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🔅Manuela🔅

Ano de copa é sempre bom, amo futebol e meu time de coração é o Flamengo. Mas como estamos no final da copa, não está tendo jogos. Brasil irá jogar hoje pra decidir se ele vai pra final. Minhas amigas da faculdade me chamou pra assistir o jogo em um bar onde mora a Natasha, porém eu não faço ideia de onde ela mora. Meus pais com certeza não iriam deixar eu ir se eles não souberem onde é, então eu vou dizer que é na casa da Lola, eles a ama. Eles morrem de medo de acontecer algo comigo e medo que eu vá na cabeça de amigas e faço algo de errado, mas sou muito tranquila com isso. Tenho 18 anos e faço faculdade de nutrição.

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AGORA

Eu terminei de me arrumar e desci.

—Eu:Estou indo beijos.
—Thomás:Deixa que eu te levo filha.
—Eu:Pai eu vou dirigindo, já estou com saudades.
—Thomás:Então tá bom, não volte tarde.
—Eu:Pode deixar, beijos, manda um beijo pra mamãe—falo saindo e indo pro meu carro.

Eu moro em São Conrado então não fica muito longe de onde a Lola mora.  12 minutos se passaram e eu cheguei até Leblon, onde a Lola mora. Ela estava a minha espera em frente seu apartamento.

—Eu:Vamos?
—Lola:Amiga acho melhor você deixar seu carro aqui e irmos de uber.
—Eu:Ué por quê?
—Lola:No caminho eu te explico.
—Eu:Aonde ela mora Paola?
—Lola:Na Zona Oeste.
—Eu:Mas em qual lugar.
—Lola:O uber chegou, estaciona seu carro e vamos logo —fala correndo pro uber e me deixando sem saber.
Eu estacionei o carro atrás do apartamento dela e fui até o uber.
Ele deu partida e eu fiquei prestando atenção no caminho que ele está percorrendo.

—Lola:Aí fala comigo.
—Eu:PAOLA A GENTE ESTÁ INDO PRA VILA DO JOÃO? —falo gritando — você tá ficando doida?.
—Lola:Amiga ela disse que lá é tranquilo, diversas pessoas vão pra lá em dia de baile e tal.
—Eu:Se meu pai souber que to aqui ele me mata.
—Lola:Cara são tudo pessoa como a gente, não é porque é uma favela que as pessoas são ruins! Você sabe muito bem como é grande a desigualdade na sociedade só pelo fato de uns ter mais dinheiro que outros.
—Eu:Nossa já entendi, não vou voltar tarde.
—Lola:Tudo bem.
Passou uns minutos e chegamos, pagamos o uber e a Natasha já estava nos esperando junto com nossos outros amigos (Beatriz, Nicolle, Lucca,Eric e Lexia )
—Natasha:Podem ficar despreocupados em.
—Eu:Ok.

Eu não vou mentir, tenho medo de vim pra essas partes daqui, mas tudo bem vou tentar ficar tranquila.

Entramos em um campo, onde está um telão, falta pouco pro jogo começar, o pessoal aqui é bem animados, pagode, churrasco, crianças brincando, moradores muito educados, parece tudo bem calma por aqui.

—Natasha:Gente e tudo de graça tá, as tias ali são tudo um amor.
—Eu:São mesmo, elas me trataram muito bem até deixaram eu ir na casa de uma delas fazer xixi, só que estou com vergonha.
—Natasha:Ah para de graça é a tia Bete né? Ela é uma mulher guerreira tá.
—Eu:Adorei ela.
—Bete:Vamos lá mocinha?—fala vindo até a gente.
—Eu:Vamos sim.
Fomos andando e conversando.
—Bete:Você é de onde?
—Eu:Eu sou de São Conrado.
—Bete:Nossa um pouquinho longe daqui né.
—Eu:Sim, meia hora —sorri
—Bete:Olha acho que meus filhos não estão em casa, devem estar tudo lá pra cima, porque também não os vi no campo.
—Eu:São crianças?
—Bete:Que nada, são tudo homens grande já—sorriu e entramos.
—Bete:Olha o banheiro e ali na primeira porta à esquerda, eu vou trocar de blusa enquanto você vai ok?
—Eu:Ok, não demoro—sorri e fui até o banheiro.
A casa dela é bem simplesinha, mas uma gracinha, tudo arrumadinho fotos dos pra todos os lados. Enquanto eu andava até o banheiro vi um quadro na parede, ela e um garoto bem bonito. Continue andando e abri a porta do banheiro quando.....

—Eu:Aí meu Deus, me desculpa —falo fechando a porta e saindo da casa sem olhar pra trás.
Que vergonha meu Deus. Eu continuo descendo até o campo, mas acabo ficando sem saber onde ir. Meu Deus onde eu vou? —falo comigo mesmo.

—xxx:Ei novinha—fala me chamando.
Eu finjo que não escuto e continuo andando até que escuto passos atrás de mim.
—Eu:O que você quer?
—xxx:De onde uma princesa dessa veio?
Eu olhei pro volume que estava na cintura dele que com certeza é uma arma.
—Eu:Não sou daqui, você poderia me ajudar a chegar até o campo?
—xxx:Só se você me der um beijo—sorriu e chegou mais perto de mim.
—Eu:Não—empurrei ele.
—xxx:Qual foi novinha.
—XXX2:Ou Dedê—fala gritando.
É o garoto que estava no banheiro quando eu abri a porta, um dos filhos da Bete.
—xxx:Fala aí Cadu.
—XXX2:Ela tá comigo
—xxx:Po parelha foi mal então, não sabia, po novinha porque você não disse antes.
—Eu:Você não me deu tempo—fechei a cara.
—xxx:Então é isso parelha, fala pro patrão lá que depois eu to subindo.
—XXX2:correto.
O cara saiu e a gente foi andando, ele ficou em silêncio e eu também.
Chegando perto do campo foi aí que ele falou algo.
—XXX2:Garota não sai de perto dos morador não, você não conhece aqui.
—Bete:Cadu—fala gritando de uma distância.
—XXX2:Ah e fala pra minha mãe que eu volto depoiis—fala saindo sem dar tempo deu dizer qualquer  coisa.

Ok eu quero ir embora agora, falo voltando pra perto de todos.

Será que ela volta ?Onde histórias criam vida. Descubra agora