Orfanato Anjos Da Vida

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 Maia, infelizmente, foi considerada por seus familiares católicos como aberração e pelos familiares satanistas como milagre de Deus, então a a renegaram. Maia cresceu no orfanato Anjos Da Vida, onde suas melhores amigas são as recém-freiras Marta e Eliza. Maia não se relaciona com as outras meninas ou meninos e por isso não é adotada. Ela tem uma rixa com Daisy e Débora. 

 Em 2006, o orfanato estava apenas iniciando seu trabalho. Ele era dirigido pela madre superiora Catarina, que tinha 66 anos.

 Como toda criança, Maia também tem uma paixão, que se chama Peter, que é irmão de sangue de Débora.

 Quase sempre, Maia sonhava com coisas horripilantes, então tinha costume de rezar pela madrugada. Certa noite, enquanto rezava, Maia ouviu um barulho vindo dos corredores do castelo, e, pela curiosidade saiu do quarto para ver. Maia não conseguia enxergar, mas continuou seguindo o barulho que se tornou um sussurro. Ela não entendia o que ouvia, mas isso te deixava curiosa. Logo Maia se viu na imensa sala de estar e, na escuridão, uma silhueta estranha. Era um corpo torto, cujo olhos eram totalmente vermelhos e brilhantes.

- Olá? Tem alguém aí?- Perguntou Maia.

-Maia?- Perguntou Marta.- O que você faz fora da cama essa hora da noite, meu anjo? Se a Madre Catarina te ver aqui, você ficará encrencada, Mocinha.

- Desculpe, Irmã Marta. Eu acho que vi alguém aqui.

-Bom... Se tiver alguém acordado aqui, fique sabendo que estará encrencado se eu descobrir. Agora venha, Maia, antes que nos vejam.

 Pela manhã, as crianças foram para suas devidas salas de aula. O orfanato, além de casa, fornecia estudo aos orfãos. 

 O padre Gregory foi ao orfanato rezar com as crianças. Maia, como de costume, foi conversar com o padre:

- E então, Maia? Como está sendo sua semana?- Perguntou o Padre.

- Boa, mas eu quase não durmo. Eu sonho sempre com coisas ruins, Padre. Isso é culpa da minha mãe, não é?

- Bom, o que a sua mãe fez não foi nem um pouco bom, querida. Com o que você tem sonhado?

- Coisas ruins, Padre. Eu escuto coisas depois desses sonhos e eu vejo pessoas andando pelo orfanato. Eu estou com medo!- Disse chorando.- Eu quero ir para o meu quarto.

 Maia saiu da sala e foi direto para o quarto, onde estavam Daisy e Debora.

- Oi, estranha.- Implicou Daisy.

- Tudo bem, estranha? HAHAHA.- Disse Debora.

 Maia olhou para elas e as duas meninas sentiram-se estranhas, talvez aflitas, mas não conseguiam descrever o que sentiam. Suas pernas tremiam, sentiam frio e medo. Maia se levantou, estendeu sua mão e antes que pudesse bater em Daisy, Eliza chegou e gritou seu nome. Maia olhou para ela e por um instante, Eliza teve a impressão de ter visto o rosto de Maia rasgado. Daisy falou:

- Ela ia me bater, irmã Eliza! A senhora não fará nada?

-É... É claro! Maia, venha comigo agora!

 Eliza levou Maia até um canto e perguntou:

- O que você estava fazendo?

- Me desculpe, Irmã Eliza. Eu não sei o que aconteceu! É culpa da minha mãe. Tudo isso é culpa dela!

 Maia chorou e Eliza a abraçou.


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