Capítulo 4

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Capitulo 04

Fico paralisada após ouvir suas palavras sobre o homem de capuz preto, as palavras da minha boca foram embora, a única coisa que pude fazer era encarar a porta.

- o.... o que você sabe sobre ele?

- Ué, está interessada? É uma pena, tenho que ir embora.

- Não... Me diga

- Está bem... Ele foi enviado para te matar, e não vai parar até conseguir.

Arregalo meus olhos ao ouvir o que ela diz sobre ele. Levo minha mão até o topo da cabeça e a passo bagunçando meus cabelos. Caminho até minha cama, me sento na mesma e fico encarando o chão. Permaneci daquele jeito por alguns minutos, é muita coisa para mim, meu cérebro não está entendo absolutamente nada, minha vontade era de me deitar e começar a chorar como um bebe, mas isso não adiantaria nada, mesmo que eu chorasse nada se resolveria. E pensando bem, eu nem conheço a mulher que está em meu quarto, talvez ela nem seja confiável, é tudo tão confuso.

- Por que?

Isso foi a única coisa que eu consegui falar em pleno o meu estado de choque. Um homem que eu nunca vi na vida está querendo me matar.

- Ordens do seu mestre. Vou lhe contar um pouco.

- Um pouco? Não acha que eu tenho direito de saber tudo?

- Você ainda não está preparada, Lua.

- Está bem. Antes um pouco do que nada.

Respiro fundo tentando me preparar para o que ela vai me dizer. Passo a mão no meu rosto e volto a encara-la.

- Lembra dos livros a hierarquia dos anjos que você acabou de ler?

- Sim.

- Ele pertence a segunda hierarquia, anjos como são chamados de dominações. São anjos da alta nobreza celestial, ele é do exército angélico. Resumindo dominações são anjos enviado pelo criador em caso de emergência, que precisa ser resolvido de imediato, raramente entram e contato com os humanos.

- Entendi, por que ele quer me matar? Que eu saiba não sou nenhum tipo de anjo. 

- Isso é tudo que eu posso dizer, Lua. Arrume suas coisas que vamos embora daqui.

- Eu não posso.

- Se continuar aqui seus pais irão morrer, e você não quer isso ou quer?

- Claro que não, como posso ter certeza que você não vai me matar se eu for com você? Até agora pouco você era uma gata e do nada se tornou uma mulher, sem contar as coisas que você fez.

- Se fosse pra mim te matar, já teria feito isso a muito tempo. Lua eu te observei durante anos, te conheço melhor que você mesma. Fui enviada para te proteger.

- Por quem?

- Isso não é da sua conta.

- Claro que é.

- Vai arrumar logo suas coisas, só pega o essencial.

- Era só o que me faltava, agora tá querendo mandar em mim... Eu acho que não joguei pedra na cruz e sim fogo.

A morena sai do meu quarto me deixando sozinha com meus pensamentos. Eu deito na cama e fico olhando para o teto. Eu só queria acordar nesse momento, e perceber que tudo foi apenas um pesadelo, que isso nunca passou de minha imaginação. Entretanto, eu sei que não é minha imaginação, tudo isso é verdade, está realmente acontecendo, e o pior de tudo é que a única coisa que posso fazer é ir embora daqui, antes que meus pais cheguem. Se sairmos na hora que eles chegarem como vou explicar tudo isso? Eles vão achar que sua filha está louca, e se duvidar é capaz deles me internarem em um hospício.

Percebo que já estou a tempo demais perdida nos meus pensamentos, então decido me levantar da cama. Vou até o meu closet, pego uma mochila, e coloco algumas mudas de roupas. Pego uma bolsa e coloco meu carregador, meu celular e meu dinheiro. Saio do meu quarto e vou até a cozinha, pego uma folha e deixo uma carta para os meus pais, dizendo que fui viajar sozinha e que não sabia quando voltava, mas, que mandava notícias.

Caminho até a saída de casa, abro a porta e a fecho assim que saio. Me sento em dos degraus da pequena escada e espero a Winter aparecer. Eu odeio admitir isso, mas, eu de um certo modo confio nela. Isso é bem estranho, já que raramente confio em alguém logo de primeira, e como diz minha mãe, para tudo existe uma primeira vez. Mamãe e papai, será que os verei novamente? E se o anjo pegar vocês? E se ele me pegar? Meus pensamentos são interrompidos quando ouço uma buzina, olhando para frente e vejo Winter me chamar fazendo um movimento a mão, olho para o carro, eu não entendo muito de carro, mas parece que é um carro caro, se eu não me engano papai tinha me levado para ver carros um mês antes virmos para Hunfner, e por incrível que parece eu tinha gostado de um carro parecido com esse.... Será que existe alguma possibilidade dela ter roubado esse carro? Se existe espero ela estar ciente que se alguem nos pegar vamos presas. Aiii!! No que eu fui me meter.

Caminho até o carro, abro a porta do mesmo e adentro no automóvel. Coloco minha mochila no banco traseiro e minha bolsa também.

- Você tem pelo menos uma habilitação de carro?

- Pra falar a verdade não.

- Você comprou o carro?

- Peguei emprestado

- Então você roubou.

- Roubar é uma palavra muito feia, eu vou devolver. Um dia, mas eu vou.

- Olha se você não tiver dinheiro para comprar, é melhor ficar sem Winter. Isso é feio, já pensou se a polícia pega a gente?

- Para com isso, você é muito certinha. 

- Isso que eu estou fazendo não é nenhum pouco certinho! Estou entrando em um carro roubado, com uma ladra....Mamãe, vai me matar se souber disso. Bom... A onde vamos?

- Na casa de um amigo, vamos ficar lá até você completar dezoito anos.

- É daqui duas semanas.

- Então, daqui duas semanas começa o verdadeiro inferno.

  Diz a morena ligando o carro e o colocando na estrada. Suas palavras me fizeram ficar ainda mais assustada. Quem é esse amigo dela? E por qual razão quer me ajudar? Será que ele não sabe que estou sendo caçada, e que o meu caçador não é qualquer um?

   A filha de LuciferOnde histórias criam vida. Descubra agora