltou uma risada alta caindo no chão._ mãe, eu não transei com ninguem pra ter feito um filho.
Ela apenas arqueou a sobrancelha observando o jovem-adulto limpando as lágrimas nos olhos por causa da crise de risos.
— Querido, conta pra mim qual sua idade._ disse carinhosa se sentando ao lado do menino que a olhou sorrindo.
— Tenho quatro anos e meio._ disse mostrando quatro dedos.
Bakugou apenas olhava aquilo de forma séria, tentando se lembrar, ele tinha quatro anos e meio, acrescentando nove meses, eles estavam em Março, então o menino era de Setembro... Ele foi concebido em Dezembro... Dezembro de cinco anos atrás era a festa de segundo ano. Não poderia ser que ele havia transado e engravidado alguém de sua escola, até porque a única pessoa que ele transou naquela noite era um garoto, corou com a lembrança.
— Q-Qual seu nome, pirralho?_ pigarreou se sentando no chão o olhando.
— Kyle, Kyle Midoriya._ disse com outro sorriso.
É, certamente Katsuki não estava pronto para aquilo, não era possível um Midoriya se parecer tanto com ele, e ele ter se envolvido com um a anos atrás, que merda... Sua visão ficou pesada de repente, e só ouviu sua mãe o chamando enquanto ficava escuro.
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Palmas para a nossa irresponsabilidade - BakuDeku
FanfictionO mundo de Katsuki vira de cabeça para baixo quando sua mãe aparece em seu apartamento com uma versão sua em miniatura. Mas ele não se recordava de ter engravidado ninguém.