Prólogo

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*Papai!- Louise gritou com irá! Não suportava mais as peripécias do garoto bastardo. O rei virou o olhar duro e gélido na direção da garota de cabelos negros iguais aos da falecida mãe, um olhar que já fora amável e terno. A morte da esposa, a crise que ganhava cada vez mais espaço no país, somadas a ameaças de guerra caso as dívidas não fossem pagas. Pesavam sobre o pescoço e a coroa do rei.
*Que que há Louise?-perguntou ele já irritado
*Charles jogou minha bola na represa.-retrucou a garota
*Diga a esse tolo que se não a pegar se verá comigo!
Um sorriso diabólico cresceu no rosto da menina, Louise saiu correndo o mais rápido que as pernas curtas permitiam. Já sabia onde encontra-lo. O bastardo tinha um amor incomum por flores e com muita insistência conquistará o seu jardim.
  Ao chegarem frente ao portãozinho de ferro que dava entrada ao local Louise parou, ajeitou as vestes, o cabelo e colocou no rosto a face desafiadora, empurrou o portão e entrou assobiando a passos curtos e ritmados, sabia o quanto Charles odiava aquela postura de garota mimada e egoísta.
  Encontrou Charles completamente sujo plantando algumas petûnias. O garoto levantou o olhar carregado de ódio e repulsa.
*Papai disse que se não pegar minha bola se verá com ele-falou com a voz escorrendo escárnio.
Charles sempre fora ensinado pela sua mãe que habitar no castelo era apenas uma forma de não vazar para os habitantes do país que o rei tivera casos, portanto qualquer deslize poderia representar seu abandono ou exílio. O preconceito que sofria e o medo de ser rejeitado o tornará alguém assustado e quieto, esquivo.
O garoto soltou um rosnado olhando em direção a garota que sorria de forma maldosa, Charles por ela pisando duro em direção a represa, quanto a Louise ia saltitante atrás. Ao chegar no alcance da água Charles sentiu medo, sabia o quanto era funda e a correnteza forte demais paro o garoto magricelo de 16 anos
*Esta com medinho Charles?-disse Louise em tom de provocação.
Charles cerrou os punhos, o ódio borbulhando nas veias. Porém o medo do pai se sobressaia, tirou a camisa exibindo o torso raquítico e branco cheio de sardas, se preparou e pulou.
Louise sorriu satisfeita ao ouvir o som suave dos pássaros que cantavam em meio ao bosque, o choque das águas que batiam contra as pedras pontiagudas, sem perceber a preocupação escorregou para dentro de seu ser, Louise deslizou as mãos pela grama verde e tocou a água, se afastou rapidamente a água estava gelada de forma que arrepiou todo o corpo infantil da menina , já se faziam 4 minutos desde o salto de Charles. Louise entrou em desespero queria apenas dar-lhe uma lição não arrancar a vida do próximo.
Levantou se e correu em direção ao palácio aos berros, em questão de segundos a área estava repleta de guardas e criados, em meio às lágrimas desesperada Louise explicou o que acontecerá. Em tempo relâmpago o garoto fora resgatado e levado para dentro.
Louise estacou no meio do campo, a consciência do que fizera  a consumiu de forma que grossas lágrimas desceram em meio a soluços convulsivos, como se o céu compreendesse a situação ribombou um trovão. Louise ficou na chuva até que uma criada veio para pega - lá para dentro.
  Em um dos quartos do palácio o garoto ressonava calmamente, depois de muitos esforços médicos o garoto acordou , porém a pneumonia dupla chegou com força.  Já faziam 7 dias desde o ocorrido. Charles graças a milagrosa sopa de ervas que reneé a cozinheira rechonchuda fizera melhorará gradativamente.
Louise receberá a notícia de que Charles iria embora para morar com um duque de Holanda e por lá ficaria alguns anos, e a solidão abraçou a menina.

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