Desisto de você, mas não desisto de nos Desisto da pessoa que você se tornou. Desisto do que esse sentimento me fez tornar. Desisto do "voce" antes do "eu" em qualquer hipótese. Desisto dessas tentativas sempre falhas. Desisto de passar noites em claro, tentando descobrir onde foi que errei. Desisto de acreditar que o erro foi meu. Desisto até dessa esperança que me mantém. Desisto desse seu olhar que sempre enxergou o supérfluo e cegou-se diante ao necessário Desisto desses seus pés que te guiaram para longe daqui, e que não são capazes de traze-lo novamente. Desisto dessa sua boca, que sempre gritou aos quatro cantos o quão nobre era o amor, e calou-se quando ofereci o meu. Desisto! Mas desisto de você, não de nós.
Miguel Delfino E Silva